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Valvet Place

Dupla estranha

Dupla estranha

Sep 01, 2024

O sol da manhã brilhava através das janelas da academia, onde Jiego estava aplicando seu treinamento rigoroso em Felipe. Os sons dos golpes e os comandos firmes de Jiego ecoavam pelo espaço.

— Mais uma vez, Felipe! Concentre-se e lembre-se do que eu te ensinei! — Jiego gritava, observando atentamente cada movimento.

Felipe, ofegante, focava em sua postura e em cada soco que lançava. O suor escorria por seu rosto, mas ele se recusava a desistir, determinado a se tornar mais forte.

De repente, a sessão de treinamento foi interrompida por Kaisen, que entrou na sala com um olhar decidido.

— Felipe, preciso que você venha até a minha sala — disse Kaisen, acenando para que ele o seguisse.

Felipe hesitou por um momento, mas sabia que era melhor obedecer. Ele pegou uma toalha para secar o suor enquanto seguia Kaisen pelo corredor.

Na sala de Kaisen, o ambiente era mais calmo, com pilhas de documentos organizados sobre a mesa. Kaisen sentou-se atrás da mesa e fez um gesto para que Felipe se sentasse.

— Tenho uma tarefa para você, Felipe. Preciso que busque o Tatsuya — disse Kaisen, olhando diretamente nos olhos de Felipe.

— Por que eu? Você sabe que ele me odeia — reclamou Felipe, cruzando os braços, claramente irritado com a ideia.

Kaisen sorriu de maneira calma e respondeu:

— Vocês dois precisam aprender a trabalhar juntos. São do mesmo time, afinal. É por isso que designei vocês dois como a dupla oficial da Valvet Place.

Felipe arregalou os olhos, surpreso com a notícia.

— Mas você não pode fazer isso, você não é o chefe — retrucou Felipe, tentando argumentar.

Kaisen, mantendo o olhar sereno, apenas deu um sorriso e disse:

— A chefia aprova, rapaz — falou com felicidade no olhar, levantando o polegar em um gesto de "ok".

Felipe soltou um suspiro, sabendo que não havia muito que pudesse fazer para mudar a decisão. Ele se levantou, resignado, e se preparou para encontrar Tatsuya.

O dia estava apenas começando, mas Felipe já sentia que seria longo. Ele estava determinado a provar a si mesmo e a Tatsuya que eles poderiam ser uma dupla formidável, mesmo que ainda não conseguissem se entender completamente.

Felipe caminhava pelos corredores do colégio de Tatsuya, observando os alunos ao seu redor. Enquanto seguia em direção à sala de Tatsuya, ele notou uma cena desconcertante: um garoto estava sofrendo bullying de alguns valentões. Os agressores cercavam o menino, empurrando-o e zombando dele.

Instintivamente, Felipe se aproximou, seus passos firmes chamando a atenção dos valentões. Quando eles finalmente perceberam sua presença, congelaram de medo ao ver a expressão séria e imponente de Felipe. Sem dizer uma palavra, ele encarou os valentões com um olhar penetrante, fazendo-os recuar imediatamente. Um a um, os valentões começaram a correr, apavorados com a simples presença de Felipe. Até o garoto que estava sendo intimidado, em um estado de puro nervosismo, fugiu rapidamente, deixando Felipe sozinho no corredor.

Confuso, Felipe olhou ao redor e avistou o reflexo de si mesmo em uma das janelas da escola. Ele se aproximou, examinando seu próprio reflexo com uma expressão intrigada.

— O que houve? Sou tão feio assim? — pensou em voz alta, passando a mão pelo rosto, como se tentasse encontrar algo diferente.

Ele balançou a cabeça, afastando os pensamentos. Felipe sabia que sua aparência não era o problema, mas ele ainda não estava acostumado com a aura intimidadora que parecia acompanhar suas ações. Com um suspiro, ele continuou em direção à sala de Tatsuya, determinado a cumprir sua missão, apesar das circunstâncias inusitadas que sempre pareciam surgir ao seu redor.

Felipe finalmente chegou à sala de Tatsuya. Ao espiar pela porta aberta, viu Tatsuya conversando com uma garota que estava sentada casualmente na carteira dele. A atmosfera era descontraída, mas havia uma evidente tensão romântica no ar.

Felipe observou por um momento, um sorriso malicioso surgindo em seu rosto. Ele colocou uma mão na boca, tentando segurar a risada que ameaçava escapar. "Então é assim, Watanabe? Tá todo cheio de papinho com a mina," pensou ele, divertindo-se com a situação.

Tatsuya, percebendo a presença de Felipe, ficou visivelmente desconcertado. Seu rosto corou, e ele rapidamente se levantou, quase tropeçando nas próprias palavras enquanto se desculpava com a garota. Com pressa, ele saiu da sala, dirigindo-se a Felipe com uma expressão mista de irritação e vergonha.

— O que você tá fazendo aqui? — Tatsuya perguntou, tentando recuperar a compostura.

— Ah, nada demais. Só vim te buscar, Watanabe — respondeu Felipe, ainda com um sorriso no rosto. — Mas não queria interromper seu momento, hein. Ela parece legal.

Tatsuya revirou os olhos, claramente irritado com o comentário. — Não começa, Felipe. Vamos logo, não tenho o dia todo.

— Claro, claro — respondeu Felipe, ainda rindo internamente. Enquanto eles caminhavam juntos para fora do colégio, Felipe não pôde deixar de provocar mais um pouco. — Ela é mesmo bonita. Você tem bom gosto, Watanabe.

