Alan acorda com cheiro de café da manhã, ele es-tranha por saber que agora mora sozinho, mas mesmo quando morava com Cauã, ele não fazia café da manhã, sequer conseguia o encontrar em casa.
Curioso por natureza, ao sair do quarto ele ouviu alguém cantando.
Baby i’m falling head over heels
Looking for ways to
Let you know just how I feel
Wish I was holding you by my side
I wouldn’t change a thing
Cause finally it’s real
It’s you - Henry
Ao ouvir Alan por um segundo não se lembrara que tinha sim alguém em sua casa.
Com curiosidade tomando seu ser, ele foi bisbilho-tar o que o homem que estava ajudando estava aprontan-do em sua cozinha.
Ao passar pela porta a surpresa que teve o deixou em um estado catatônico, nunca que iria imaginar que B com aquele porte físico, ok, Alan estava sendo preconcei-tuoso de julgar ele pelo tamanho, mas dificilmente pensa-ria que o cara que estava hospedado em sua casa saberia servir um banquete de café da manhã e ainda por cima o alegrar com uma voz angelical, o homem estava sem cami-sa exibindo suas costas suculentas, isso segundo Alan, tranquilamente como se ele morasse ali fazia anos, ele me-xia em algo no fogão distraído.
Alan não conseguia entender o que tanto lhe inte-ressava em B, okay ele era um tremendo gostoso, mas não foi somente isso que lhe prendera a atenção, B tinha algo, o tchan que fazia com que tomasse toda a atenção do pro-fessor.
“Não contém isso pra ele. Ai meu Deus! Estou en-doidando” Pensou Alan incrédulo de por onde seus pen-samentos o estavam levando.
Mas qual não foi sua maior surpresa ao se deparar com Jo Ann, pleníssima, sentada em uma das cadeiras to-mando seu café da manhã como se a casa fosse sua.
“Realmente eu estou endoidando! Como não percebi que tinha duas pessoas na minha cozinha?” Alan pensou.
− Bom dia!
− Bom dia trem doido – Jo Ann diz o olhando com o olhar porque não me contou que tem um gostoso desca-misado na sua casa.
− O que minha amiga faz aqui a essa hora da ma-nhã de um sábado?
− Vim ver como meu querido amigo ingrato que não me conta mais nada está.
− Mulher já te falei que estou bem.
− Pelo que vejo está mais que bem.
Alan a olha como se quisesse matá-la.
− Eita! Não me olha assim.
− Deveria olhar de outro jeito?
− Claro. Sou o amor da sua vida.
B finalmente saiu da frente do fogão voltando sua atenção ao que estava acontecendo na mesa, quando esta-va terminando o café da manhã estava segurando a risada da conversa de Alan e Jo Ann.
− Finalmente terminei!
Assim que se sentou B percebera que os dois ami-gos o olhavam com curiosidade, pelo menos da parte de Jo Ann era curiosidade, já Alan ele não conseguia distinguir o que estava pensando ao olhá-lo.
− O que foi? – Perguntou sem entender o que tinha de erado nele para que tanto o olhassem.
− Onde esse doido desvairado te achou? – Jo Ann perguntou sem medo algum.
− Na rua.
− Amigo me diga essa rua pra ver se acho algum pra mim – Jo deixa Alan sem graça com sua fala o dei-xando ruborizado.
“Como ele fica lindo assim” B pensou já se punindo por tal pensamento.
− Agora cá pra nós, o que fizeram ontem?
− Jo Ann Chega – B se assusta com o berro que Alan dá – Você está assustando-o.
− Que nada.
Alan a olhou ressabiado.
− Você que o assustou com o berro que deu.
− E você está impossível.
− E você é um chato de galocha. Nem me deixa sa-ber da sua vida.
− Eu já te falei que chega.
− Tá bom, você o quer todo pra você – Ela diz se levantando – Vou embora. Vê se cuida desse doido, Ben.
− Pode deixar Jo Ann.
− O que deu em você para tratá-la assim? − Assim que Jo Ann vai embora B pergunta para Alan.
− Aishhh! Não sei – Realmente Alan não tinha pa-ciência para o espirito enxerido que seu novo ‘inquilino’ tinha – Na verdade odeio quando ela vem aqui sem avi-sar– Alan interrompe o que estava dizendo girando seu pescoço para a esquerda para encarar B – E ainda por cima vem se intrometer onde não foi chamada.
Alan termina de dizer indignado com tudo que es-tava acontecendo em sua vida, primeiro seu casamento que acabara, segundo sua amiga o tratando como se fosse uma criança de dois anos incapaz de viver sozinho, agora encontra um Deus Grego na praça, o leva para casa, para no dia seguinte sua amiga aparecer em sua casa sem ser convidada e de bônus começa a tirar suas próprias conclu-sões de o porquê ele estar na sua casa, realmente isso o irritava.
− Você está irritado por ela saber que estou aqui?
− Não.
− Mas...
− Não tem mas.
− Pelo jeito que ficou irritado tem um mas, mas vo-cê não me quer contar e está tudo bem, na hora que quiser me contar vou estar aqui – B afirma assim que pegou um pão e começou a passar manteiga nele.
Um silencio incomodo permaneceu na mesa, Alan não sabia o que dizer para quebrar esse silencio que tanto o incomodava.
− Tem um ‘mas’...
Alan começou não tendo coragem para continuar, esperou alguma resposta de seu ouvinte.
− Hmmmm...
− Eu terminei meu casamento semana passada – Alan disse aquilo pela primeira vez, achou que seria mais difícil, respirou fundo.
− Por qual motivo?
− Por vários, e um deles seria que eu não era mais feliz nesse casamento.
− Pelo que disse não foi só por isso.
− Não. Ele sempre me traiu, sabia que ele me traia, mas não tinha a coragem para dar um basta. Ele me dimi-nuía – Alan disse concluindo satisfeito por desabafar com alguém.
− Hmm, entendi.
B olhou dentro dos olhos de Alan procurando sa-ber como ele estava com tudo que havia acontecido.
− Você está bem com o que fez?
− Estou
Ele o olhou como quem não acreditava.
− De verdade. Estou bem. Só queria ter enxergado antes – Alan lamentou.
− Se arrepende?
− Você é irmão da Jo Ann? – Pergunta com sarcasmo.
− Não. Por quê?
− Porque está perguntador igual.
Os dois caem na gargalhada ficando assim por minutos.
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