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[NOVEL PTBR] Potentia

Track 05. Turning Point

Track 05. Turning Point

Sep 13, 2024


Envolvido em um invólucro de ar translúcido, Itzel se encontrava sem como escapar. Ele olhou para os lados, procurando pela responsável pela sua captura.


Não demorou para localizar Sayuri, que o encarava fixamente. Os dois cruzaram os olhares e perguntaram ao mesmo tempo:


— Quem é você? O que quer? — ela começou.


— Quem é você? — o homem questionou.


— Eu perguntei primeiro. — a mulher franziu a testa.


Percebendo que seria difícil desenvolver a conversa e conseguir informações, Itzel pensou rapidamente em uma saída e resolveu fazer uma proposta:


— Então vamos fazer um acordo — disse ele, sorrindo.


— Não estou aberta a negociações — rebateu com frieza.


— Que tal uma pergunta para cada, por vez? — sugeriu, mostrando um sorriso simpático no rosto.


Sayuri cruzou os braços e virou o rosto, longe de parecer amigável:


— Pode ser, mas não vou te soltar daí. E como eu que perguntei primeiro, pode responder.


— Tudo bem, me chamo Itzel.


— De onde veio?


— Uma pergunta de cada, lembra?


— Tá, me chamo Sayuri.


— Acho que estou sendo muito rígido com essas regras. Não vamos conseguir chegar a lugar nenhum assim. Vou deixar você fazer a próxima pergunta, por cortesia. — propôs.


— Então me diga… o que você é? — ela voltou a encará-lo.


— Sou um humano com Potentia, assim como vocês. — respondeu de maneira sincera. — Vieram de outro planeta?


— Sim, pelo visto você também. — comentou Sayuri.


— Vim sim. Em quantas vocês são?


— Você não espera que eu responda isso, né? Conforme-se com o que está vendo. Minha próxima pergunta: quero saber por que nos atacou. — respondeu, se mostrando incomodada.


— Justo… Meu planeta está morrendo e foi prometido um novo… caso tomássemos este. — ele revelou, deixando claros seus objetivos.


— Mas isso não faz sentido algum — Sayuri se sentia ao mesmo tempo confusa e triste ouvindo aquela informação.


— Isso é tudo que tenho a dizer. De onde vieram? — perguntou Itzel, desviando o olhar.


— De um planeta que foi destruído — o confrontou seriamente.


A informação foi recebida como um choque. Por um momento, o silêncio tomou conta do ambiente, e tudo o que se escutou foi o som da brisa do mar.  Ele já sabia de boatos sobre Ayami, sua mandante, destruiu um planeta, e, juntando as peças, parecia que havia encontrado as antigas habitantes. O que antes era apenas um rumor, agora se revelava ser realidade.


Num último ato, Itzel utilizou o resto da água que tinha absorvido para atacar o grupo de garotas. Sayuri se assustou e se defendeu, mas acabou sendo atingida em cheio pela água gelada, ao abrir os olhos novamente, seu rival já não estava mais lá.


— Meninas, estão bem? — ela se virou rapidamente para as demais, procurando saber como estavam.


Ela percebeu que todas estavam apenas encharcadas, mas bem e sem ferimentos.


— Estamos vivas. — respondeu Naoko, segurando Matsui no colo, que estava assustada.



Planeta Finalia



No planeta, um portal de luz azul se abriu e Itzel saiu de dentro dele diretamente para um quarto em tons de rosa, perfumado com cheiro de flores, decorado de objetos brilhantes, rendas e plumas. 


Na cama do quarto, Rosália se encontrava sentada, perdida em seus pensamentos, em meio ao tédio. Ao perceber que ele havia chegado, sua animação voltou e logo se levantou e correu até seu encontro.


— Itzel! — exclamou Rosália.


Ela primeiro beijou seu amado, apenas depois foi olhá-lo com atenção, percebendo que estava machucado e vestido de maneira estranha.


— Por que você está quase nu? O que são esses arranhões? Você encontrou elas, certo? Te atacaram sem motivo, são horríveis. Esse planeta deveria sumir do universo. — Rosália, preocupada, perguntou e comentou.


