Université De Verveine, 01 de fevereiro, segunda-feira 18:45 horas da noite.
- Ei Enarê vamos logo, quero ir pra casa! - Alicia dizia ao tentar apressar o ômega.
- Tudo bem, já estou indo! - ele guardou tudo em sua mochila e saíram apressados da biblioteca, seguiram para o portão e como sempre Alice estava cheia de assunto, mas Enarê não conseguia prestar atenção em nada do que ela dizia, estava cansado depois de um fim de semana difícil, para dizer o mínimo.
- Qual o problema ? Tô aqui falando faz um tempão e você nem me responde. - Alice o encarou fazendo uma fofa expressão de raiva, que apenas fez o ômega rir.
- Posso te perguntar uma coisa ?
- Claro! - eles se sentaram em um banco próximo ao portão principal.
- Já conheceu ou ouviu falar de um alfa que não pode reagir aos feromônios de um ômega ? - no mesmo instante Alice riu, riu tão alto que chamou a atenção de todos que passavam pelo local.
- Isso é sério ? Alfas são apenas animais que não conseguem se segurar diante de qualquer ômega. Nunca ouvi falar de um que não tenha perdido a cabeça ao ver um ômega no cio. - ela dizia com um tom de desprezo como se realmente odiasse todos eles, isso deixou Enarê ainda mais confuso!
- Entendo. - ele finge um sorriso, tentando esconder seu desconforto.
Enarê acompanha Alice ate a saída e se despedem ali, sem tocar naquele assunto novamente e enquanto a moça segue em direção ao ponto de ônibus, o ômega continua em frente a universidade, esperando que o alfa viesse busca-lo, já que naquela tarde ele havia convidado Enarê para jantar, e apesar de ser repentino ele estava realmente feliz com aquele encontro.
Ao chegar no restaurante eles foram levados ate uma mesa e fizeram seu pedido, enquanto o Yohan parecia estar acostumado com esse tipo de ambiente, o ômega se sentia deslocado.
- Me desculpe por marcar algo tão em cima da hora, mas eu precisava te ver. - Enarê fica corado e logo se esquece daquele desconforto.
- Tudo bem, eu não tinha nada planejado de qualquer forma, mas aconteceu algo ? - apesar do seu olhar gentil o alfa parecia um pouco nervoso, deixando o ômega preocupado.
- Preciso viajar por alguns dias então eu queria me despedir antes de ir. - sua expressão mudou de alguém nervoso para alguém triste, o alfa odiava a ideia de ficar tanto tempo longe, mas não tinha escolha.
- Por quanto tempo ? - Enarê desviou seu olhar para a mesa e sentiu uma onda de ansiedade percorrer seu corpo.
- Duas semanas. Vou tentar voltar antes, mas não tenho certeza se consigo.
- Tudo bem, vou esperar você! - o ômega abriu um lindo sorriso, que deixou o alfa corado e surpreso, mas acabou sorrindo também. Poucos minutos depois o garçom serviu o jantar e durante a refeição eles conversaram sobre os mais variados assuntos, Enarê lhe contou histórias da sua família e um pouco sobre como era sua vida no Brasil, deixando o alfa boquiaberto com tantas coisas interessantes.
- Chegamos. - o alfa disse ao estacionar o carro em frente ao prédio do ômega.
- Ah, obrigado! - eles se entreolharam e ambos pareciam nervosos, como se quisessem dizer algo.
- Quer passar a noite ? - Enarê pergunta um pouco envergonhado, com medo de que seu convite fosse algo muito repentino.
- Sim! - Yohan fica corado e sorri, gostava quando o ômega tomava a iniciativa.
Ao entrar no apartamento o alfa avança em direção a ele e o pega no colo, seu rosto vai em direção ao pescoço de Enarê e beija o local, deixando também algumas marcas como se estivesse marcando seu território.
- Yohan! - o seu gemido ressoou pela sala, fazendo o alfa se dar conta de que Enarê já estava em seu limite. Yohan caminhou em direção ao quarto e o colocou sobre a cama, parou por alguns instantes para observa-lo e em seguida se livrou de sua camisa.
O ômega estende suas mãos em direção ao alfa, chamando por ele com um olhar lascivo e ao mesmo tempo inocente. Yohan respira fundo e sabe que pode perder o controle facilmente diante dele, mas se inclina e se deixa ser abraçado.
