Dia 15 de fevereiro de 1992, sábado, 09:44 da manhã
Eu tive sonhos tão realísticos, eram como se eu fosse uma deusa, ah, eu sou linda, né? Então eu com certeza sou uma deusa. Mas foi tão estranho, foi tão real... Eu queria sentir o melhor aroma e eu o senti. Foi uma coisa inexplicável de tão bom... O que está acontecendo comigo? Será que eu sou normal? Bom, acho que foi só um sonho que consegui controlar, mas era muito legal! Eu consegui fazer várias outras coisas, eu transformava tudo de ruim em coisas que gosto, como aromas, flores, comida e coisas desse mesmo jeito, mas eu vi uma coisa que me assustou, e era meu pai. Assim que ele apareceu, tudo escureceu, me senti assustada com sua expressão vazia, ele não estava contente e nem com raiva, mas seu olhar me assustava.
Agora
Marlene recebe alta e sai, enquanto Caio vai para um psicólogo, que curiosamente são os pais de Marlene e então eles perguntam o que aconteceu e o porquê dele sentir, o como aconteceu e coisas assim, pois sua perna estava intacta e ele diz que assim que ia começar a aula de educação física, ele começou a sentir essa dor, o garoto está em pânico profundo, aos prantos por mais de 12 horas com essa dor agoniante e então Cláudio põe a mão na cabeça de Caio e pressiona sua perna e...
Diário de Marlene
Dia 15 de fevereiro de 1992, sábado, 10:48 da manhã
Meu pai fez um milagre?!?!?! Como ele fez o Caio parar de sofrer tanto? Ele é incrível!! Mas o Caio me disse que não lembra de vir aqui e ser curado pelo meu pai, ele só lembra de acordar sem sentir dor nenhuma da qual sentiu por muito tempo. Como isso é possível? Talvez meu pai seja apenas um psicólogo profissional, né? Ou será que ele é divino? Talvez o Caio só estivesse com problemas psicológicos... Acho que sim, deve ter sido isso, né?
Agora
Marlene termina de escrever e começa a estudar, ela não tem muito o que fazer, já que seus pais nunca pediram ajuda dela para nada. E então Marlene começa a desenhar após ter estudado por uma hora e meia e faz desenhos excelentes, que uma pessoa que cursa aulas de desenho por quatro meses não conseguiria.
Ela possui muitos talentos e facilidade para absorver qualquer aprendizado. Ela é um prodígio, com oito anos e já está no quinto ano.
Diário de Marlene
Dia 15 de fevereiro de 1992, sábado, 13:03 da tarde
Eu estava lendo um livro sobre o físico humano, era muito interessante, havia coisas super interessantes. Como tem gente que não gosta de ler??? É tão bom! Bom, assim que eu terminei, eu comecei a ler mais um volume de "As brumas de Avalon", é o segundo. Eu amo história de ficção, fantasia e romance também. Não sei o porquê tanta gente não gosta de ler, é tão divertido!!! Eu me sinto em outro mundo, como num sonho.
Agora
Marlene sai e vai até à rua, e então um cão furioso aparece querendo morder ela, e ela tenta fugir, mas o cão dá um salto encima dela a derrubando e ela começa a se debater e gritar — Sai! Sai cachorro!
O cão sai de cima dela e fica a encarando fixamente enquanto ela fica com as mãos para frente na defensiva, e então ela diz — Sente-se! — E o cão senta — Dá um pulinho! — E então ele pula — Você é treinado? Fale!
E então o cachorro solta um uivo — Que legal! Vou contar pra minha mãe! — E então o cachorro sacode a cabeça e a encara com raiva novamente, tentando atacar ela.
Mas sua mãe aparece rapidamente e imobiliza o cão com apenas uma mão enquanto o cão se debate, mas logo depois ele se sente intimidado com isso. E então ela diz enquanto abre um calmo e suave sorriso— Vá para casa, Marlene. O almoço está pronto.
Marlene vai enquanto olha o que sua mãe faz. Alícia solta ele e começa a acariciar o cão como se ele fosse manso, e então ela o leva até a casa de onde saiu.
Diário de Marlene
Dia 15 de fevereiro de 1992, sábado, 16:22 da tarde
Eu... Eu vi minha mãe segurando um cachorro furioso com uma mão só! Ela me intimida muito mais agora com isso. Foi pouco depois de eu domar o cachorro, mas eu me distrai e ele ia me atacar novamente. Eu só queria dar uma volta, mas fazer o que né? Minha família é estranha? Eu não conheço nenhum outro parente meu, acho que eu não tenho... Todos tem pelo menos um familiar vivo, eu nunca vi um meu além dos meus pais. Uma vez perguntei a eles em um jantar e escutei um barulho muito alto enquanto eu fazia a pergunta, escutei um barulho muito alto e talvez eles não tenham escutado. Acho que outro dia eu pergunto de novo então.
Agora
Se passam quase sete horas e então Marlene vai dormir, então ela vê algo estranho, uma silhueta de duas pessoas, então ela diz com sono — Mãe…? Pai…? Boa noite… — Ela ignora e dorme.
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