Nos seis meses que se passaram depois da festa de verão dos Medinikov, Ivan flagrara sua esposa e seu melhor amigo juntos de várias formas. Já os encontrara dentro de um armário de casacos, Aleksey embaixo da saia de Morena chupando-a enquanto ela abafava os gemidos deliciosos na palma da mão. Já os pegara enquanto Aleksey a fodia por trás, debruçando-a por cima da mesa de pesquisa que ele usava todos os dias, os seios dela balançando de forma hipnotizante a cada estocada, gemidos inesquecíveis acompanhando os movimentos. Já os flagrara naquele mesmo escritório inúmeras vezes, em inúmeras posições, mais uma cena nos jogos que ele tanto amava. Todas as vezes que seu relógio batia o horário do fim do expediente, a excitação de não saber o que o esperava o dominava e na maioria das vezes, já chegava na porta do escritório quase de pau duro.
No entanto, em nenhum momento dos 188 dias anteriores ele imaginara que chegaria para encontrar aquela cena: Aleksey sentado no colo de Morena, rebolando contra um dos brinquedos que Ivan fizera, a ereção vermelha presa em uma mão de Morena enquanto ela chupava o lóbulo da orelha dele e sussurrava doçuras em seu ouvido. Aleksey com as pernas abertas, fora de si com o prazer, aproveitando cada centímetro do objeto de jade; a esposa tão excitada quanto ele, com as bochechas coradas, o nariz afundado contra a pele de Aleksey.
É claro que havia apenas uma única forma de agir diante disso: ele entrou no escritório e fechou a porta atrás de si, e então foi até Aleksey para beijá-lo, devorando cada gemido, cada suspiro, limpando o rastro da lágrima de prazer que descera por uma de suas bochechas e depois beijou Morena, espremendo Aleksey entre eles, fazendo-o se afundar ainda mais no objeto que Morena trazia amarrado aos quadris. Ivan roçou a sua ereção nascente no pau duro de Aleksey, o tecido áspero da calça provocando-o enquanto beijava a esposa, apoiando uma mão no abdômen de Aleksey e a outra no encosto do sofá atrás de Morena. Aleksey segurou a blusa de Ivan com uma mão com força, murmurando algo e roçando o nariz contra a bochecha dele, até os três estarem se beijando em uma confusão de lábios, línguas e respirações acaloradas.
Ivan deslizou a mão pela barriga de Aleksey até encontrar o pau dele, substituindo a mão de Morena pela sua, e desceu lambendo a pele do pescoço, do peito, da barriga, do ventre de Aleksey até acabar ajoelhado na frente dele. Movia os dedos lentamente, em um ritmo que não combinava em nada com a forma frenética e bela que Aleksey implorava por algo, uma libertação. Ele aproveitou para desfrutar a visão de Morena e Aleksey acima dele, observando o sorriso safado de satisfação no rosto de Morena — ela amava aquilo tanto quanto ele, a agonia deliciosa no rosto de Aleksey e a forma como ele parecia não querer que aquilo acabasse. À sua frente, o pau de Aleksey latejava, duro e grosso e delicioso na sua mão, e Ivan fechou os lábios na cabeça dele, chupando um pouco, o som quase animal da reação de Aleksey percorrendo o corpo de Ivan quase como uma corrente elétrica.
Ele o lambeu na parte de baixo, seguindo uma veia que se destacava até fechar a boca ao redor do membro, o movimento dos quadris de Aleksey e Morena fazendo o trabalho de foder a boca de Ivan. Ele relaxou a mandíbula até sentir o pau de Aleksey contra o fundo da garganta, quase o engasgando, a saliva de Ivan escorrendo por um canto da boca enquanto o recebia. Ele amava aquela sensação de ter Aleksey ali no fundo, usando-o como a ferramenta perfeita para dar prazer a ele. Amava a expressão meio desamparada de Aleksey quando fazia aquilo, como se não soubesse muito bem como receber aquele gesto apesar de gostar muito, e amava os sons que conseguia arrancar dele. Ivan sentiu os dedos de Aleksey deslizarem pelo seu cabelo, o homem o puxando mais para perto de forma errática.