Tatsuya tentou ignorar, mas não conseguiu evitar um leve sorriso de canto, enquanto apressava o passo para sair o mais rápido possível da escola e daquela situação embaraçosa. Felipe, por sua vez, aproveitava cada segundo, sentindo que, apesar de todas as diferenças entre eles, essa dinâmica poderia, quem sabe, se transformar em uma verdadeira amizade.

Enquanto Felipe e Tatsuya caminhavam pelas ruas fora da escola, a atmosfera entre eles começou a ficar menos tensa. Felipe, ainda com um sorriso no rosto, decidiu aproveitar a oportunidade para puxar um assunto que o estava incomodando.

— Ei, Watanabe — começou Felipe, tentando soar casual. — Por que você tá na Valvet Place? Tipo, parece que não é muito a sua vibe, sabe? O que te levou até lá?

Tatsuya parou por um momento, refletindo sobre a pergunta. Seus olhos ficaram mais sérios, e ele deu um suspiro antes de responder.

— Kaisen, claro. Ele... ele é alguém que eu admiro muito — respondeu Tatsuya, sem hesitar. — É forte, inteligente, e sempre sabe o que fazer. Eu quero me tornar alguém como ele. Alguém que possa proteger as pessoas que ama.

Felipe ergueu uma sobrancelha, surpreso com a resposta sincera. Ele nunca tinha visto Tatsuya falar com tanta convicção antes. Porém, sua mente rapidamente divagou para outra direção, uma que o fez segurar uma risada interna.

— Hmm... admiro, é? — Felipe pensou em voz alta, com um tom provocativo. — Será que o Kaisen tá pegando a mãe dele? Ih, rapaz... comedo de mãe solteira, hein?

Tatsuya franziu o cenho, confuso e levemente irritado com o comentário de Felipe.

— O que você disse? — perguntou ele, claramente não entendendo aonde Felipe queria chegar.

— Nada, nada — Felipe riu, balançando a mão como se estivesse afastando a ideia. — Só pensei alto. Mas, sério, você admira tanto assim o Kaisen?

— Sim, admiro. Ele é... — Tatsuya hesitou, quase como se estivesse escondendo algo. — Ele é mais do que você imagina, Felipe. Muito mais. Não é só um líder, ele se preocupa com todos na Valvet Place, mesmo que não demonstre o tempo todo.

Felipe ficou em silêncio por um momento, percebendo que Tatsuya falava sério. Embora ele ainda tivesse suas dúvidas e desconfianças, algo na maneira como Tatsuya falava de Kaisen fez Felipe se questionar se estava subestimando o homem.

— Bom, se você diz... — Felipe finalmente respondeu, tentando disfarçar o desconforto. — Mas eu ainda acho que ele deve estar aprontando algo com sua mãe, hein.

Tatsuya apenas balançou a cabeça, irritado e confuso ao mesmo tempo. Ele decidiu não alimentar mais as provocações de Felipe, mas a conversa deixou algo no ar. Talvez, no fundo, Felipe estivesse começando a se perguntar se Kaisen era realmente o homem que ele imaginava ser.

Enquanto caminhavam, o silêncio entre eles dizia mais do que as palavras. Felipe percebeu que, apesar das provocações e das diferenças, havia algo mais profundo que ainda não compreendia sobre Tatsuya e sua relação com Kaisen. Algo que ele sabia que eventualmente teria que descobrir.

Na Valvet Place, Felipe e Tatsuya estavam na sala de Kaisen, aguardando para saber o que ele tinha preparado para eles dessa vez. Kaisen os observava, mantendo seu ar sério habitual, mas com um brilho de satisfação nos olhos. Ele se levantou e fez um gesto para que alguém entrasse.

A porta se abriu lentamente, revelando uma garotinha de cabelos loiros e olhos azuis, segurando um ursinho de pelúcia. Ela parecia delicada, mas seu olhar determinado deixava claro que não era qualquer criança.

Ela se aproximou dos dois e, com uma voz suave, disse:

— Oi, meu nome é Camille Lacroix.

Felipe, surpreso pela atitude educada, abaixou-se para ficar na altura da menina e tentou puxar conversa:

— Oi, Camille, sou o Felipe. E esse aqui é o Watanabe. Vamos garantir que nada de ruim aconteça a você enquanto está aqui.

Camille apenas olhou para ele, com uma expressão neutra, mas não disse mais nada.

Kaisen então retomou a palavra:

— Agora que vocês a conhecem, vou explicar o que precisam fazer. Vocês vão cuidar da Camille até que o pai dela venha buscá-la.

Felipe levantou uma sobrancelha, já desconfiado:

— Por que o pai dela não cuida logo dela?

Kaisen suspirou, como se já esperasse essa pergunta:

— Porque a família Lacroix é uma das mais famosas e influentes. Manter uma boa relação com eles pode ser muito útil para nós no futuro. Além disso, a situação é delicada, e precisamos garantir que nada aconteça a ela enquanto está sob nossa proteção.

Felipe cruzou os braços, ainda não convencido:

— Ihh, já vi que vai dar bosta — pensou em voz alta, sem conseguir conter o pensamento.

— Calado — Kaisen retrucou com firmeza, lançando um olhar de advertência. — Vocês vão fazer o que foi pedido. E falhar não é uma opção.

Felipe soltou um suspiro, resignado:

— Entendido.

Kaisen então encerrou:

— A missão começa amanhã. Descansem, rapazes. Vou cuidar da Camille por enquanto.

Enquanto saíam da sala, Felipe olhou para Watanabe, e ambos trocaram olhares de quem sabe que a missão, aparentemente simples, poderia se tornar muito mais complicada do que parecia. Camille ficou ao lado de Kaisen, segurando seu ursinho, parecendo confortável e segura na presença do supervisor.

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