A tensão no corredor da casa dos Yamamoto era palpável. Felipe, Eni e Lohan estavam em um impasse após o desaparecimento repentino de Takeshi. Eni, com sua voz doce mas firme, confrontou Lohan imediatamente.
— Lohan, você estava mais perto de Takeshi do que nós. Como você não conseguiu ajudá-lo? — perguntou Eni, seu tom carregado de desconfiança.
Lohan, mantendo seus olhos fechados e uma expressão calma, respondeu. — Eu estava investigando uma sala próxima quando ouvi o grito. Corri para cá o mais rápido que pude, mas ele já tinha desaparecido.
— Isso não faz sentido! — Eni insistiu, suas mãos cerradas em punhos. — Você deveria ter sido capaz de chegar a tempo. Como pôde não vê-lo sendo arrastado?
Lohan suspirou, parecendo ligeiramente irritado. — A casa é grande e os corredores são longos. Eu fiz o que pude. Estou tão preocupado quanto vocês.
Felipe, que estava ficando impaciente com a discussão, finalmente explodiu. — Parem com essa porra! Isso não vai trazer Takeshi de volta. Precisamos focar em encontrá-lo e descobrir o que está acontecendo aqui!
Eni, surpreendida pela explosão de Felipe, respirou fundo e assentiu. — Certo. Vamos nos concentrar em achar Takeshi e resolver esse mistério.
Lohan olhou para Felipe, reconhecendo a urgência na sua voz, e também concordou. — Concordo. Devemos continuar nossa investigação e ficar atentos a qualquer sinal de Takeshi.
Antes de se afastar, Lohan deu um sorriso malicioso, mas rapidamente se recompôs. — Vou procurar por ali. Cuidem-se.
Felipe e Eni seguiram em direção a um corredor diferente, determinados a cobrir o máximo de área possível. Caminhando pelo corredor escuro, depararam-se com uma porta velha e toda arrebentada.
— Isso aqui parece interessante. — disse Felipe, forçando a porta a abrir.
Ao entrar, encontraram uma sala aparentemente vazia. Mas Felipe sentiu algo diferente. Seu olhar foi atraído para uma estante de livros, onde um único livro estava de pé, enquanto os outros estavam caídos.
— Estranho... — murmurou Felipe, aproximando-se da estante.
Ele puxou o livro, que revelou ser uma alavanca. Imediatamente, uma passagem secreta se abriu, revelando um corredor todo rochoso atrás da estante.
— Bem, isso é inesperado. — disse Eni, impressionada.
— Vamos lá. — Felipe respondeu, com determinação.
Eles entraram na passagem secreta, deixando a sala vazia para trás. O corredor rochoso parecia levar a algum lugar importante, e ambos sabiam que estavam mais perto de descobrir a verdade por trás dos eventos na casa dos Yamamoto.
Felipe e Eni avançaram pelo corredor rochoso, suas lanternas iluminando o caminho estreito. A atmosfera era opressiva, e o som de seus passos ecoava nas paredes de pedra.
— Isso é muito louco. Quem imaginaria encontrar uma passagem secreta aqui? — disse Felipe, tentando aliviar a tensão.
— Realmente. Você tem um bom instinto, Felipe. — respondeu Eni, com um sorriso leve.
— Só espero que isso nos leve a alguma resposta. Essa casa está começando a me dar nos nervos. — Felipe comentou, ainda em alerta.
— Concordo. E precisamos encontrar Takeshi o mais rápido possível. — Eni afirmou, a voz firme e determinada.
A conversa foi interrompida quando se depararam com um lugar terrivelmente macabro. O corredor se abriu para uma câmara ampla e escura. No centro, havia quatro mesas fixas com correntes enferrujadas, claramente usadas para restrição. Ao lado, uma sala separada por grades mostrava várias gaiolas grandes, cada uma capaz de conter um humano adulto.
— Que diabos é isso? — murmurou Felipe, sentindo um arrepio percorrer sua espinha.
— Isso é horrível... — disse Eni, a voz tomada por uma mistura de nojo e incredulidade. Mesmo sendo mais experiente, ela ficou impressionada com a descoberta.
Antes que pudessem explorar mais, um grito interrompeu o silêncio da câmara.
— Aaaaaaaa Lohaaaaaan... De-detetives... — a voz de Takeshi ecoou, mas estava ficando cada vez mais fraca.
— É Takeshi! — exclamou Felipe, olhando para Eni.
— Vamos! — respondeu Eni, sem hesitar.
Felipe e Eni correram na direção do grito, seus corações batendo forte. A tensão estava no auge, e a urgência de salvar Takeshi deu-lhes uma nova energia.
Felipe e Eni correram na direção do grito, seus corações batendo forte. A tensão estava no auge, e a urgência de salvar Takeshi deu-lhes uma nova energia. O corredor rochoso parecia se estreitar à medida que avançavam, até que finalmente encontraram uma porta entreaberta que levava a outra sala.
Ao entrarem, viram uma cena horrível. Takeshi estava desacordado dentro de uma grande gaiola, junto com mais três pessoas. Além deles, dois esqueletos ensanguentados jaziam no fundo da gaiola, uma visão macabra e perturbadora.
