Natália estava andando pelos corredores do castelo cantarolando distraída enquanto jogava uma maçã para cima e a pegava com a outra mão, depois repetia o processo.
Quando escutou um pássaro acabou olhando para fora e a fruta caiu e rolou pelo chão. Ela começou a ir atrás e toda vez que achava que ia pegar acabava por chutar a maçã.
Com isso, começou uma perseguição feroz de uma soldada de quase dois metros e dez centímetros por um alimento redondo e vermelho pequeno.
Como estava andando curvada para tentar pegar a fruta, acabou trombando com uma pessoa e se derrubando com ela.
— Perdão, perdão! - falou distraída.
Quando resolveu olhar para a cara de quem derrubou por causa de uma maçã, seu sangue gelou e sentiu a visão ficar preta.
— Vossa excelência, magnitude, princesa, senhorita…
— Princesa Isabel. - A rispidez foi maior do que ela queria passar para essa pessoa.
— Mil perdões, princesa Isabel! Eu realmente não tive intenção.
— Só sai de cima de mim.
Natália estava posicionada com as mãos nos braços dela e as pernas prendendo as da princesa. Ela se levantou e antes que a princesa pudesse se levantar totalmente, pegou-a na cintura, ergueu no ar e colocou no chão.
Isabel fechou a cara imediatamente, mas não conseguiu brigar porque as lágrimas encheram o rosto. Um sentimento corrosivo tomou conta, primeiro a conversa com o pai e agora isso com ela.
— Princesa, a senhorita está bem?
A garota empurrou a guerreira e saiu correndo.
— Princesa! - gritou inutilmente.
Vendo que ela não voltaria, a soldada seguiu seu caminho para o campo de treinamento.
— Você está atrasada, Natália!
— Perdão, capitão!
— Dez voltas no campo para compensar. Se bem que para o teu tamanho… - pensou um pouco. - Dê cinquenta voltas.
A garota foi correr sem reclamar senão teria que correr ainda mais.
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