Please note that Tapas no longer supports Internet Explorer.
We recommend upgrading to the latest Microsoft Edge, Google Chrome, or Firefox.
Home
Comics
Novels
Community
Mature
More
Help Discord Forums Newsfeed Contact Merch Shop
Publish
Home
Comics
Novels
Community
Mature
More
Help Discord Forums Newsfeed Contact Merch Shop
__anonymous__
__anonymous__
0
  • Publish
  • Ink shop
  • Redeem code
  • Settings
  • Log out

O Louco

Tristeza; Deixados no mar

Tristeza; Deixados no mar

Mar 14, 2024

This content is intended for mature audiences for the following reasons.

  • •  Abuse - Physical and/or Emotional
  • •  Drug or alcohol abuse
  • •  Blood/Gore
  • •  Mental Health Topics
  • •  Physical violence
  • •  Cursing/Profanity
  • •  Suicide and self-harm
Cancel Continue
Tristeza:

— Ah, cara… por que o destino é tão cruel comigo? Sinto falta da Ayo… por que ninguém me responde? Cadê o narrador? Cadê os cosmos? Eu queria ter partido também… se eu ao menos tivesse protegido só ela… o que posso fazer a respeito disso? Eu não sou aceito nem aqui. Pelo visto fui escolhido para sofrer por todo o sempre, pendendo quem amo, perdendo tudo o que vive à minha volta. Essa maldição é algo que eu não merecia, e também que eu não queria. Qualquer coisa é melhor do que ser algo que provavelmente é eterno. Este tédio, essa tristeza que a perda me traz porque sei que viverei muito… não desejo nem para o pior inimigo. Mas eu preciso… eu preciso condenar o infeliz que fez isso com a minha amada Ayo! Ele vai morrer! Ele será punido perante a minha justiça!

Horas depois…

— Porra, ma' pera aí… Eu não sei nem mais onde estou. Fiquei chorando aqui por dois dias e não lembro de mais nada além de minha querida Ayo e meu amiguinho… cacete, não lembro nem o nome dele! Eu sou patético mesmo. Talvez a culpa deles morrerem tenha sido minha…

— Como assim, doidão? Você não tem cul-

— Como sabe que não tenho cu?

— Eu ia falar “culpa”, mas pera… você não tem cu?

— Eu não preciso de um, eu não preciso me alimentar.

— Cacete, que loucura!

— Pois é, pois é.

— A culpa não é sua cara, essas pessoas brigam por um motivo delas, e você tentar fazer parte dessa briga apenas é prejudicial para sua cabeça. Suas causas não são as mesmas deles.

— Faz sentido, mas tantas pessoas morreram em busca de algo que influenciei…

— É, aí foi culpa sua mesmo.

— Imagina só, você tem uma moça que você ama muito.

— Aham.

— Aí essa moça te segue e você concede uma força extra e recuperação avançada.

— Aham. Isso aí é daora.

— Né? Mas aí você tenta seguir o plano dela e você conhece um molequinho e vira amigo dele, e do nada, depois de ajudar um bocado de gente e perder um bocado também, eles morrem. Aí você fica lá com cara de panguão porque caiu uma bomba atômica que matou todo mundo! Isso faz sentido? Caralho, cara, eu só queria ser feliz uma vez. Se eu pudesse, passaria minha imortalidade a ela…

— É foda certas coisa.

— O que eu faço? Eu vingo ela?

— Pra quê?

— Porque eu amava ela, ué! Você faria o mesmo, leitor?

— Entendo que ela pensa assim, mas você não é ela e nem é como ela. Matar este homem não vai te trazer ela de volta. Aceite isso, pessoas morrem, e você não.

— Caramba, você é inteligente até. Então o que eu faço?

— Não sei. Você tem e não tem tudo em mãos, já que até as coisas que não tem vida vivem menos que você. Tenta se isolar e ver como ficam as pessoas daqui a dez anos, e depois mais dez, e por aí vai.

— É uma boa ideia, mas eu queria resolver algum problema…

— Resolve então, ué.

— Tinha uma família que ajudei indiretamente, lembra?