— Morena, Morena… — suplicou Aleksey, apoiando a cabeça no ombro de Morena, buscando-a com os lábios.
Era uma cena linda, sua esposa e seu melhor amigo cobertos de suor e com os cabelos bagunçados, os lábios vermelhos e inchados dos beijos que trocaram, as peles se esfregando uma contra a outra enquanto os dois exploravam todo o prazer. Morena beijou Aleksey demoradamente, deslizando a língua por cima da de Aleksey. Aleksey fechou os olhos, mais uma lágrima escorrendo pelo seu rosto, parecendo completamente fora de si com a combinação de sensações.
— Shiu, está tudo bem, você está indo muito bem. — Ela consolou Aleksey depois de afastar a boca, abraçando-o com uma mão aberta na barriga e a outra no peito, roçando o nariz contra a bochecha dele. — Goza para mim, Lyosha. Goza na boca de Ivan.
Ivan afundou as unhas na coxa de Morena, deslizando os lábios pelo pau de Aleksey e lambendo a glande, os movimentos erráticos do quadril de Aleksey ainda metendo em sua boca. Aleksey estava ofegante, a pele avermelhada com o esforço, os gemidos tão altos que Ivan tinha certeza que algum dos funcionários da casa os ouviria mesmo com o feitiço de privacidade que ele esculpira na porta e, com um grunhido, Aleksey se derramou, jato de porra atrás de jato de porra, enchendo a boca de Ivan, descendo pela garganta, escorrendo pelo canto dos lábios.
Quando finalmente terminou, Ivan se levantou, observando como Morena enchia Aleksey de beijinhos e o elogiava, sussurrando como ele fora bom, como ela estava feliz, como tinha feito tudo direitinho, como tudo era perfeito. Ela trocou olhares com Ivan e abriu a boca, posicionando a língua no lábio inferior como se estivesse pronta para receber o que Ivan guardara em sua boca, sabendo que ela pediria. Ele se aproximou, apoiando um joelho no sofá e beijando-a. Morena o lambeu com sofreguidão, como se quisesse tirar cada gota da porra de Aleksey da boca dele, afundando os dedos no cabelo de Ivan, suspirando contra ele.
— Cacete — murmurou Aleksey, fechando os olhos e abraçando Ivan, que se virou para beijá-lo na boca, sentindo o outro homem se derreter contra ele, completamente relaxado, toda a força se esvaindo depois dos últimos minutos.
— Você foi excelente — Ivan ecoou Morena, passando uma mão pelo rosto de Aleksey para tirar os cabelos que grudavam em seu rosto, acariciando-o na barba.
Enquanto o paparicava, Ivan se abaixou o suficiente para conseguir prender as pernas de Aleksey ao redor da própria cintura, abraçando-o, e com a ajuda de Morena, desvencilhou Aleksey de cima dela e o pegou no colo, beijando-o na testa e nos olhos e na bochecha, continuando a torrente de elogios. Ivan o deitou no sofá e Aleksey o puxou para cima de si, enrolando os dedos no cabelo de Ivan e colando a boca contra a dele, deslizando a outra mão pelas costas de Ivan até a cintura, encaixando uma perna entre as dele. Ivan deixou que Aleksey ditasse o ritmo — aquele ritmo lento, profundo e gostoso que Ivan sabia que Aleksey preferia depois de gozar, como se o beijo fosse mais importante que respirar, como se precisasse daquilo para continuar — enquanto corria as mãos pela pele macia do outro homem. Aleksey se desfez da blusa de Ivan, mordendo-o no pescoço enquanto roçava a coxa contra a ereção de Ivan, fazendo-o fechar os olhos e xingar baixinho. Depois, Aleksey apoiou o nariz na curva do pescoço de Ivan por alguns instantes, e Ivan o abraçou até a respiração dele se normalizar, até ele parecer mais calmo, até o rosto ficar menos corado. Ele se afastou para olhar para Aleksey e Aleksey tirou uma mecha do cabelo de Ivan do rosto dele, abrindo um sorriso.