— Está tudo bem de verdade, Rosália. Eu voltei pelo mar e me arranhei um pouco, nada demais. — Itzel olhou para ela carinhosamente, acariciou seu rosto — Vou falar com Lady Ayami sobre a missão. Essa noite ficarei aqui, já volto.


O coração de Rosália se acalmou um pouco com as palavras de seu amado, e o fato de poder passar a noite junto a ele a deixou alegre. Por causa das missões, não se viam há um tempo, a saudade só aumentava.


— Te espero — comemorou Rosália.



Planeta Terra, Casa de Sayuri



A casa estava agitada. As meninas estavam confusas com tudo o que tinha acontecido e faziam diversas perguntas.


— E AGORA!? QUEM ERA AQUELE HOMEM QUE COMEÇOU A NOS ATACAR DO NADA!? É ISSO AGORA!? VAMOS SER PERSEGUIDAS!? — Naoko não conseguia se controlar e falava para o ar.


— Ele disse que se chamava Itzel… mas como saber se é verdade? — questionava Sayuri, tentando compreender a situação.


— Mas atacaram de novo a Yukino. Será que conseguem sentir a Potentia dela? — questionou Miyu.


Yukino ouvia a conversa, com receio, mas percebeu que talvez o certo fosse se expor e falar o que havia acontecido:


— Na verdade… talvez ele tenha me visto congelar as gotas de água do mar… — confessou Yukino, com voz baixa e mãos fechadas e trêmulas.


Naoko escutou e ficou incomodada, apoiou com raiva sua mão no braço do sofá onde Akiko estava sentada.


— Como é? Nem Akiko faria uma coisa dessas!  — indagou Naoko.


“Mas o que eu fiz?”, Akiko ficou sem entender a situação.


— Vamos com calma, é tudo muito novo pra ela. — Megumi tentou acalmar a situação.


— Yukino, você precisa ser mais prudente. Já foram dois ataques Imagine ter que explicar para seus pais que você está sempre se machucando? Como acha que eles vão entender isso? — indagou Sayuri, preocupada com Yukino.


— Me desculpe, fui muito sem noção. — Yukino foi baixando a cabeça, arrependida.


— Acho que já foram muitas lições por hoje. Está ficando tarde, melhor levar Yukino para casa. Usem o resto do domingo pra descansar e respirar. —  Ghuang decidiu se pronunciar.


— Tá, obrigada, Ghuang. — agradeceu Yukino.


Ghuang levou Yukino de volta para sua casa. O fim de semana terminou em silêncio nas duas moradias, cada uma digerindo a situação à sua maneira. Mas a nova semana já estava começando, e a volta à normalidade poderia mostrar que os dias podiam ter muitas possibilidades..



8 de março, Casa de Sayuri, 12h



Numa segunda-feira ensolarada, o céu exibia poucas nuvens e uma brisa soprava pela cidade. A temperatura estava agradável, típica de um dia de fim de verão.


Mas nem mesmo aquele clima alegre conseguia dar jeito nos ânimos de uma certa jovem de 15 anos que chegava em casa, e parecia estar sofrendo do fundo de sua alma.


— MEU DEUS! SOCORRO! PRA QUE ISSO!? QUEM INVENTOU A ÁLGEBRA NÃO TEM AMOR NA VIDA! — gritava Akiko, desesperada, jogando-se no chão da sala.


— Akiko, para com esse drama!  Matemática vai ser bem importante pra você trabalhar com jogos. — explicou Miyu. 


Miyu já estava acostumada com os surtos de Akiko, mas ainda tinha esperança de que ela entendesse a importância do estudo.


Matsui, olhava com indignação e desprezo para o drama de sua irmã, que não se conformava com os escândalos diários de sua irmã.


“Não entendo a mana… Ir pra escola é tão legal.”, pensou Matsui enquanto se ajeitava para pegar carona para sua aula.


Enquanto Matsui seguia o caminho para a escola, Megumi estava chegando em casa exibindo um sorriso enorme.


Usando um vestido vermelho casual que combinava com sua alegria e energia, ela foi até Sayuri e Naoko para contar sua grande novidade.