Mas o que realmente chamou a atenção foi a figura colossal no centro da sala. Um humanoide enorme, com um único olho no centro da testa, estava de pé ao lado de uma mesa onde uma perna amputada estava colocada. O ser monstruoso se virou, revelando seu único olho brilhando com uma malevolência fria.
— É um Clópe! — exclamou Eni, assustada. — O que um da espécie deles está fazendo aqui?
Antes que Eni pudesse falar mais ou sugerir um plano, Felipe já estava em ação. — Plano? Eu tenho um! — gritou ele, correndo em direção ao Clópe.
— Felipe, espere! — gritou Eni, mas foi tarde demais.
Felipe, com toda a fúria e determinação, desferiu um golpe poderoso no Clópe, gritando: — Chute surpresa, arrombado!
O golpe atingiu o Clópe com força, mas o humanoide mal se moveu. Ele soltou um rugido de raiva e, com um movimento rápido, atingiu Felipe com um soco poderoso, jogando-o contra a parede.
Eni observou, horrorizada, enquanto Felipe tentava se levantar. — Felipe, a pele dele é muito dura! É melhor nã...
Felipe, com a cabeça girando, conseguiu se levantar e correu novamente em direção ao Clópe. Ele desferiu um soco na barriga do humanoide, mas foi como bater em uma rocha.
— Caramba, essa pele é mais dura que rocha! — exclamou Felipe, de forma cômica, antes de ser agarrado pelo Clópe e jogado novamente no chão.
O Clópe rugiu e levantou a mão para golpear Felipe novamente. Eni, vendo a situação desesperadora, decidiu agir de forma diferente. Ela fechou os olhos por um momento, concentrando-se, e uma aura dourada começou a brilhar ao seu redor.
— Chega de brincadeira. — disse Eni calmamente, enquanto sua aura dourada se intensificava.
Com uma velocidade e força impressionantes, Eni atacou o Clópe. Em um movimento fluido, ela agarrou o Clópe e o lançou com facilidade contra a parede. A força do impacto foi tão grande que o Clópe quebrou a parede, caindo na sala ao lado.
Felipe, ainda no chão, observou a cena com olhos arregalados. — Taaaaaaaa porra, menor!
Eni olhou para Felipe, oferecendo-lhe um sorriso rápido antes de se virar para a nova abertura na parede. — Isso deve mantê-lo fora do nosso caminho por um tempo.
— Isso foi incrível, Eni. — disse Felipe, levantando-se com dificuldade. — Onde você estava escondendo esse poder?
— Vamos garantir que ele não se levante de novo. — disse Eni, ainda envolta em sua aura dourada.
Eni rapidamente puxou uma pistola de sua cintura e a entregou para Felipe.
— Aqui, use isso. — disse ela, com seriedade.
Felipe olhou para a arma com desconfiança. — Eu sou menor de idade e não sei usar uma arma.
— É fácil. — explicou Eni. — Imagine que está apertando um botão e a arma faz o resto. E é melhor me devolver novinha em folha, hein.
Felipe hesitou por um momento, mas viu a determinação nos olhos de Eni. — Tudo bem. Vou tentar.
— Acabe com o Clópe. Eu vou ficar aqui para ajudar Takeshi e as outras pessoas. — disse Eni, voltando sua atenção para a gaiola.
Felipe resmungou, fazendo uma careta. — Hunff! Você fica com a parte fácil e eu a parte mais difícil. Mulheres...
Ele se virou e começou a caminhar na direção do Clópe, que estava se levantando lentamente da sala ao lado. A determinação de Felipe crescia a cada passo.
Enquanto isso, Eni se aproximou da gaiola e tocou a barreira, sentindo uma resistência invisível. — Há uma barreira indetectável aqui... — murmurou para si mesma. Algo dentro da gaiola chamou sua atenção, um mistério que precisaria ser desvendado.
Felipe finalmente alcançou o Clópe, segurando a pistola firmemente em suas mãos. O humanoide soltou um rugido furioso, seu olho brilhando de ódio.
— Certo, grandalhão. Vamos ver como você lida com isso. — disse Felipe, tentando manter a calma.
O Clópe avançou, suas mãos enormes tentando agarrar Felipe. Ele rolou para o lado, evitando o ataque, e levantou a pistola, mirando na mão do Clópe.
— É agora ou nunca. — murmurou Felipe para si mesmo.
Ele puxou o gatilho, disparando a arma especial contra o Clópe. Um feixe de luz azul saiu do cano, atingindo a mão do humanoide. O Clópe soltou um grito ensurdecedor, recuando com a dor.
O Clópe olhou para sua mão, surpreso. Ele tinha pensado que era uma arma normal, mas a dor e o efeito foram muito mais intensos.
— Que buceta mágica é essa? Que porra foda do carai! — exclamou Felipe, sentindo a adrenalina correr por seu corpo.
Felipe segurou a pistola firme, preparado para o próximo ataque. Ele sabia que a batalha estava longe de terminar, mas agora tinha uma chance contra o Clópe.
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