Ivan sentiu um calor no rosto, o coração se descompassando por um instante. Ter Aleksey ali, em seus braços, parecia um sonho, um milagre, um presente divino. Nunca achara que teriam qualquer coisa parecida com aquilo, nunca esperara que o que sentia pelo outro homem pudesse ser recíproco. Ivan levou uma mão ao rosto de Aleksey, acariciando os lábios dele com o dedão, permitindo-se ficar perdido por um instante no verde tempestuoso dos olhos de Aleksey, na ternura que via ali. Aleksey sempre fora mais de Morena do que dele, mas em momentos como aquele, naqueles instantes que duravam uma eternidade, parecia que Aleksey poderia pertencer igualmente aos dois.
Aleksey se aproximou e o beijou novamente, com suavidade, abraçando Ivan, deslizando os lábios pela bochecha dele até chegar a milímetros de distância do ouvido.
— Morena foi muito boa comigo, seja bom para ela também — murmurou Aleksey com uma voz rouca que fez Ivan se arrepiar todo, enquanto apontava para Morena com um gesto do queixo.
— Se for por mim, não precisam parar — falou Morena de onde estava, na outra ponta do sofá, a voz rouca de desejo.
Ainda em cima do sofá, Ivan se virou para encará-la. Morena estava sentada no braço do móvel com as pernas abertas, fazendo carícias lentamente com um dedo, a umidade da boceta escorrendo até a virilha e formando um pequeno ponto escuro no sofá.
Ele continuou a observação por um instante, adorando a cena divina que era sua esposa completamente nua, se exibindo sem vergonha nenhuma para ele e para Aleksey, masturbando-se enquanto os via juntos. Ela enfiou o dedo dentro de si, mordendo os lábios inferiores e olhando-o de cima para baixo, um convite e um desafio.
Ivan se aproximou, ajoelhando-se em cima do sofá em frente a ela, e então puxou Morena pelos cabelos da nuca, forçando-a a olhar para ele. Ela estremeceu e soltou um gemido involuntário, parando de se tocar e se apoiando melhor no braço do sofá. Ele deslizou a outra mão pela barriga dela até chegar na boceta, enfiando dois dedos de uma vez, sentindo a umidade e o calor ao redor da pele. Ela fechou os olhos, trêmula, tentando disfarçar sua reação.
— Olha como você está molhada depois de foder um homem que não é o seu marido — sussurrou ele no pé do ouvido dela, movendo os dedos com facilidade, sentindo-a se contrair com o toque. — Que esposa safada a que eu tenho.
— Desculpa — ofegou ela, e com o dedão, Ivan começou a acariciar o clitóris enquanto aumentava o ritmo dos dedos. — Mas não gozei uma vez sequer. Fui uma boa garota e esperei por você, como você pediu.
Ivan umedeceu os lábios e deu um sorriso torto, deslizando o nariz pela bochecha da esposa, sentindo o delicioso cheiro cítrico natural da pele dela, sentindo-a estremecer em cima da mão dele. Morena suspirou, e eles trocaram um olhar rápido, cumplice, e Ivan escondeu o sorriso contra o queixo dela.
Como ele amava aquela mulher.
— Humm, e como será que posso recompensar você por isso? — Ele enfiou um terceiro dedo e Morena gemeu, movendo os quadris contra a mão dele no mesmo ritmo que ele a tocava. — Você está tão molhada que conseguiria aguentar nós dois ao mesmo tempo.
— Ela o quê? — falou Aleksey atrás dele, a voz subindo uma oitava, como se ele nunca tivesse cogitado aquela possibilidade, e Ivan achou graça.