— Não? Acho que eu não estava lá.

— Ah, mas vou lá. Eles parecem ser divertidos.

Ele vai em direção à vila que ele viu outra hora e notou que ela estava vazia. Então ele pergunta a um homem que passava por ali por perto:

— Porra! O que aconteceu aqui?

O homem responde gesticulando:

— Vous ne savez pas? Une bombe atomique est tombée sur un sorcier er il en est ressorti vivant.

(Não está sabendo? Uma bomba atômica caiu em cima de um feiticeiro e ele saiu vivo.)

— Cacete.

Alfonso muda o formato de suas pernas e o homem tenta matar ele, por descobrir que ele é o tal

feiticeiro, mas ele desvia e corta um dedo do homem. Depois ele o cura, tornando o velho um dos usuários das habilidades de Alfonso.

— Sorcier!

Ele cai fraco e Alfonso tenta se guiar pela energia que ele descobriu sentir vindo deste homem e vai em direção as outras energias que estão distantes dele.

— Encontrei vocês. Me aguardem, estou indo até todos.

Ele se transforma em um puku e começa a correr em direção a esta energia.

— Pukus são antílopes do grupo bovidae, podendo ser encontrados na República Democrática do Congo, Angola, Zâmbia, Tanzânia, Malauí e Botsuana. Muito daora, né não, leitor? É, aqui não é só bagunça não.

As pessoas veem que o antílope está falando enquanto corre e começam a tentar matar ele, descobrindo que era ele o alvo da bomba atômica, o

feiticeiro.

Ele pula na água e começa a ir onde o rio levar ele, e ele chega até uma casa onde há um idoso e Alfonso se passa por um jovem perdido, e o idoso diz:

— Sei quem é você. Não precisa se fingir. Adenike me contou o que aconteceu contigo… Tomás não existe mais, né?

— Po, eu não conheço nenhuma Adenike não. Pera… conheço sim! É a velha do socão, né? É verdade, ela me chamava de Tomás, mas quando ela me chamava assim, eu sentia algo querendo responder… bom, eu sinto uma estranha conexão entre nós. Você é mais uma pessoa com essas capacidades antes de eu ser o que sou também?

— Creio eu que sim. Fui curado no mesmo ano que Adenike e seus irmãos. Eu perdi minhas duas mãos por não realizar o serviço corretamente, e ia ser deixado para morrer. Antes disso, eles cegaram meu olho direito… Quando Tomás me curou, eu chorei de felicidade. Ele fazia o bem para os injustiçados, mas um dia ele sumiu em 1921. Os casos da intervenção do feiticeiro líquido sumiu, e a exploração não parou. As crianças continuam sendo escravizadas, homens morrem em guerras, mulheres ficam solitárias aguardando e orando que eles voltem vivos…

— Só bagunça. Mas creio eu que minha intervenção possa só piorar… eu não sou um bom administrador. O máximo que sei e posso fazer é ajudar quem está sendo oprimido.

— O que nos resta é aguardar que eles mudem. Mas os países vizinhos tentam roubar os minérios, madeira e outras coisas daqui.

— Isso que não pode.

— Exatamente! E o pior é que tem mais conflitos que fazem as guerras continuarem. Bom, eu vivo nesta casa porque graças a ti, eu não preciso de muita coisa para viver, e ela é boa, pois é afastada de muitas coisas.

— Você vive aqui há muito tempo? Parece ser solitário…

— Minha mulher e meu filho foram mortos.

— Ah…

— Eu ainda vivo aqui para lembrar destes momentos onde eu era mais feliz. Ela era o que me trazia alegria. Mas agora tudo o que sobrou e vai sobrar desta felicidade que vivi será esta área. Eu nasci aqui e pretendo partir aqui. Mas eu… eu tenho um pedido, Tom-… Alfonso.

— Pode pedir qualquer coisa. Eu farei o meu melhor para realizar o teu pedido.

— Eu quero que tu tires minha vida.

