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Side Story - Cora e Maria (Uni Fruits)

Dia de sorvete

Dia de sorvete

Dec 24, 2024

O calor do dia era quase insuportável, e Cora e Maria estavam sentadas debaixo de uma grande árvore, tentando se proteger do sol intenso. As folhas acima ofereciam alguma sombra, mas nada parecia aliviar o suor que escorria por suas costas.

— Tá quente demais, eu vou derreter completamente — murmurou Maria, ajeitando o óculos no rosto, que estava escorregadio por causa do suor.

Cora suspirou, compartilhando do desconforto. — Minhas costas estão tão suadas que a roupa tá grudando em mim… — comentou, mexendo-se um pouco para tentar desgrudar a camisa da pele.

As duas suspiraram ao mesmo tempo, exaustas pelo calor. Maria, então, varreu o parque com o olhar, tentando encontrar algo que pudesse aliviar o desconforto. Foi então que seus olhos se arregalaram ao ver algo ao longe. Ela piscou algumas vezes, ajustando o óculos, e se levantou de repente, apontando animadamente.

— Olha! Uma sorveteria!

Cora, que estava com os olhos fechados, os abriu ao ouvir a empolgação de Maria e seguiu o dedo dela até ver a sorveteria no outro lado do parque. Ela então voltou o olhar para Maria, que parecia animada como uma criança, o que fez um sorriso involuntário surgir em seu rosto. Cora achou aquela expressão dela adorável e teve vontade de provocá-la.

— Sabe de uma coisa? É uma ótima ideia tomar sorvete — disse Cora, levantando-se. — Mas fica perto de mim, tá? Não quero que você se perca.

Maria fez um bico, inflando as bochechas. — Eu não sou mais criança, Cora — resmungou, com um toque de indignação.

Cora reprimiu uma risada, mas não perdeu a chance de provocar. — Jura? Nem tinha percebido. Ainda parece com uma, sabe?

Maria resmungou algo baixo, claramente emburrada com a provocação, mas Cora apenas sorriu e pegou a mão dela, entrelaçando seus dedos. Maria abriu a boca para protestar, mas antes que conseguisse dizer qualquer coisa, Cora começou a andar, puxando-a suavemente pela mão. As duas atravessaram o parque, lado a lado, enquanto o sol ainda brilhava intenso. Mas, de algum jeito, a mão de Cora segurando a dela fazia Maria esquecer um pouco do calor e da irritação. Enquanto caminhavam, o clima parecia um pouco mais leve e divertido, e logo chegaram à sorveteria, onde o frescor e o aroma doce do sorvete as envolveu. Maria respirou fundo, sentindo o aroma refrescante dos sorvetes e das caldas que preenchiam o ar da sorveteria. Ela sorriu, animada com a ideia de saborear algo tão doce e gelado, que parecia perfeito para o calor intenso do dia. Ao lado dela, Cora tirou a carteira do bolso, abrindo-a enquanto olhava para Maria.

— E aí, o que você vai querer? — perguntou Cora, observando Maria, que agora analisava os sabores com uma expressão pensativa.

Percebendo a indecisão da amiga, Cora riu e deu um leve cutucão no ombro de Maria. — Pega um pote ali. Aqui é pago no peso, então escolhe com cuidado, hein?

Maria assentiu, pegando um pote médio e indo direto para as opções mais coloridas. Com um sorriso satisfeito, ela montou sua escolha: sorvete de chiclete com M&M’s, marshmallows e uma generosa calda de morango por cima. Quando terminou, olhou para Cora, que a observava com uma expressão de surpresa.

— Impressionante o quanto você gosta de rosa. Isso até reflete nas suas escolhas de comida — comentou Cora, sorrindo de forma divertida.

Maria franziu a testa, lançando-lhe um olhar de desdém. — Cora, fica quieta.