— Por favor — murmurou Morena, arquejando, segurando o cós da calça de Ivan e ele chupou a pele do pescoço dela com força, fazendo-a fechar os olhos e inclinar a cabeça para ceder mais espaço. — Por favor.
— Por favor o quê, Morena? Você quer nós dois ao mesmo tempo? — provocou Ivan, falando contra o pescoço dela, e ela fechou um pouco as pernas, esfregando-se mais contra a mão dele.
Ao mesmo tempo, Ivan sentiu Aleksey atrás dele, ajoelhado no sofá com uma das pernas entre as de Ivan, encostando o peito nu contra a pele das costas de Ivan, a respiração quente na nuca fazendo o corpo inteiro de Ivan se arrepiar. Aleksey então esticou a mão por cima de Ivan e segurou Morena pelas coxas, os dedos grossos se afundando na pele dela e forçou Morena a abrir as pernas da mesma forma que antes, permitindo que Ivan se afundasse ainda mais dentro dela. Ela escondeu o rosto contra o pescoço de Ivan, suspirando com um gemido, os músculos das coxas se contraindo contra a mão da Aleksey, o orgasmo claramente muito próximo.
Ivan parou de tocá-la, afastando a mão da pele dela, e ela o fulminou com o olhar, o peito subindo e descendo ofegante. Ela não ter xingado o marido em voz alta era um sinal óbvio do quanto estava excitada e atordoada com todo o prazer, e Ivan mordeu o lábio inferior.
— O que você quer? — Ele deu um tapa na boceta dela, fazendo-a arquejar, e Morena se apoiou no ombro dele com uma expressão meio selvagem, como se estivesse prestes a desobedecê-lo de propósito, só para ser punida por ser impaciente.
Ivan sentiu sua ereção pulsar só de pensar nisso, e o olhar de Morena pareceu ficar enevoado por um instante, como se ela tivesse considerado a mesma coisa. Ela lambeu os lábios e Ivan deu outro tapa contra a parte mais sensível dela, fazendo-a fechar os olhos. Aleksey encostou o nariz na lateral do pescoço de Ivan, quase fazendo-o perder a compostura, ao mesmo tempo em que deslizou as mãos para mais perto da virilha de Morena, fazendo-a se arrepiar por inteira.
Aquele pareceu ser o limite para ela.
— Por favor, me deixa gozar — implorou Morena por fim, segurando uma das mãos de Aleksey e puxando-a para onde ela o queria. — Por favor.
Ivan trocou um olhar com Aleksey rapidamente, a ideia do que fazer a seguir evidente entre eles, e deu um tapinha na mão de Morena, tomando o lugar dela em cima da mão de Aleksey.
Ivan conduziu a mão do melhor amigo pela boceta da esposa, primeiro circulando o clitóris, estimulando-o devagar, depois descendo naquele mesmo ritmo, espalhando a umidade entre os lábios dela antes de enfiar dois dedos dentro dela — um dele e um de Aleksey — e ela se arquear contra eles. Com a outra mão, Ivan continuou segurando Morena pelo cabelo e a beijou, deslizando a língua para dentro da boca dela ao mesmo tempo em que ele e Aleksey adicionavam mais um dedo cada, acariciando-a, e Morena os acomodou com facilidade, voltando a se mover contra eles, esfregando-se contra a palma da mão de Aleksey em um ritmo constante e intenso.
Ela gozou rápido, forte, as pernas e o ventre estremecendo enquanto ela se contraía ao redor dos dedos deles, os gemidos engolidos pelos lábios de Ivan, o prazer se transbordando e a deixando ainda mais escorregadia. Aleksey mordiscou a orelha de Ivan enquanto acariciavam Morena até ela voltar a si, a ereção marcando contra a bunda de Ivan, e em resposta, ele moveu os quadris para provocar Aleksey, os dois parecendo se lembrar ao mesmo tempo que Ivan era o único deles que ainda estava vestido.
(...)
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