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Side Story - Cora e Maria (Uni Fruits)

Noite de Estudos 2 (Parte 2)

Noite de Estudos 2 (Parte 2)

Dec 25, 2024

This content is intended for mature audiences for the following reasons.

  • •  Sexual Content and/or Nudity
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Enquanto a água quente escorria pelo corpo de Maria, ela permitiu que a tensão acumulada se dissolvesse. Seu corpo relaxava aos poucos, e, com os olhos fechados, a mente vagava involuntariamente até as palavras provocativas de Cora minutos antes. “Quer que eu vá tomar banho com você?” A lembrança trouxe um leve sorriso ao seu rosto, e ela balançou a cabeça, quase como se estivesse tentando afastar o eco do comentário atrevido.

Quando terminou de lavar o cabelo, Maria abriu os olhos e olhou ao redor, apreciando o cuidado de Cora com os detalhes. As prateleiras de produtos de cuidados pessoais, impecavelmente organizadas, davam ao banheiro um toque pessoal e íntimo. Havia algo de encantador naquela organização minuciosa, como se cada produto ali contasse uma história silenciosa sobre o ritual diário de Cora. Um pensamento passou por sua mente: imaginar Cora ali, cada manhã, passando seus cremes com a mesma concentração e dedicação que tinha ao estudar ou ao implicar com ela. Um calor suave se espalhou por seu peito, e Maria suspirou, um misto de admiração e algo mais difícil de definir.

Depois de um tempo, Maria terminou o banho, pegou a toalha felpuda e secou-se, apreciando a suavidade do tecido contra a pele. Vestiu a camisola de cetim que Cora tinha lhe emprestado e sorriu, sentindo-se um pouco fora de sua zona de conforto, mas curiosamente contente com a escolha inusitada. A cor e o toque suave da peça traziam uma sensação diferente, e ela se olhou no espelho, ajeitando os cabelos e prendendo a respiração por um instante, sentindo o coração um pouco mais acelerado.

Quando saiu do banheiro, encontrou Cora sentada na cama, já deitada e com o celular na mão, os olhos iluminados pela tela. Ao ouvir o som da porta se abrindo, Cora desviou o olhar do celular e a observou de cima a baixo, um sorriso satisfeito e divertido surgindo em seus lábios.

— Ficou bem em você — comentou Cora, com uma expressão que misturava gentileza e provocação.

Maria cruzou os braços, tentando disfarçar o embaraço, mas sorriu.

— É só uma camisola — disse, tentando parecer indiferente, mas sentindo o rosto esquentar.

Cora soltou uma risadinha e bateu de leve no colchão, indicando o lugar ao seu lado.

— Vem cá. Vou te mostrar umas fotos antigas minhas. Só pra gente rir um pouco antes de dormir.

Maria se aproximou e se sentou ao lado de Cora, ainda um pouco desconcertada, mas curiosa.

Maria olhou para as fotos de Cora quando era mais nova e percebeu como parecia ser outra pessoa, sem aquele ar de mistério provocativo que a Cora atual exalava. De repente, seus olhos caíram sobre uma foto onde Cora estava ao lado de um garoto desajeitado. Os óculos dele escorregavam pelo rosto, e seu jeito acanhado ao lado de Cora fez Maria pensar em si mesma ao lado dela. Mas, ao mesmo tempo, um sentimento incômodo brotava no peito — uma sensação de desconforto e, talvez, ciúmes. Ver Cora tão próxima de alguém que não era ela lhe causava uma espécie de dor silenciosa.

O sorriso de Maria foi sumindo aos poucos enquanto ela fitava a imagem, perdida em seus próprios pensamentos. Cora, percebendo a mudança de expressão da amiga, a olhou, confusa.

— Aconteceu alguma coisa? — Cora perguntou, inclinando a cabeça.

Maria piscou, tentando afastar a onda de ciúmes que sentia, e forçou um sorriso.

— Não… só tô cansada, acho.

Cora olhou para o celular e, depois, para Maria. Ela bloqueou a tela e disse:

— Então é melhor descansar.

Ela se levantou da cama e, ao perceber que Maria a observava com uma expectativa velada, explicou:

— Eu só vou tomar um banho rápido, já volto. Pode descansar.

Maria assentiu e se deitou no colchão, mas sua mente continuava a girar em torno da imagem do garoto. Quem era ele, afinal? Por que aquela proximidade com Cora a incomodava tanto?

Maria se ajeitou no colchão, mas sua mente continuava inquieta, presa na imagem daquele garoto ao lado de Cora na foto. Ela tentou espantar a sensação incômoda, mas a cena insistia em se repetir em sua cabeça: o jeito como ele se inclinava para perto dela, o sorriso suave no rosto de Cora — diferente do sorriso atrevido e provocador que ela costumava lhe dirigir.