Mas Cora não respondeu, apenas sorriu de lado, lançando a Maria um olhar que ela não conseguia identificar exatamente o que significava, mas que a deixou ligeiramente desconcertada. Maria sentiu o rosto corar e, sem jeito, balançou a cabeça, tentando não pensar muito naquilo. Enquanto isso, Cora escolhia sua própria combinação: sorvete de menta e baunilha, com uma calda de chocolate, que parecia um contraste perfeito.

— E agora? — perguntou Maria, ainda com um leve tom de curiosidade.

— Agora a gente pesa para saber o valor — explicou Cora, colocando os dois potes na balança.

O visor mostrou o total: 32 reais. Cora passou o cartão e, pegando os potes, entregou o de Maria a ela, fazendo um gesto em direção às mesas ao lado da janela.

— Vamos sentar ali? — sugeriu Cora, apontando uma mesa que dava vista para o parque.

Maria assentiu, e as duas se sentaram lado a lado, olhando para o parque e observando as pessoas que aproveitavam o calor à distância. Cora, divertida, observava Maria pegar uma generosa colherada de sorvete de chiclete e morder um marshmallow em seguida, claramente encantada com sua escolha. Entre uma colherada e outra, Maria lançou um olhar de canto para Cora, percebendo o leve sorriso nos lábios dela.

— Que foi? — perguntou Maria, confusa, ainda sentindo um leve rubor pelo olhar intenso de Cora.

Cora deu de ombros, pegando uma colherada do próprio sorvete. — Nada, só… você fica muito fofa quando está animada assim.

Maria piscou, tentando disfarçar a surpresa e o coração que deu uma leve acelerada, antes de focar novamente em seu sorvete, tentando ignorar o sorriso provocante de Cora que, silenciosa, parecia saber exatamente o efeito que causava. Enquanto Maria se deliciava com o sorvete, Cora a observava com um sorriso discreto, os olhos atentos aos detalhes de cada reação da amiga. Em determinado momento, percebeu que Maria tinha um pouco de sorvete no canto da boca. Sem pensar muito, Cora esticou a mão para limpar o local.

Maria arregalou os olhos, surpresa, ao sentir o toque inesperado. — O que você tá fazendo? — perguntou, sentindo o rosto esquentar de leve.

— Tá sujo — respondeu Cora com naturalidade, passando o polegar no canto da boca de Maria e limpando o resquício de sorvete. Depois, com uma atitude casual que escondia certa provocação, ela levou o dedo à boca e o lambeu, ainda mantendo aquele olhar intenso sobre Maria.

Maria piscou algumas vezes, sentindo-se um pouco atordoada. Tentou voltar a comer o sorvete, tentando ignorar a situação, mas a proximidade recente e o toque suave de Cora a fizeram lembrar do dia em que se beijaram no quarto dela. Sua mente parecia insistir em trazer aquele momento de volta, e o resultado foi um rubor que tomou conta de seu rosto.

Cora, notando a expressão e as bochechas vermelhas de Maria, ergueu as sobrancelhas, contendo um sorriso provocante. — Você tá bem? Esse sorvete não tá sendo suficiente pra refrescar, não?

Maria arregalou os olhos, percebendo o quanto estava transparecendo seus sentimentos. — Eu… tô bem! — respondeu, tentando manter a compostura enquanto gaguejava. — Não é nada, eu… só tô… com calor mesmo.

Cora soltou uma risada baixa, inclinando-se ligeiramente para mais perto de Maria. Com o cotovelo apoiado na mesa e a colher ainda na boca, a olhava com intensidade, um brilho de diversão nos olhos. Ela sabia exatamente o efeito que causava em Maria, e o sorriso no canto dos lábios deixava claro que se divertia com aquilo.

Atrapalhada, mas tentando resistir, Maria levantou o queixo e disse, quase em um sussurro: — Cora, para de me provocar.

Cora sorriu mais abertamente, tirando a colher da boca e observando Maria com uma expressão entre o afeto e a provocação.

— Provocar? Eu? — disse Cora, com uma inocência exagerada, que só fez Maria corar ainda mais. — Mas… é tão divertido ver você reagir assim.