- Vou afrouxar você, então seja paciente. - o alfa sussurra próximo ao seu ouvido e logo suas mãos descem em direção a calça do ômega. Depois de tira-la junto da cueca, Yohan penetra seus dedos indicador e médio dentro dele e o observa enquanto Enarê geme e se agarra com mais força ao seu corpo.
- Esta bem apertado, não tem se tocado ? - Yohan aproxima seu rosto do mamilo do ômega e desliza sua língua devagar sobre ele, fazendo o seu corpo estremecer.
- N-não! - Enarê responde enquanto tenta conter seus gemidos. O alfa sorri e intensifica seus movimentos ao ouvir sua resposta, ele queria ser o único que pudesse toca-lo daquela forma.
Quando o ômega esta relaxado o suficiente, Yohan se afasta e abre sua calça, o que deixava sua ereção ainda mais visível. Enarê estende sua mão direita em direção ao membro dele e o acaricia por cima do tecido, fazendo o alfa soltar um leve gemido abafado. Já no limite do seu auto controle, ele se acomoda entre as pernas do ômega e segurando em suas coxas o penetra.
Enarê geme e estende suas mãos em direção ao abdômen do alfa, tentando fazê-lo ir mais devagar, mas ele apenas agarra seus pulsos e continua movendo seus quadris enquanto o encara com seus olhos dourados. As fortes estocadas empurravam o corpo do ômega para cima e faziam com que o prazer tomasse conta dele, deixando sua mente em branco.
- Yohan, eu vou gozar! - o ômega anuncia em meio aos seus gemidos e seu corpo se contrai.
- Por favor, goze. - o alfa segura com mais força em seus pulsos e se move mais rápido, logo Enarê solta um longo gemido e se encharca com seu próprio sêmen. Yohan para por alguns instantes e o observa, em seguida tira seu pau de dentro dele e se masturba ate despejar todo o seu sêmen sobre o abdômen do ômega.
08:45 horas da manhã.
O ômega abre seus olhos devagar e se da conta de que já amanheceu, ele estende sua mão para frente procurando por Yohan, mas o lugar estava vazio. Enarê se levanta rapidamente e fica um pouco atordoado por estar sozinho, mas logo ouve um barulho vindo da cozinha, ele ainda estava lá.
- Deveria continuar dormindo, preciso sair daqui a pouco. - Yohan dizia enquanto se aproximava da cama, ele se inclina em direção ao ômega e beija sua testa, um doce beijo de bom dia.
- Que horas é o seu voo ?
- Daqui à duas horas. - o alfa tira seu celular do bolso para conferir as horas.
- Vamos tomar café da manhã juntos. - Enarê o abraça, não queria deixa-lo ir ainda!
- Então se vista, precisamos sair agora. - Yohan beija sua bochecha e o agarra com força.
Eles caminharam de mãos dadas ate uma cafeteria próxima a casa do ômega, tomaram um verdadeiro café da manhã francês e conversaram sobre coisas banais. Na volta para casa o ômega já começa a se sentir um pouco solitário, duas semanas sem o Yohan era tempo de mais, Enarê se sentia ansioso.
- Obrigado pelo café da manhã. - o ômega sorri e tenta parecer simpático, mas por dentro o seu estômago esta se revirando e um nó se forma em sua garganta.
- Fico feliz em ter ficado por mais tempo, mas agora preciso ir. - Yohan o encara com um olhar triste e ao mesmo tempo doce, como se estivesse tentando tranquiliza-lo.
- Eu gosto de você, Enarê. Realmente gosto. - o alfa sorriu e o beijou, um beijo doce e apaixonado, encarou seu rosto corado e confundindo por alguns segundos e em seguida caminhou ate seu carro sem se quer ouvir a resposta do ômega, que apenas o observou ir embora enquanto tentava assimilar suas palavras.
Enarê ficou por alguns instantes parado na porta do prédio, ate que se deu conta de que precisava subir, ao chegar em seu apartamento o cheiro do alfa invade suas narinas. Ele estava por todos os lugares, em sua cama, suas roupas e ate mesmo em sua pele, quase como se o Yohan estivesse deixando sua marca.
- O que foi aquilo ? - ele sussurra para si mesmo e se senta no sofá, seu coração batia tão rápido que Enarê quase não podia ouvir seus próprios pensamentos. Estava realmente confundido.
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