Felipe ainda estava se ajustando à sua nova vida na Velvet Place. Diferente do que esperava, a vida na agência não era tão frenética quanto ele imaginava. Os dias eram relativamente tranquilos, com momentos de treino e aprendizado, mas sem a adrenalina constante das missões perigosas.
Apesar da vida relaxada, Felipe sentia a necessidade de se manter ativo. Ele sempre gostou de atividades físicas e as usava para aliviar o estresse e a monotonia. Cada manhã, antes que os outros estivessem completamente acordados, ele já estava na sala de treino, correndo na esteira ou levantando pesos.
Numa dessas manhãs, Felipe estava treinando intensamente quando Simons passou pela sala e parou para observá-lo.
— Garoto, tu é magro mas é fortinho, hein. As mulheres devem pirar — disse Simons, com um sorriso brincalhão.
Felipe corou, dando um sorriso tímido. — Se acha?
Simons riu, balançando a cabeça. — Tenho certeza. Continue assim, explosão. Manter-se em forma é essencial para o que fazemos aqui.
Felipe sorriu e continuou seu treino, sentindo-se um pouco mais animado pelas palavras de Simons. Após algum tempo, ele decidiu tirar a camisa azul que usava, revelando seu corpo definido.
— Hm, parece que ganhei mais massa — pensou Felipe, satisfeito com seu progresso.
De repente, Eni apareceu na sala. Ela notou Felipe sem camisa, mas não fez um comentário imediato. Apenas deu um sorriso e continuou sua caminhada até o sofá, onde se deitou para relaxar.
Felipe, percebendo que Eni o tinha visto, ficou envergonhado e começou a gritar, tentando cobrir-se com a camisa.
— Ah, Eni! Não olha pra cá! — exclamou ele, vermelho de vergonha.
Eni riu, divertida com a reação de Felipe. — Relaxa, Felipe. Você está em ótima forma. Nada para se envergonhar.
Felipe, ainda corando, vestiu a camisa rapidamente. — Hmff, não posso ter privacidade.
Eni continuou rindo enquanto comia uma bolacha. — Que fofo, hmhmm.
Após o treino, Felipe sentou-se para descansar, sentindo-se um pouco mais confortável com sua nova rotina. Apesar dos momentos embaraçosos, ele começava a se sentir mais em casa na Velvet Place.
Eni, ainda deitada no sofá, notou o olhar pensativo de Felipe. Decidiu puxar conversa para aliviar o clima.
— Então, Felipe, como está se adaptando? — perguntou ela, mordendo outra bolacha.
Felipe deu de ombros. — Estou me ajustando, acho. Mas ainda é tudo muito novo para mim. O que exatamente a Velvet Place faz?
Eni sorriu, sua voz doce e calma. — Bem, somos na realidade detetives, mas também defensores da Terra.
Felipe franziu a testa. — Como assim?
Eni colocou a bolacha de lado e se inclinou um pouco para frente. — Nós investigamos fenômenos sobrenaturais e protegemos as pessoas de ameaças que elas nem sabem que existem.
Felipe balançou a cabeça lentamente, tentando entender. — Parece um trabalho difícil, mas importante.
Eni assentiu. — É, mas também pode ser muito gratificante. Cada caso resolvido é uma vitória para a segurança das pessoas.
Pouco depois, Kaisen entrou na sala, segurando um arquivo. — Felipe, Eni, temos um novo caso. Preciso de vocês dois para isso.
Felipe levantou-se, sentindo a adrenalina correr em suas veias. — Sobre o que se trata?
Kaisen entregou o arquivo a Felipe e Eni. — A família Yamamoto. Uma das mais conhecidas famílias do Japão. Há relatos de que pessoas que entram na casa deles nunca mais saem.
Felipe olhou para Eni e depois para Kaisen, levantando uma sobrancelha. — Então é tipo um hotel de horror, só que sem a parte divertida?
Eni deu uma risada suave, e Kaisen revirou os olhos com um sorriso irônico. — Isso mesmo, rapaz. Quero que vocês investiguem. Vão e tenham cuidado.
Felipe e Eni trocaram olhares e acenam com a cabeça.
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