“Por que isso está me incomodando tanto?”, ela se perguntava, tentando racionalizar o que sentia. Mas a resposta parecia óbvia: o ciúme. A ideia de que, em algum momento, Cora tinha tido alguém especial, alguém que compartilhou momentos próximos a ela, parecia criar um vazio estranho e dolorido no peito de Maria. A Cora que ela conhecia — independente, segura, sempre a fazendo rir e provocando-a — era a mesma Cora que, ao que tudo indicava, já tinha deixado alguém se aproximar tanto assim.

Os passos de Cora no corredor a tiraram de seus pensamentos. Ela entrou no quarto de cabelos úmidos, envolta num roupão claro. Percebendo que Maria ainda estava acordada, Cora sorriu levemente, mas notou algo no rosto dela — algo que parecia um pouco distante, como se estivesse perdida em pensamentos profundos.

— Ainda acordada? Achei que estaria dormindo — Cora comentou, ajeitando o roupão enquanto se aproximava e sentava-se ao lado de Maria no colchão.

Maria, hesitante, deu um sorriso breve, tentando afastar qualquer traço de ciúmes de sua expressão.

— É… só estava pensando, nada demais.

Cora inclinou a cabeça, observando-a com um olhar atento. Ela parecia ter percebido que algo estava fora do normal, mas preferiu não pressionar.

— Bom, agora que estamos terminando esse dia longo e cansativo, posso te contar uma coisa engraçada? — Cora perguntou, quebrando o clima com seu tom casual.

Maria assentiu, tentando esconder o nervosismo, e Cora continuou:

— Aquele garoto na foto… ele era meu vizinho. A família dele se mudou quando a gente era adolescente, então perdemos contato. Ele era um pouco desajeitado, mas era um grande amigo. A gente sempre estudava junto, como você e eu agora.

O alívio imediato tomou conta de Maria, mas ela tentou esconder o sorriso involuntário.

— Ah, então ele não era… — ela começou, hesitante, mas Cora a interrompeu com uma risadinha.

— Não, ele não era nada além de um amigo, se é isso que você quer saber — Cora disse, com uma expressão ligeiramente provocadora. — Por que? Ficou curiosa?

Maria desviou o olhar, sentindo o rosto corar. Ela sabia que havia sido um pouco óbvia demais, mas a expressão satisfeita de Cora lhe dava a sensação de que, talvez, ela gostasse de vê-la daquele jeito.

— Não, claro que não — Maria respondeu, tentando soar convincente, mas seu tom não escondia a vulnerabilidade.

Cora riu baixinho vestindo seu pijama liso azul, dizendo em um tom gentil:

— Então, pode relaxar. Você não tem com o que se preocupar.

Maria balançou a cabeça de forma positiva e então Cora desliga as luzes do quarto ficando no completo escuro, dirigisse a sua cama deitando enquanto suspirava. Maria, deitada no colchão ao lado da cama de Cora, fecha seus olhos, um semblante tranquilo em seu rosto a levava para um bom momento de descanso.

— Boa noite, Maria.

— Boa noite, Cora. — Sua voz era quase um sussurro e então ela se entregou por completo ao sono.

O sonho de Maria a envolveu como um nevoeiro denso, tornando o ar quase impossível de respirar. Sob a sombra de uma enorme cerejeira em flor, ela viu Cora, radiante e risonha, ao lado do garoto da foto. A luz dourada do sol parecia tocar ambos com uma suavidade quase mágica, enquanto as pétalas caíam ao redor deles, transformando o momento em uma cena dolorosamente bela.

Maria observava, paralisada, enquanto o garoto segurava a mão de Cora e, com uma delicadeza que a feria, inclinava-se para beijá-la. Ela tentou gritar, chamar o nome de Cora, mas sua voz parecia presa, abafada pelo próprio desespero. Seus pés estavam ancorados ao chão como se raízes invisíveis a segurassem, e tudo o que conseguia fazer era assistir, incapaz de interferir ou alcançar Cora.

Ela sentiu a garganta se fechar, e lágrimas silenciosas começaram a escorrer. Cada sorriso que Cora dava ao garoto parecia um golpe direto em seu coração. Quanto mais tentava lutar contra a imobilidade, mais se via submergida na escuridão que se aproximava, sugando tudo ao seu redor. Era como se, pouco a pouco, ela estivesse desaparecendo enquanto Cora seguia com outra pessoa, sem perceber sua presença.

Finalmente, a escuridão a engoliu completamente. Maria se viu perdida naquele vazio, sem nada a que se agarrar, apenas o som de seu próprio coração pulsando com a dor da perda. Num último esforço, ela chamou o nome de Cora, e dessa vez, seu grito ecoou no vazio, mas ninguém respondeu.

