Pela manhã eles mostraram o corpo do sátiro demoníaco que não havia morrido… ainda.
-Oh, vós sois realmente incríveis! - elogiou um Benedito surpreso - Se não fosse por vocês, não sei o que seria da minha fazenda!
-De nada, senhor - falou embaraçado Jonas.
-Em homenagem ao Sobreiro, farei uma festa! E quero que sejam os convidados de honra.
-Que isso sr Campos! - Jonas parecia mais nervoso ainda. Claro, quem não iria ficar ao ouvir tal frase vinda de um homem amigo do rei.
-Por favor, não negue.
-Está bem - e riu envergonhado.
O grupo voltou para Sintra comentando acerca da festa:
-Vou com o melhor terno que eu tenho! - exclamou Tarcísio.
-Tomara que aquele velho convide mulheres bonitas - pediu André.
-Nem quero ir gente - disse Miguel.
-Por que homem? - perguntou Jonas.
-Quero ficar em casa e alimentar meus animais.
-Ai, deixa de ser estranho Miguel - censurou André - Quem troca mulher e diversão por um pato e um gavião?
-Ora seu…
-Vamos com calma, senhores - acalmou Jonas.
-Vejo vocês de noite! - Tarcísio tomou um caminho diferente.
-Será que o Tarcísio vai conseguir vir? - indagou o domador de animais ao líder.
-Por que ele não viria? - retorquiu Gabriel, se intrometendo.
-Ele mora com a mãe - explicou Jonas - O pai dele faleceu anos atrás por velhice. A mãe dele é bem conservadora e não gosta que ele saia de casa.
-Por quê?
-Ele não gosta de falar o motivo.
-Deve ser hiperproteção - sugeriu Valentina.
-Pode ser. E sabia que… - André foi interrompido por Gabriel:
-Ei Val, ali tá nossa rua. Tchau comandante!
O garoto puxou a mais velha pela manga do vestido e se afastaram.
-Essa não é nossa rua - avisou a Vales.
-Eu sei - retrucou o menino - Vamos pegar um atalho. Não gosto de ficar perto desse André. Ele tá dando em cima de você, Valentina.
-Sim, já percebi.
-E por qual motivo não fazes nada?
-E eu deveria?
-Sim.
-Resposta errada. Devemos simplesmente ignorar pessoas como ele.
Gabriel rolou os olhos e acompanhado da feiticeira, seguiram por mais algumas ruas até chegarem na pensão.
Emanuel era um homem de meia-idade de origem portuguesa, com olhos castanhos e corpo forte, além de um cabelo cinzento pela idade e algumas rugas no rosto. Apesar disso, sua beleza ainda estava preservada.
-Olá! - ele cumprimentou - Onde estavam?
-Em uma missão - respondeu Val.
-Ah, ainda bem. Estava ficando preocupado pela demora - riu de si mesmo.
Gabriel deu um bom-dia de qualquer forma e seguiu de cabeça baixa. Apesar de sua aparência, ele era um tanto quanto tímido. Enfim, ele chegou no seu aposento e começou a tirar sua roupa.
-Ficou bem ferido, hein - comentou a mulher ao vê-lo sem camisa.
-Sim - confirmou o garoto, pegando um kit médico simples - Aquela coisa me torturou.
-Ainda bem que eu tava lá - orgulhou-se Val.
O jovem riu.
-Temos que ver roupas legais para hoje a noite.
-Eu posso dar um jeito nisso - uma aura roxa a dominou e de repente, roupas lindas se materializaram à frente do casal.
-Wow, que lindas! - exclamou Biel.
-Serão usadas à noite - avisou a Vales.
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