—  Meninas! Deixa eu contar algo muito importante pra vocês! Pouco tempo depois que chegamos a este planeta, fui procurar uma maneira de ajudar Sayuri e Ghuang com as despesas. Foi então que conheci e me apaixonei pela carreira de modelo! — Megumi faz uma pequena pausa, e depois continuou.  — Tudo tem dado muito certo! Nós vamos receber uma modelo internacionalmente muito famosa na agência e que vai selecionar as melhores para treinar! Se eu passar, eu poderei dar um salto na minha carreira! Estou nervosa, mas muito feliz! 


— Mas parece que alguém está bem empolgada, hein!? — disse Sayuri, contente.


— Nossa! Que bom isso, Megumi! Combina demais com você! — comemorou Naoko, fazendo sinal de “força”.


Megumi ficou muito agradecida por Naoko estar torcendo por ela e foi até ela dar um abraço. Naoko não era muito de abraçar e ficou tímida.


— Muito obrigada, querida Naoko! Vou sair agora para a seleção! — agradeceu Megumi.


— Ah! Bom trabalho, Megumi! — se despediu Naoko, ficando com as bochechas coradas.




Colégio, período da tarde



Enquanto o período da manhã era reservado para as aulas da quinta série até o terceiro ano do ensino médio, o período da tarde era dedicado à educação infantil e às séries iniciais. Os uniformes escolares seguiam o mesmo padrão para todas as idades.

A primeira série, por representar uma grande diferença de exigência entre a pré-escola e o fundamental, conta com atividades mais sérias e responsáveis, mas ainda trazendo o lúdico. 


Matsui, que começou a primeira série em um novo planeta, estava se saindo muito bem, mostrando sua capacidade de adaptação. Seus trabalhos eram sempre feitos com capricho e atenção. 


Naquele dia havia aula de matemática, onde aprendiam mais sobre números e operações matemáticas básicas. O trabalho consistia em fazer somas e demonstrar o resultado não apenas usando números, mas também desenhos bonitos e coloridos representando as quantidades.


—  Pronto! Tá lindo! —  comentou Matsui, ao terminar seu trabalho.


—  Ah, não… ficou feio. — lamentou uma colega de cabelos rosas, ondulados e curtinhos, com presilhas de lacinhos roxos na cabeça.


Matsui percebeu que a aluna nova estava desanimada com o trabalho que tinha feito. Também percebe que ela estava sem lápis de cor.


—  Quer meus lápis de cor, aluna nova? —  ofereceu Matsui.


—  Quero! Muito obrigada! Vou testar! —  aceitou a aluna nova.


A aluna nova pintou e refez alguns desenhos. Ao finalizar, ficou muito feliz com o resultado.


—  Ah, que lindo, ficou bem melhor, obrigada! Meu nome é Hana! Minhas mães se mudaram para cá e eu também! E você, qual seu nome? — disse a aluna nova, agora se apresentando.


—  Bem-vinda! Eu sou Matsui! —  respondeu Matsui, sorrindo.


O sinal da escola tocou, anunciando o horário de recreio. Hana tomou a iniciativa e convidou Matsui para passarem a hora do lanche juntas. Matsui aceitou, e as duas passearam pelo pátio, conversando, comendo e brincando, passando momentos divertidos juntas.


—  Matsui! Adorei te conhecer! Você é muito legal! Deixa eu te dar um presente! —  exclamou Hana.


Ao dizer isso, Hana estendeu a mão na frente de Matsui. Pequenas luzes apareceram e então começaram a tomar forma de pequenas flores de cerejeira.


—  Espero que goste! Eu acho lindas, são minhas favoritas! — Hana entregou as flores de presente.


—  Elas são muito, muito  lindas! Amei! Deixa eu fazer umas para você também! —  respondeu Matsui.


Matsui estendeu a mão e, de maneira semelhante, luzes formaram flores, que desta vez foram tulipas cor-de-rosa. Hana ficou muito animada por ter conhecido uma amiga que possuía a mesma habilidade que a sua.


—  WOOOOOW! Nós duas fazemos flores! Vamos ser muito amigas! —  exclamou Hana.


—  Vamos! Vamos ser amigas! —  respondeu Matsui.


E o resto da tarde escolar seguiu assim, as duas conversando quando podiam e dividindo seus materiais. Ao chegar no fim da aula, ficaram conversando até a chegada de suas caronas.