Ela acordou de repente, com o coração acelerado e o rosto úmido. O quarto estava em completo silêncio, exceto pelo som suave da respiração de Cora, que dormia tranquilamente na cama ao lado. O sonho ainda estava fresco em sua mente, a dor do ciúmes e do medo tão reais que ela mal conseguia distinguir a realidade daquele pesadelo.

Sentindo uma necessidade urgente de se certificar de que estava ali, ao seu lado, Maria se levantou devagar e se sentou na beirada da cama de Cora. Ela a observou por alguns momentos, ouvindo sua respiração calma e profunda. Com cuidado, tocou levemente a mão de Cora, entrelaçando os dedos por um instante. Cora se mexeu um pouco, mas não acordou, e Maria respirou fundo, tentando acalmar o turbilhão dentro de si.

Ali, na penumbra, a dor do sonho começou a se dissolver, mas o peso do que sentia por Cora parecia apenas se intensificar.

Maria deita ao lado de Cora ainda pensando sobre o sonho que teve, apertando levemente a mão de Cora levando até seu peito onde doía, o sonho ainda lhe perturbava. um suspiro pesado escapa de seus lábios e então a voz rouca de Cora se faz presente.

— O que houve?

Maria, em um sobressalto, levanta rapidamente olhando para Cora surpresa, o olhar sonolento alheio mantinha um brilho cuidadoso. Maria se afasta um pouco passando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha olhando para sua mão.

— Sinto muito, eu te acordei.

Cora sorri sentando na cama tocando o rosto de Maria levemente acariciando sua bochecha levemente.

—Vamos deitar.

— Não precisa, eu vou voltar pro colchão.

 Cora a puxa para deitar a aconchegando em seus braços deixando um selar em sua testa. Maria sente suas bochechas queimarem com a aproximidade de Cora e seu coração que antes doía se enchia de paz.

Maria sentiu a respiração aquecer suas bochechas, e seu coração, que há pouco parecia quebrado, agora pulsava em um ritmo suave, embalado pela calma que o abraço de Cora lhe proporcionava. O toque suave dos dedos de Cora deslizando por seu rosto a fez fechar os olhos, mergulhando naquele momento de cumplicidade. Ela sentiu a segurança que só a presença de Cora conseguia lhe dar, como se cada preocupação e cada resquício do sonho se dissolvessem no ar entre elas.

— Está tudo bem, Maria. — A voz de Cora, mesmo rouca e sonolenta, tinha uma doçura que parecia envolver cada palavra, acalmando qualquer resquício de angústia que restasse. Maria abriu os olhos, encontrando o olhar atento de Cora, que a observava com um misto de ternura e curiosidade. — Quer conversar sobre o que te deixou assim?

Maria hesitou, sentindo-se vulnerável, mas a mão de Cora ainda segurava a sua, como se dissesse que estava ali para o que fosse preciso.

— Foi só um sonho… — sussurrou, desviando o olhar. — Algo bobo.

Cora arqueou as sobrancelhas, um sorriso suave despontando em seu rosto.

— Se te deixou assim, não pode ser tão bobo, pode?

Maria deu um leve sorriso, ainda acanhada, e desviou o olhar para o espaço vazio do quarto.

— Eu… vi você com alguém. E parecia tão feliz ao lado dele, como se eu nem estivesse lá. — Ela sentiu o rosto arder de vergonha ao confessar. — Foi um sonho ridículo, eu sei. Mas... — A voz falhou, e Cora entrelaçou seus dedos nos dela, apertando sua mão com firmeza e paciência.

Cora sorriu gentilmente, acariciando o rosto de Maria com o polegar.

— Maria, isso é só coisa da sua cabeça. Eu estou aqui, com você. — Cora inclinou-se um pouco mais, tocando a testa de Maria com a sua. — E eu gosto de estar exatamente onde estou agora. — As palavras dela, ditas em um tom tão seguro e doce, trouxeram um calor reconfortante ao peito de Maria.

Sem pensar duas vezes, Maria se aconchegou ainda mais nos braços de Cora, deixando-se envolver por aquele momento que parecia dissipar toda a incerteza que o sonho trouxera. Sentiu o rosto de Cora contra o seu e, ao fechar os olhos, permitiu-se relaxar completamente.

Ali, nos braços de Cora, ela soube que não importava o que os sonhos dissessem ou o que o passado guardava — o presente, aquele exato momento, era o que realmente importava.

A respiração suave de Cora e o calor de seus braços a faziam sentir que estava no lugar certo, Maria abre seus olhos podendo ver o rosto de Cora com clareza, agora ela finalmente poderia admitir a si mesma — ela estava de fato apaixonada pela garota que a provocava constantemente.


Fim.
barby4breu
Bárbara Abreu

Creator

#adult #Adult_ #Amor #love #fiction #gl #lgbt

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