Maria revirou os olhos, meio emburrada, mas sentindo o coração bater acelerado. Era difícil não se sentir desconcertada diante da intensidade do olhar de Cora e da proximidade que ela demonstrava com tanta naturalidade. Enquanto voltava ao seu sorvete, Maria tentava disfarçar o rubor, mas no fundo ela sabia que, apesar das provocações, adorava cada instante que passavam juntas — e talvez, só talvez, Cora soubesse disso também.

Cora, sempre disposta a provocar, pegou uma colherada de sorvete e, com um sorriso travesso, começou a fazer um aviãozinho na direção de Maria.

— Abre a boquinha — disse, em um tom divertido, balançando a colher para frente e para trás.

Maria arqueou uma sobrancelha, visivelmente irritada com a brincadeira. Ela deu um leve tapa na mão de Cora, tentando tirar a colher de perto. — Para com isso, Cora, que coisa infantil.

Cora soltou uma risada, claramente se divertindo com a situação. — O que é isso? Só estou alimentando o meu bebê.

Maria abriu a boca para responder, mas não conseguiu pensar em uma resposta à altura e acabou dando outro tapa leve em Cora, que se deliciava com cada segundo da reação dela. Aproveitando a distração, Cora comeu a colherada que estava tentando dar a Maria, enquanto Maria virava o rosto com uma expressão de falsa raiva.

Cora, ainda sorrindo, inclinou-se um pouco mais para ela. — Ei, Maria, olha aqui.

Maria olhou de volta, já pronta para reclamar mais uma vez, mas hesitou ao ver a expressão de Cora, que agora estava com a mão estendida na direção dela.

— O que você quer, Cora? — perguntou Maria, desconfiada.

Cora manteve o olhar fixo, sério por um instante. — Segura minha mão. Prometo que você vai sentir algo que só eu tenho e posso te dar.

Confusa e ainda mais desconfiada, Maria hesitou, mas acabou estendendo a mão até encontrar a de Cora. Os dedos de Cora entrelaçaram-se aos dela de forma suave, e ela levou a mão de Maria até os próprios lábios, deixando um selar delicado no dorso da mão. Aquele beijo gelado da boca de Cora contrastava intensamente com o calor que subiu ao rosto de Maria. Com o rosto levemente corado, Maria encarava Cora, sem saber ao certo como reagir. Os lábios de Cora se moveram em um murmúrio baixo, quase como se ela dissesse algo, mas era impossível entender.

— O que você disse? — perguntou Maria, a voz soando um pouco hesitante.

Cora soltou a mão dela, com um sorriso enigmático. — Vou deixar você pensar sobre isso até descobrir.

Dizendo isso, voltou a comer o sorvete como se nada tivesse acontecido, mas podia sentir o olhar de Maria ainda fixo nela. A cada colherada, Cora segurava o sorriso, enquanto Maria, desconcertada, tentava entender o que realmente significava aquele gesto, sentindo que, talvez, Cora estivesse tentando dizer algo que ela ainda não sabia como decifrar.

Maria ficou pensativa, tentando decifrar o que Cora havia murmurado antes de soltar sua mão. Enquanto saboreava o sorvete, seus pensamentos giravam em torno daquele momento intenso, das palavras sussurradas e do olhar misterioso que Cora lhe lançava. Não conseguia ignorar a sensação de que havia algo mais naquela troca, algo que ia além das provocações que Cora parecia gostar de fazer. Observando-a em silêncio, Cora notou a expressão séria de Maria e decidiu brincar. Imediatamente, imitava a expressão concentrada dela, franzindo a testa e arqueando as sobrancelhas como se estivesse também tentando resolver um mistério impossível. Maria, notando a imitação, demonstrou indignação.

— Para, Cora! — disse, meio emburrada. — Você sabe o que fez. Me conta, o que foi que você sussurrou antes?

