Cleberson se prepara para vender e Félix aparece arrumado e diz:
— Vamos às compras!
Cleberson fica confuso com isso e pergunta:
— Como assim? Achei que a gente ia de tarde.
Félix gesticula para ele e diz:
— Se nos prepararmos agora cedo, a tarde será melhor para trabalhar.
Ele pensa a respeito do que ele disse e responde:
— É... faz sentido. Então vamos!
Eles vão para fora da ilha fazer as compras. E durante a viagem, Félix pergunta:
— Você dormiu bem?
Cleberson sente um leve arrepio e responde:
— Sinceramente… não. Eu dormi por mais ou menos uns quarenta minutos? Não lembro.
Félix dá tapas nas costas dele e diz:
— Tu tem que descansar melhor, meu nobre. Isso pode te fazer mal, na verdade, já está. Hoje você vai tirar umas férias.
Cleberson agradece, e vai pra fora observar os peixes que ficam perto do navio dando belos saltos, e pergunta a Félix:
— Vamos a uma feira?
Félix assente e olha para trás, e vê um homem estranho que está sentado em uma posição prejudicial a sua coluna e babando, enquanto algumas pessoas olham para ele. E ele pergunta:
— Cleby, tá vendo aquilo ali?
Ele olha e diz:
— Estranho, mas talvez ele seja especial…
Félix então diz:
— Com certeza não é... vamos lá então para ver.
Eles chegam perto e veem que o homem realmente é estranho, mas esse homem diz enquanto dorme inclinado para o lado:
— Me dê… me dê minha vida novamente…
Ele acorda e os encara fixamente nos seus olhos, com aqueles olhos pequenos, olheiras tão profundas que fazem os olhos parecerem distantes, dentes pontudos, pele com veias negras e um jeito de exaustão intensa, então ele diz:
— Preciso ir ao banheiro, pode me dizer onde é?
Cleberson fica amedrontado, e Félix aponta para em direção ao banheiro. Ele levanta e Félix diz surpreso:
— Caramba, tu é grandão. Tem o quê? Uns dois e quinze?
Ele sorri e diz:
— Tenho dois metros e vinte hehehe.
Cleberson fica assustado com a aparência, comportamento e alguma outra coisa que o aterrorizava, e Félix responde com um sorriso:
— Caramba! Cheguei perto em.
Ele estende a mão e diz:
— Meu amigo, pode me dizer onde é o banheiro? Eu não sei muito bem, não está muito visível.
Outra pessoa então se oferece para levar ele e ele a segue. Após isso, a viagem fica normal e silenciosa, com Cleberson com medo daquele homem e encolhido na defensiva.
Assim que eles vão ao ônibus, Cleberson vê na televisão do ônibus que aconteceu um assassinato num navio, e ele não se surpreende, então Félix diz:
— Caramba, então seu mau pressentimento não era falso.
Ele responde:
— Ele emanava uma sensação horrível…
Félix cruza os braços e pergunta:
— Qual era a sensação?
Ele segura seus próprios ombro e começa a apertar e responde:
— Era como se o peso que carrego no meu corpo tivesse saltado até ele, e tivesse tomado posse disso enquanto uma parte dessa coisa permanecia em mim… e ele me amedrontou muito.
Félix pega seu caderno e lápis e pergunta:
— Como era essa coisa? Posso tentar ilustrar?
A feição de Cleberson muda e ele diz:
— Se quer tanto me conhecer, você vai ver agora! Ihihihaha!
Ele agarra o queixo de Félix e ele não consegue fazer nada, enquanto Cleberson vai perdendo as forças e desmaiando, ele começa a enxergar algo assustador, e essa coisa diz:
— Gostou da visão?
Essa coisa começa a esfregar suas unhas que se assemelham a garras em suas sobrancelhas e as corta, então ele diz com um sorriso imenso:
— Seu amigo ainda não está muito bem, que tal deixar ele comigo? Hoje irei tratar o corpo dele. Que tal? Fecharia esse acordo comigo, Fefé?
Ele começa a tremer e diz:
— Você só vai tratar dele ou vai fazer mal a ele?
A entidade ri enquanto seus olhos brancos escurecem, e diz logo em seguida:
— Só Deus sabe.
A coisa estende a mão para Félix e ele recusa, dizendo:
— Se não revelar suas intenções, não fecharei o contrato.
O ônibus para, todos se levantam e a criatura diz enquanto aponta para cada pessoa enquanto diz:
— Se você não fechar o acordo comigo, seu amiguinho e todos desse ônibus não viveram a partir de hoje.
A criatura gargalha, enquanto Félix ri e responde:
— Tá bom.
O treco fica surpreso com a escolha dele, e diz:
— Você me surpreendeu, mas agora sua vida não será a mesma então. Assim que eu tratar seu amigo, você vai viver um inferno! Ihahahahahahaha!
Félix acorda com Cleberson tentando acordá-lo e ele se debate ao acordar, e diz:
— Cadê ele?!
Cleberson fica confuso e pergunta:
— Ele quem?
Félix se acalma e se levanta, então ele diz:
— Ah, só tive um pesadelo… bom, estamos quase chegando, vamos.
Eles fazem compras e comem no shopping e depois fazem as compras dos produtos que irão vender na ilha. Eles voltam para casa após irem ao cinema e Cleberson diz:
— Rapaz, acabei não trabalhando, mas pelo menos tive um dia super diferente de todos que tive em minha vida. Muito obrigado, e perdão pela despesa.
Félix sorri e diz:
— Pode ficar tranquilo, eu tive uma descoberta m-
Assim que ele ia terminar a frase, a sua língua começa a sangrar e doer, então Cleberson pergunta:
— Você está bem?
Ele afirma e a viagem continua tranquila, e Cleberson dorme, enquanto Félix fica refletindo sobre as coisas que ocorreram:
— “Talvez o meu sonho não tenha sido coisa da minha cabeça, além das minhas sobrancelhas estarem com um corte que tá se recuperando rapidamente… mas por que eu não consigo falar sobre o que aconteceu? Agora deu o caralho mesmo, viu?”
Assim que eles chegam na ilha, eles vão para os seus aposentos, e Cleberson não perde tempo e ajeita as coisas para trabalhar no dia seguinte, enquanto Félix vai direto para sua casa para dormir.
Ambos passam a noite acordados tentando dormir e não conseguem dormir por mais do que uma hora.
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