— Quê?! Mas…

— Eu vivi demais, e perdi demais. Agradeço à sua benção, agradeço a benção de Tomás e seus antecessores. Mas não tem mais por que eu existir. Já se passaram mais de 100 anos. Quero encontrar meus queridos companheiros, filhos, e minha amada… eu apenas estava aguardando seu retorno para me tirar dessa solidão que me restou.

— Eu… eu entendo…

O homem vai até uma parede e começa a recitar um poema que seu falecido amigo escrevera antes de cometer suicídio:

— Já errei, já corrigi. Já amei, já perdi… já lutei, já perdi. Já tentei, já consegui. Já tudo, já nada. Já vejo e sinto. Vejo e sinto a alvorada…

O homem se deita e diz:

— Chegou minha hora, o momento mais feliz deste ano para mim.

Alfonso faz com que sua mão se torne algo como uma lâmina e fura o coração do momem, e quando ele atravessa, ele o dilacera.

— Descanse em paz, nobre homem. Droga… esqueci de perguntar a ele o seu nome.

Ele se frustra por criar apego com uma pessoa que ele não sabe o nome e perder ela novamente.

— Cala a boca, narrador!

E então ele começa a se contorcer com uma sensação estranha e escuta uma voz:

— Teu nome er-era… Sek-Sekani.

Alfonso procura de onde esta voz estava vindo, mas ele não encontra nada e ninguém além do corpo do homem. Ele então desiste de procurar e começa a chamá-lo de Sekani enquanto cava uma cova para ele.

— Bom, Sekani, eu não sou bom em fazer covas, mas cavei esta para ti. Espero que você tenha gostado se você conseguir me ouvir de algum lugar do além. Perder alguém que tem essa conexão comigo é triste… é como se não só eu estivesse triste por isso. Bom, eu espero que esteja melhor.

Ele coloca o corpo na sua cova de 15 metros com todo o cuidado, e quando ele olha para cima, ele vê Adenike e outras pessoas chorando pela morte de Sekani. Então ele diz para ela quando ele sai de lá:

— Ele teve uma vida completa. Agora está descansando.

Adenike o abraça e diz:

— Sim… ele sofre há muito tempo com a perda de quem amou. Obrigado, Alfonso.

Todos ficam  à sua volta e ficam vangloriando ele como se fosse um salvador, mas ele nega e diz que não é especial.

— Eu sou apenas uma pessoa. Eu erro, eu sou como vocês. Por favor, parem com isso… eu não mereço esse poder.

— Mas você foi o escolhido.

— Não! Eu não fui. Se eu sou algum escolhido, vocês também. Já que tem uma coisa fora do normal das pessoas. Eu apenas existo e sinto. Porém, eu não sou mais… não sou mais o Alfonso. Eu sou apenas algo. Uma coisa sem destino, que pensa pouco por opção. Sou um ser com mentalidade humana, mas meu lado humano físico me deixou. Me tornei algo que não tem cérebro e mesmo assim tem memória e pensa. Cadê o sentido disso? Bom, vocês precisam sair deste país se querem viver melhor. Espero que consigam.

Ele sai triste e Adenike pergunta:

— Como vamos sair daqui, Alfonso?

— Eu posso arrumar uma viagem para vocês se quiserem.

Ele vai com as pessoas até uma cidade com um carro roubado e depois rouba um ônibus. Os levando até o Aeroporto de N'djili. Ele então arruma uma forma de conseguir pagar um avião particular e um piloto para levá-los para o Brasil.

— Cá estou eu indo de volta para o meu lar...

— Quer explorar mais o mundo, não é?

— Sim...

— Vai lá, não se contenha! Mais pessoas tem que conhecer a loucura do incrível Alfonso, o Louco!

— Parece até que você sabe o título da história...

— Quê?

— Nada não. Bom, até um outro dia! Aqui está um pouco de dinheiro que guardei para vocês lá do aeroporto.

— São... dólares?

— Sim, no Brasil valem muito também, mas é bom usarem com cuidado.

Ele abraça cada um deles e se atira para fora do avião.

Deixados no mar:

Assim que ele cai, ele vê uma pessoa à deriva no mar sobre um bote inflável de emergência, e tenta alcançar essa pessoa.