Casa de Sayuri, fim da tarde



Ao chegar em casa, Matsui saiu do carro num pulo e correu para dentro. Estava ansiosa para contar sobre seu dia.


— TIA SAYURI! TIA SAYURI! — chamou.


— Olha só! Alguém chegou bem animada da escola! — cumprimentou.


— Sim! Eu tô muito feliz! Hoje foi muito bom na escola! Eu fiz uma amiga! É a aluna nova, o nome dela é Hana! Ela é muito legal! E ela faz flores! Igual a mim! — Matsui estava falante, diferente de seu habitual.


— IGUAL A VOCÊ? — exclamou Sayuri.


A informação acabou a assustando. Será que Matsui teria visto corretamente? Seria uma nova Potentia? E como ela falaria com as responsáveis pela criança? Muitos questionamentos permearam sua mente naquele momento, mas nenhum ainda poderia ser respondido.



Centro da cidade



A agência de modelos da cidade se localizava no centro, próxima ao bairro de alta classe. Normalmente, a correria era grande, devido à demanda de clientes procurando modelos para seus catálogos e aprendizes sendo treinadas para as fotos e passarelas.


Hoje, a situação estava tensa. Era quase possível ver uma nuvem de desespero, indecisões e preocupação. As modelos hoje precisavam se provar e demonstrar suas habilidades em fotografia e passarela. 


A grande modelo Hitomi estava no local e acompanhou os testes das modelos candidatas, uma por uma, juntamente com os fotógrafos, para analisar o comportamento delas diante das câmeras. 


Famosa por ter ascendido rápido na carreira e após uma crise ter conseguido se reerguer como favorita das grandes marcas, o currículo de Hitomi era invejável por qualquer modelo.


A proposta era de alto nível: serem treinadas diretamente por ela e recebiam indicações para serem as “new face” nas passarelas internacionais. Era esperado que a qualidade das candidatas fosse de acordo.


Megumi estava sendo maquiada e preparada para a hora de seu mini ensaio. Durante o tempo que recebia seus últimos ajustes na cadeira do salão de beleza, ela sabia que seu momento estava chegando, e o nervosismo parecia que havia tomado conta dela.


“Que coisa, tô tensa demais… Nunca ia imaginar que seria tão difícil fotografar na frente de uma modelo famosa.”, Megumi pensava tanto que quase tremia de nervosismo.


Usando um vestido off-white acetinado, longo e de corte enviesado, que faziam um belo contraste com sua pele. Usava sandálias no mesmo tom e brincos dourados em forma de estrelas. A maquiagem dos olhos em tom dourado e preto e um leve toque de vermelho terroso davam a ela um ar mais sério e seus lábios cor de vinho. Tudo combinava, exceto suas sobrancelhas franzidas e seu corpo claramente tenso. Ela estava indo fazer suas fotos, quando foi impedida por uma voz feminina firme.


— Ei, você aí! Pode ir parando. — disse Hitomi, olhando para Megumi com desgosto. — Se for para ir assim, nem vai. Quem vai ousar comprar as peças se a modelo está claramente desconfortável?


A voz era da influente modelo Hitomi, uma mulher cujo a marca registrada era seu tom de pele natural, mais escuro, como se estivesse sempre bronzeada do sol. Cabelos lisos em tom de vermelho escuro, junto com seus olhos puxados, castanhos e penetrantes deixavam ela com visual enigmático. Sua maquiagem era leve, usando sombra cor terrosa e rímel preto, deixando o foco para seus lábios avermelhados. 


Alta e magra, seu porte físico era claramente de uma modelo de passarela. Vestia um top preto com um paletó sem botões, mas sim uma presilha de gancho no meio dele, e uma calça social. O tecido de todas as peças era feito de cetim fosco de alfaiataria, e era possível perceber que era de grife. E uma bota de salto a deixava ainda mais alta e imponente.


“Hitomi… ela é bem exigente. Mas o que eu posso fazer?”, Megumi pensou de cabeça baixa, acreditando que já seria descartada das seletivas naquele momento.

Yelmizuno
yelmizuno

Creator

Roteiro: Yel Mizuno e PISTCH
Arte: Yel Mizuno

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#portugues #universe #Power #Magicgirl #potentia #josei

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