Capítulo 6: revelando
Depois dessas palavras, ele desmoronou. Adriana, que já tinha perdido as esperanças, estava em prantos . Não havia vida em seus olhos. Diego não conseguia acreditar que foi enganado desde o começo
O plano o excluía. Ele seria abandonado de qualquer forma.
Não é difícil pensar que a estratégia tenha mudado, que foi pela sorte da Laila ter ganhado que converteu as coisas ao seu favor.
No entanto, esse não foi o caso. Não havia lugar para ele nos esquemas do Ryan.
A primeira etapa estava completa, então, NPC manda seus comparsas levá-los até o lugar em que iriam esperar pelo segundo jogo.
Quando eles estavam saindo com a companhia dos mobs, Diego, enfurecido, gritou:
— Não acredito que você vai mesmo me trair, seu desgraçado!! Você irá para o inferno e, enquanto estiver vivo, levará a culpa de nossas mortes! Esse será seu karma; viver com o peso na consciência por sacrificar duas pessoas!!
Ele olhou para aquela cena vergonhosa e disse que não seria a primeira vez que alguém morreria por sua causa, e esperava que o Diego desse as boas-vindas quando ele chegasse lá.
Seu rosto era frio, mesmo com um sorriso. A morte dele não o afetaria de forma alguma.
Depois dessa curta conversa, os demais que ficaram apontaram suas armas para os perdedores. Não tinha mais volta, eles teriam que aceitar a morte certa.
No corredor, enquanto estavam sendo levados para o novo cômodo, perceberam que, a cada passo, o corredor parecia mais luxuoso, como se estivessem em um hotel cinco estrelas, com decorações e detalhes dourados e um extenso tapete que parecia uma tela de pintura.
Ele olhou para o seu escolhido e percebeu a palidez em seu rosto, ela estava estava se mantendo firme, o que era impressionante.
A situação inumana que acabou de passar a fez sentir-se um lixo. Ela pensava que tinha culpa, mesmo que só indiretamente.
Podia não ser a responsável pelas mortes deles, contudo, era difícil para Laila.
Então fez essa mesma pergunta para seu “salvador”, imaginando que ele diria algo para ela se sentir melhor. No entanto, sua resposta foi realista; indiretamente, mas sim.
Ela, mais uma vez, faz uma pergunta. O que o finado disse sobre a aliança entre Ryan e ele para traí-las era verdade? Ele realmente o enganou no final?
Ele apenas negou tudo e disse que, do início ao final, nunca fez um acordo.
Sua intenção sempre foi ter o(a) mais qualificado vivo para ser seu companheiro. Essas palavras surpreenderam-na, porque podiam ser interpretadas de duas maneiras.
Nesse tempo conversando, eles chegaram ao chamado: “local de descanso”, onde foram deixados a sós. As instruções deixadas foram para esperar até serem guiados para quartos atribuídos a eles.
Já que estavam sozinhos, ele disse que, para ela entender, teria que escutar do começo.
Uma pausa dramática antes da história foi feita, para dar mais seriedade.
Um pouco antes do Douglas morrer, eu já tinha minhas dúvidas. Não seria uma coincidência sermos todos sequestrados no mesmo dia da viagem? Alguém deveria saber sobre os horários e sobre a quantidade de alunos nos ônibus. Além disso, essa viagem é de dias, ninguém vai dar falta da gente nesses dias.
Estava na cara que a mesma empresa que fez essa “caridade” é filiada aos sequestradores.
Tudo foi perfeitamente formulado para não atrair desconfiança. Passarmos por um lugar deserto foi a parte mais fácil, ter a cooperação dos outros que deve foi a parte difícil. Percebeu como não havia professores.
Quando foi dito pelo cara do telão que teríamos que competir uns contra os outros só para entretê-lo, me fez pensar que isso podia ser como um campo de apostas, que ele não era o único nos assistindo.
Mas o dinheiro não era o importante, e sim a diversão. Isso pode parecer estranho, mas quem em sã consciência faria algo assim? São todos uns narcisistas psicopatas com tédio. Ficou claro quando o tal de “NPC” explicou as regras vagamente. Cada vez que ele dizia algo, nos fazia ter incerteza, porém essa era a intenção dele — assim como omitiu que poderíamos escolher jogos de tabuleiros.
Suas fragilidades estavam à mostra. O pânico e a angústia estavam corroendo vocês.
Assim que a primeira morte aconteceu, o cerco foi criado. Um dos jogadores que não aguentou a situação já tinha sido marcado. Diferente de você e da Adriana, que suportam bem.
Minha escolha foi feita a partir daí. Você não só suportou como foi forte o bastante para tentar acalmar as coisas. Seu começo foi até ruim, pela sua raiva desnecessária, mas, depois disso, você não cometeu nenhum deslize.
Você colocou o mais afetado nos trilhos. Sua adaptação foi incrível. Ele, por outro lado, estava muito “rebelde” quando não conseguia ver mais a luz no fim do túnel, por isso o descartei. Me juntar a ele seria como pedir para explorarem minha fraqueza.
“Como assim, sua fraqueza?” Perguntou.
Ryan tinha certeza de que esse não seria o final. Com certeza haveria mais desses jogos. Até onde ele sabia, eram oito turmas — ou nove, já que era desconhecido se o último ônibus apareceu — mas, considerando as nove turmas, seriam 108 alunos. E, se três morressem, sobrariam 81 alunos.
Ele sabia que a conta não daria par, a não ser que alguém tivesse morrido no começo.
Sua teoria de que haveria mais competições estava certa, mas sabia que ia precisar de um companheiro confiável, porém tinha um problema com a escolha perfeita, ela não gostou muito dele, então ele teria que se aproximar, e o que seria melhor do que dar uma chance de sobreviver?
Laila, que escutou toda a história, ainda estava em dúvida de como ele tinha a garantia de que conseguiria. Como resposta, ele disse que tinha o jogo ideal, sem falhas e probabilidades de perder.
Sua vitória já estava assegurada no momento em que as regras foram ditas. O que a deixou ainda mais confusa. Se ele tinha a segurança de vitória com esse tal jogo, por que fez algo tão complicado?
Como uma pessoa excêntrica respondeu: “por diversão…!”
Continua…
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