Cora apenas sorriu, os olhos brilhando de diversão. Ela se inclinou na direção de Maria, levando a mão à boca, como se fosse revelar um segredo importante. Maria, incapaz de conter a curiosidade, também se inclinou, aproximando-se o suficiente para sentir a respiração suave de Cora contra seu ouvido.

— Você é fácil de ler — sussurrou Cora, a voz cheia de mistério. — Saiba que não é tão complexo me entender.

Maria voltou para o lugar, piscando algumas vezes, claramente confusa. Ela olhou para Cora, que agora estava sentada de forma relaxada, com o cotovelo apoiado na mesa e a cabeça repousando na mão, observando-a com um olhar que parecia saber mais do que dizia. O semblante tranquilo de Cora contrastava com a intensidade de seu olhar, e então Maria começou a reconhecer algo ali… algo que a fazia lembrar dos beijos compartilhados no quarto de Cora. Havia uma semelhança entre aquele olhar e o que ela tinha visto naquela noite, algo que a deixou com o coração acelerado.

Quase sem perceber, Maria sussurrou, as palavras escapando de seus lábios como uma descoberta: — Você gosta de mim.

Um sorriso surgiu nos lábios de Cora, pequeno, mas sincero. Era um sorriso que confirmava todas as suspeitas de Maria, mas sem a pressa de expor completamente o que sentia. E então, tudo fez sentido. As provocações, os olhares, o toque suave… Cora estava tentando extrair dela uma reação genuína, algo que mostrasse quem Maria era de verdade.

Cora falou, baixinho, interrompendo os pensamentos de Maria. — Eu gosto quando você é você mesma, Maria.

Maria pigarreou, sentindo o rosto esquentar com aquela confissão direta. Mas antes que pudesse responder, Cora inclinou-se mais uma vez, com um sorriso provocador.

— Não precisa me dizer nada — disse Cora, quase num sussurro. — Eu sei dos seus sentimentos pelo professor, afinal.

Maria piscou, surpresa, antes de balançar a cabeça vigorosamente. — Cora, eu não tenho sentimentos pelo professor!

Cora riu baixinho, como se aquela resposta fosse exatamente o que ela esperava. E enquanto Maria tentava explicar, mais confusa do que nunca, Cora manteve seu sorriso travesso, satisfeita com a certeza de que, entre elas, havia algo único e especial. Algo que, com o tempo, Maria não poderia mais negar. Enquanto Maria continuava, meio atrapalhada, tentando explicar com convicção que não tinha sentimentos pelo professor, Cora inclinou-se repentinamente e interrompeu suas palavras com um beijo suave. Maria arregalou os olhos, surpreendida, mas aos poucos se acalmou, os olhares de ambas se encontrando em um silêncio que dizia muito mais do que qualquer discussão poderia expressar.

Cora afastou-se levemente, ainda com aquele sorriso de canto que era tão característico. — Vai acabar comendo sorvete derretido se ficar falando do professor — sussurrou, em um tom divertido.

Maria piscou algumas vezes, saindo do mini transe que o beijo causara, e olhou para seu pote de sorvete já começando a se desfazer. Meio embaraçada, concordou com a cabeça, voltando a comer enquanto tentava organizar seus pensamentos.

Cora a observava com um olhar tranquilo, as mãos apoiadas sobre a mesa e um sorriso que, agora, carregava uma satisfação serena. Era bom saber que tinham conseguido ultrapassar as provocações e as dúvidas, e se aproximado de algo mais real.

Quando Maria terminou seu sorvete, olhou de soslaio para Cora, com uma expressão mais leve e um sorriso tímido. E, naquele instante, ambas sabiam que aquele dia no parque tinha sido mais do que apenas uma tarde quente. Entre risos, provocações e sorvetes, o laço entre elas se firmava com uma nova profundidade — e Cora, satisfeita, sabia que aquilo era só o começo de algo especial.

Fim.
barby4breu
Bárbara Abreu

Creator

#Amor #love #fiction #lgbt #gl

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