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LYCANTHROPY - PT BR

Memorias 1.5

Memorias 1.5

Mar 25, 2024

Os sons do dia, das pessoas, dos latidos, a luz do sol começava a invadir o ambiente, me sequei fechei as cortinas e fui para cama, voltando a dormir.

Fui desperto pelo aroma que subira ao meu quarto, era um cheiro muito bom levemente adocicado, que fez minha mente e estomago se enche de desejo, minha boca se encher de saliva, tomei banho e vesti um moletom cinza claro que parecia um pijama, que me chamara a atenção por ser confortável e havia muitos moletons. Então posso acreditar que gosto de roupas práticas e confortáveis.

Quando estava saindo do closet minhas mãos num movimento rápido como que por instinto pegaram algo no apoiador central, meus olhos se fixaram no objeto, era o velho e estranho livro, com capa de couro que ontem estava dentro da mochila, as páginas estavam curvadas para o centro pela tira de couro que o fechava, sua capa era um couro grosso e bem surrado, com uma marca desgastada que foi queimada no couro a muito tempo, eu sentia que conhecia aquela marca é que ela era importante. Não. Eu sei que ela é muito importante, ela significa? Eu sei o que é. Mas não consigo lembra - Uma pontada percorreu pela minha cabeça me arrancando dos meus devaneios me obrigando a me apoiar na mesa e sentar no tapete, era como se tivesse alguma coisa atravessando meu celebro, sentia que meus olhos saltarias de sua orbitas.

Após alguns minutos o aroma ácido e adocicado que fez novamente meu estomago se contorcer. 

Indo para a escadaria a porta da louca estava aberta, uma oportunidade de obter mais informações, mas com o contorcer do meu estômago, decidi que faria isso em outro momento, a prioridade era me alimentar.

Chegando na cozinha havia um senhor parrudo, com cabelos ruivos claros, barba volumosa, com 1,70 de altura, com seus 45, 47 anos. Ele bailava cantarolando de um lado para o outro enquanto preparava os pratos.

Não querendo, distrai-lo ou atrapalha-lo, apenas continuar apreciando essa cena tão satisfatória, me sentei na mesa cascata que era integrada ao balcão que estava atrás dele perto da porta, fiquei de maneira que eu permanecesse em seu ponto cego, por mais de 20 min o observei produzir sua arte.

O cheiro das ervas, na redução do vinho, dos medalhões sendo selados, acompanhado do cheiro doce do molho pomodoro, fez meu estômago soltar um estrondo audível suficiente para que eu desejasse me retirar do local, mas o cozinheiro continuou seguindo seus movimentos, me senti aliviado por ele não ter ouvido, nem percebido que eu estava lá, passando mais alguns minutos fui retirado da minha inercia pelo surtiu comentário dele.

- Nessa distância meu braço não o alcança jovem mestre. – Comentou sem se distrair das suas atividades.

Me levantei e me sentei mais próximo dele, coloquei no caderno no balcão na minha frente é fiquei observando-o, em menos de dois minutos ainda de costas para mim, ele estendeu o braço deixando ravioli com o molho pomodoro a minha frente, meus olhos se fixaram no prato a alguns centímetros de mim, fazendo por sua vez minha boca salivar.

- Tire essa coisa suja do meu balcão, ou não irei lhe servir, mas nadar- Ele falou indo em direção a geladeira.

Ele permaneceu em frente a geladeira olhando para o caderno e para mim com a garrafa de vinho em sua mão, peguei o caderno e coloquei na bancada do lado. Ele veio em minha direção servindo vinho em uma taça, colocou sobre o balcão.

- Já tínhamos combinado que essa coisa não entraria na minha cozinha, lembra? Aqui é um lugar pra celebrar o presente não continuar preso no passado. - Encerrou puxando uma cesta com pães para o lado da taça.

Ele permaneceu ali parado olhando para mim esperando a resposta, era um uma imagem engraçada sua boca era um risco fino na união do bigode espesso com a barba que tinham um vermelho mais cobre que seus cabelos, seus olhos eram de um verde vibrante como esmeralda na luz, o pano de prato perdido em seu ombro largo. Me fez baixar a guarda, ele me passava uma sensação de conforto e aconchego.

- Me distrai com o aroma e acabei esquecendo que estava com ele. - Respondi pegando o macarrão, para finalmente poder comer.

- Vou servir o próximo antes que seu estômago comece a rugir novamente. - Suas palavras foram seguidas de uma risada abafada, retornando ao preparo dos seus pratos.

Me senti envergonhado por saber que até ele escutou tão bem, mas os sabores suaves na massa, limparam minha mente. A textura firme do recheio de carne seca entrava em contraste com a da massa, que tinha seu sabor realçados pelo sabor adocicado do molho deixando ao fundo o salgado da carne, a cada mordida o vinho dava um toque de acidez limpando o paladar, trazendo novamente todos os sabores na próxima mordida, era um ciclo vicioso. No momento que eu iria limpar o prato com o pão, novamente ele ainda de costas, estendeu o braço deixando um medalhão envolto em bacon com o molho de vinho em minha frente. 

 

...

...


 Finalizei limpando os pratos com os pães.

Retornando ao meu quarto para continuar minha busca, o quarto da Tsundere ainda estava aberto, entrei calmamente sem chamar a atenção, havia duas pessoas limpando a duas portas do dela, retomei minha busca, o quarto dela tinha as mesmas dimensões do meu, mas a decoração diferente da minha que era no estilo industrial minimalista em escala de cinza com azul royal o dela tinha tons de vermelho preto e rosa num estilo moderno com itens clássico em contraste, roupas jogadas por todo lado nos móveis, piso e algumas no banheiro, os apoiadores da cama, estavam abarrotados de copos e pratos sujos, no lado esquerdo 

sabunabud
Sabu C. R. Linhares

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LYCANTHROPY - PT BR
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Sua respiração ficou pesada e ela ficou sobre as 4 patas sua sombra se estendeu até o interior da caverna, trazendo uma neblina que subiu pelo seu corpo a tomando e foi ficando escuro como a fumaça mais densa que eu já vi a cobrindo por inteiro, tudo que saia daquela escuridão era sua respiração cada vez mais pesada, como a de um urso.
Dois pontos amarelos brilhantes surgiram em meio aquela fumaça, o nariz do urso é dentes enormes romperam a escuridão, em minha direção, suas garras rasgavam as pedras do chão, cada passo trazia fumaça como se estivesse saindo do seu corpo, sua respiração fazia uma névoa branca sobre aquela enorme boca, eu me preparei pra fugir, mas fiquei paralisado pelo rugido, senti toda força ser arrancada do meu corpo, meu suor estava gelado, não meu corpo estava gelado, eu vou ser devorado por essa coisa. Ela parou na minha frente tão perto que podia sentir o cheiro podre do seu bafo.
Eu ainda não desisti, preciso revidar, preciso lutar, mas meu corpo não se movia, não me obedece, ela levantou lentamente a cabeça abriu a boca, assim que ela abriu a boca o mundo desapareceu para mim no fundo daquela garganta escura, um vazio sem fim.

Apenas conhecendo o passado, podemos compreender o presente e nos prepara para o futuro. E para conhecer o passado primeiro tem que saber quem e você.
Um homem amaldiçoado em busca de respostas, para desvendar sua verdadeira identidade, sua verdadeira forma. Descobre que as sobras do passado querem mais do que apenas mata-lo.
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