Alan estava sentado em uma banqueta de um qui-osque em uma praia qualquer, ele não se lembrava qual o nome da praia.
O professor estava ali obrigado, o atendente lhe en-trega a água de coco que ele havia pedido anteriormente, a pegou de cima do balcão e bebeu um gole.
Ele observava a movimentação das pessoas a sua volta, realmente ele não entendia o que as pessoas viam em um pedaço de areia com mar a seu encontro. Quem iria querer ficar no sol, queimando, e o mais absurdo, entrar em uma água salgada e ainda por cima cheia de areia. Ele realmente sente gastura de praia, e não entendia o fascínio das pessoas de modo geral com praias.
– Você está bem? – O atendente, que nem fez caso de saber seu nome, pergunta preocupado.
– Estou bem. Só não queria estar aqui.
– Então porque veio?
– Fui obrigado – Alan não quis dar mais informa-ções sobre. Não queria que um estranho soubesse que fora abandonado mais uma vez. Okay que dá primeira vez ele que expulsou seu ex de casa, se é que dessa vez conta como abandono.
Alan sente uma vontade descomunal de chorar, mas não queria demonstrar fraqueza para esse homem, e que homem. Tinha ombros largos, cabelos pretos como o universo, seus olhos de um tom âmbar nunca havia visto um olhar tão intenso como estes.
Alan estava literalmente hipnotizado pelo espécime masculino que encontrara ali. Sentiu-se excitado com ele, mas sabia que não passaria de um caso de uma noite, en-tão decidiu prestar atenção a televisão que passava uma reportagem sobre o reaparecimento de um multimilionário de Besteming que havia desaparecido a dois meses e que fora dado como morto por seus tios.
Mas na verdade, foram seus tios, Paulo Carvalho e Cesar Ximenes, que mandaram dar um fim no sobrinho para assim poderem ficar com todo o império da família.
Se não estivesse passando no jornal Alan com toda certeza acharia que não passasse de uma fanfic bem con-tada. Aquilo o intrigou, a história que estava sendo conta-da, realmente lhe parecia familiar.
Quando o multimilionário apareceu dando uma en-trevista, o professor quase caí da banqueta em que estava sentado, ele queria gritar, xingar e tudo mais que tem di-reito, contudo sua voz não saia ele se encontrava em cho-que, não sabia o que fazer, muito menos como agir.
Aquele que estava dando uma entrevista na tv era o Benjamin, o seu Benjamin, o homem que estava perdido em uma praça qualquer, em estado de rua. Não aquilo não estava acontecendo com ele.
Ele se apaixonou por um multimilionário que agora dava uma entrevista para uma emissora de televisão de outro país, realmente ele estava ficando louco.
Naquele momento ele decidiu que não ficaria no Brasil por mais nenhum dia, ele precisava voltar para ca-sa, precisava deitar na sua cama e por a cabeça no lugar. Se levantou apressado, não ficaria ali por nenhum minuto a mais. Tudo já estava resolvido, sim Alan agia por impul-so, mas quem nunca agira assim?
– Mas você vai me ouvir – Ele afirma tentando se-gurar os braços de Alan, mas felizmente ele consegue se esquivar – Você está parecendo a cara da riqueza.
– Mas meu bem eu sou a cara da riqueza, diferente de uns aí que parecem ser o rei do ano, mas que na verda-de é o rei do estrume. – Alan diz sarcasticamente.
– Olha como você fala comigo – Ele ameaça segu-rando nos braços de Alan com força e brutalidade.
– Me solta! Peste dos infernos. – Alan esbraveja.
– Vou te ensinar a me obedecer. – o desgraçado diz com raiva na voz.
– Tá bom, Cauã. Faço o que você quer, só me solte. – Alan pede a ele com a voz calma e tranquila, nem pare-cia a mesma pessoa de segundos atrás.
Vocês devem estar se perguntando o que aconteceu para ele agir assim? Fácil, o professor viu por detrás de Cauã que Benjamin acabara de chegar.
– Não vou te soltar até você se casar comigo outra vez.
Ao ouvir tal afirmação o estômago de Alan se em-brulha, realmente ele tomara nojo do seu ex-marido. Só possibilidade de ser marido de Cauã já o fazia se sentir mal, imagina ser seu marido. Justo agora que enfim con-seguiu vencer a dependência que tinha, isso tinha que acontecer.
Ele torna a apertar o braço de Alan, o que fez com que a raiva que Benjamin estava sentindo aumentasse ex-ponencialmente fazendo-o ranger os dentes em desaprova-ção. Não tinha mais forças para respondê-lo, de ir contra ele. Alan começa a abrir a boca para concordar com esse absurdo que acabara de acontecer com ele, quando Ben-jamin não se aguentou mais.
– Ele vai se casar mas não com você.
Ao ser interrompido, Alan sente borboletas em seu estômago, seu coração acelera de felicidade por ter escuta-do tal pedido, ou melhor dizer “ordem”.
Cauã se assusta com a voz desconhecida, ele se vira se deparando com um homem alto, atlético e rico pelas roupas que usava.
– Vejo que meu amor arrumou um macho pra me substituir.
Cauã cospe com escárnio.
– Acho melhor solta-lo. – B. diz tentando acalmar o louco que agarrava seu noivo o que pareceu inútil.
– E o que o filhinho de papai acha que pode fazer?
– Eu nada.
Cauã ri feito louco que é.
– Só veio brincar de quem manda pode é? – Cauã debocha da cara de Benjamin.
– Mas ele pode quebrar sua cara por mim. – Assim que B. fecha sua boca um cara de dois metros, puro mús-culo aparece em suas costas, fazendo Cauã tremer inteiro.
– Algum problema Senhor Belmont?
– Ah! Agora entendi tudo. – O desgraçado diz co-mo se tivesse achado um pote de ouro no fim do arco-íris. – Dá o cu e ainda por cima pra um ricaço, pensei que você fosse menos esperto amor.
– Ele não é seu amor – B. rosna.
– Tire esse estrume daqui.
O segurança de B. retira um Cauã bravo que esta-va esperneando feito criança pequena, ele gritava a pelos pulmões que as coisas não ficariam daquele jeito. E isso ele estava certo não ficaria mesmo, ele fora levado para a de-legacia e fora aberto um B.O. com acusações de importu-nação, sequestro, violência doméstica. Ele fora preso por prevenção.
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