Quando ele chega até esta pessoa, ele começa a tentar passar uma parte dele para ela não morrer de fome ou sede tão rápido.

Então ele captura peixes e prepara eles aquecendo a água, e essa pessoa estava tão fraca que não conseguia nem questionar quem ou o que Alfonso era.

— Aqui, coma.

A pessoa tira o lenço do rosto e ela come o peixe, e então diz com uma voz suave:

— Gracias.

— Por que está aqui?

— Mi barco se hiundó.

— É tenso, mas vou tentar te ajudar o máximo possível. O narrador ficou com preguiça de traduzir o que você disse, mas traduzindo aqui para o leitor, o barco dela afundou.

— ¿Qué?

— Nada no, es apenas mi locura.

— Ah si.

— Meu sonho é fazer uma cidade marinha. Quer me acompanhar nisso?

— ¡Me encantaria! ¿Pero cómo que se hace esto?

— Eu procuro os materiais e faço.

— ¿Y yo? ¿Qué hago?

— O que você faz? Não precisa fazer nada não. Você não consegue ficar muito tempo debaixo da água, eu acho. Tem algum familiar?

— Todos se fueron durante el hundimiento…

— Meus pêsames. Qual é seu nome?

— Esmeralda.

— Esmeralda? Bem diferente. Mas é um belo nome.

— Gracias.

— Vamos tentar viver lá então. Vou tentar fazer algo novo, então é perigoso, porém, segura a respiração.

Alfonso leva ela para o fundo do mar e controla a água em volta do corpo dela, fazendo ela não se afogar e nem se molhar. Então ele começa a fazer uma espécie de barreira no fundo do mar e puxa o ar do lado de fora.

Ele torna o local onde ele está como se não tivesse água, e ele começa a preparar uma casa com os materiais que ele encontra por lá.

Semanas depois, ele termina de fazer as duas casas e eles vivem juntos submersos e observando as coisas do mar.

— Incrível, né?

— ¡Si! Y Yo estoy aprendiendo cada vez más de tu idioma.

— Verdade, isso é bom. Mas acho que falta mais gente por aqui, não é?

— ¿Realmente se podría hacer una ciudad aquí?

— Sim. É minha meta fazer um local onde não há desigualdade, não há guerra, competição ou ódio.

— Sería perfecto…

— A questão seria conseguir chamar essas pessoas. Mas isso pode ficar para o próximo capítulo.

— ¿A qué te refieres con el próximo capítulo?

— Ah, nada não.

Pois é, já acabou esse capítulo também. Mas deu pra fazer bastante coisa, mas nem tudo foi tão bom. Bom, então fica pro próximo capítulo! Você gostou? Espero que sim, muito obrigado por ler, seu(ua)(ue) lindo(a)(e). Hihihi, fiquei animado por construir uma vila que se tornará uma cidade aquática. Te vejo na próxima, ou nos capítulos anteriores, já que o leitor pode voltar no tempo. Queria voltar no tempo pra trazer a Ayo de volta… será que ela gostaria de viver na cidade submersa comigo?
mvmonteirib
mvmonteirib

Creator

Comments (0)

See all
Add a comment

Recommendation for you

  • What Makes a Monster

    Recommendation

    What Makes a Monster

    BL 75.4k likes

  • Invisible Boy

    Recommendation

    Invisible Boy

    LGBTQ+ 11.5k likes

  • Blood Moon

    Recommendation

    Blood Moon

    BL 47.6k likes

  • The Last Story

    Recommendation

    The Last Story

    GL 44 likes

  • Touch

    Recommendation

    Touch

    BL 15.5k likes

  • Secunda

    Recommendation

    Secunda

    Romance Fantasy 43.3k likes

  • feeling lucky

    Feeling lucky

    Random series you may like

O Louco
O Louco

5 views0 subscribers

Alfonso é um imortal que busca ser feliz.
Subscribe

8 episodes

Tristeza; Deixados no mar

Tristeza; Deixados no mar

1 view 1 like 0 comments


Style
More
Like
List
Comment

Prev
Next

Full
Exit
1
0
Prev
Next