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Side Story - Cora e Maria (Uni Fruits)

Noite de Filmes pt 1

Noite de Filmes pt 1

Dec 25, 2024

This content is intended for mature audiences for the following reasons.

  • •  Sexual Content and/or Nudity
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A cozinha estava preenchida pelo aroma irresistível de manteiga derretida misturada à pipoca quente. Maria segurava o balde de doces com as mãos ligeiramente trêmulas, não por causa do peso, mas pela ansiedade que insistia em dançar em seu peito. Desde que percebera seus sentimentos por Cora, qualquer momento a sós parecia carregado de significados ocultos, mesmo que Cora continuasse sendo tão descontraída quanto sempre.

— O que vamos assistir, já que a Star não pode vir? — Maria pigarreou, tentando soar casual enquanto observava Cora despejar a manteiga sobre a pipoca com uma precisão quase artística.

Cora olhou de relance para Maria, seus lábios formando um sorriso tranquilo.

— Você pode escolher. — Ela colocou a tigela de pipoca sobre a mesa, pegando uma balinha de ursinho do balde que Maria segurava. — Já vi tantos filmes que perdi a conta, então a noite é sua.

Maria franziu a testa em uma expressão pensativa, mordendo levemente o lábio inferior enquanto organizava suas ideias. Em sua mente, várias possibilidades surgiram: um romance intenso como Azul é a Cor Mais Quente, algo mais leve como Barbie ou até mesmo a nostalgia de O Pequeno Príncipe. Mas cada opção parecia carregada demais ou desajustada para o momento. Ela suspirou, derrotada.

— Não faço ideia... — Maria murmurou, desviando o olhar. — Talvez algo romântico, mas... nada muito meloso.

Cora arqueou uma sobrancelha, um sorriso quase imperceptível surgindo em seus lábios enquanto ela colocava a tigela de pipoca no braço.

— E que tal Hoje Eu Quero Voltar Sozinho?

Maria piscou, confusa, tentando lembrar se já ouvira falar do filme.

— Não conheço — admitiu, inclinando ligeiramente a cabeça. — É bom?

— Vai ser perfeito pra começar a noite. — Cora deu uma piscadela, pegando o balde de doces das mãos de Maria enquanto seguia para a sala. — Confia em mim.

Maria seguiu Cora com passos hesitantes, sentindo o coração bater um pouco mais rápido. O simples fato de Cora escolher um filme romântico deixava tudo ainda mais intenso em sua mente. Será que ela sabe? Será que está provocando?, pensava, enquanto observava o jeito descontraído de Cora se acomodar no sofá.

Cora se sentou, colocando as guloseimas sobre a mesinha de centro e batendo no espaço vazio ao lado dela.

— Anda logo, Maria. O filme não vai começar sozinho.

Maria sorriu sem jeito, sentando-se ao lado de Cora. Quando a tela foi preenchida com os primeiros minutos do filme, Maria percebeu que era uma história de descobertas, sentimentos e vulnerabilidade. O coração dela deu um leve salto. Talvez, só talvez, aquilo não fosse apenas um acaso.

Jogando um cobertor sobre as pernas, Maria se ajeitava ao lado de Cora que comia a pipoca tranquilamente atenta às cenas do filme. Maria pensava em como Cora estava mais relaxada e em como a ver daquela forma mexe consigo mesma, porém Cora se levantou e em um movimento ágil María agarrou o braço de Cora que não falou nada, apenas olhou nos olhos de Maria com intensidade.

— O-onde você vai? — Maria gaguejou sentindo seu coração disparar ao ver o sorriso típico de Cora.

—Vou buscar os refrigerantes que deixamos na cozinha, relaxa, eu volto logo.

— Ah, ok… — Maria solta o braço de Cora a deixando ir.

Se enfiando ainda mais debaixo do cobertor, ela se amaldiçoa. Será que ela percebeu? Ela deve ter percebido, eu tenho que me controlar. Deus me ajude a sobreviver a essa noite. Seus pensamentos estavam a mil até que o som do copo sendo colocado sobre a mesa se faz presente Cora tinha voltado enquanto Maria tinha seu pequeno surto.

— Tudo bem aí? — Cora a provoca como de costume, pegando mais um marshmallow e colocando na boca.

— Eu tô bem. — Maria bebe um gole de seu refrigerante.

Maria apertava o copo de refrigerante entre as mãos, sentindo o gelo tocar seus dedos, mas ainda assim sua garganta parecia em brasas. Ela desviou o olhar para a tela novamente, tentando focar na trama do filme, mas a presença de Cora ao seu lado tornava a tarefa impossível. Por que ela tinha que ser tão... Cora? Relaxada, descontraída, mas ao mesmo tempo tão misteriosa.

Cora, por sua vez, parecia completamente envolvida com o filme, pegando uma pipoca de vez em quando e mastigando calmamente. Maria lançou um olhar rápido para ela novamente, reparando no leve sorriso que surgia nos lábios de Cora em algumas cenas mais doces do filme. Era raro ver Cora sorrindo daquela forma, tão genuína, e isso fez o coração de Maria acelerar.

Desviando o olhar rapidamente, Maria voltou a encarar seu copo, os pensamentos insistindo em rodopiar. Será que ela sabe? Será que percebe? O jeito como Maria agia a denunciava, e ela temia que Cora estivesse apenas fingindo não notar. Maria tomou um gole do refrigerante, tentando acalmar a mente.

De repente, Cora virou o rosto para ela, notando o silêncio incomum.

— Tudo bem? — perguntou Cora, com a voz suave, inclinando ligeiramente a cabeça.

Maria quase engasgou com o refrigerante, fazendo um gesto apressado para afirmar que estava bem.

— Só... só tô pensando no filme — respondeu, tentando soar casual.

Cora arqueou uma sobrancelha, como se não acreditasse completamente na resposta, mas não insistiu. Em vez disso, sorriu de canto e voltou a focar na tela.

A tensão em Maria era palpável, e ela apertava o copo entre os dedos como se fosse um apoio para não desmoronar. Sentindo que precisava mudar o foco, decidiu comentar sobre o filme.

— É... bonitinho. Esse lance de descobertas e tal. — Sua voz saiu mais baixa do que esperava, mas ainda assim Cora ouviu.

— É mais do que bonitinho. — Cora sorriu, inclinando-se para pegar mais pipoca. — É sobre se permitir sentir. Saber que tá tudo bem descobrir quem você é e querer algo ou alguém que faça sentido pra você.

As palavras de Cora foram como um golpe direto no coração de Maria. Ela sentiu as bochechas ficarem quentes e desviou o olhar, fingindo ajeitar o cobertor que estava sobre suas pernas.

— Faz sentido — respondeu Maria, sua voz soando quase um sussurro.

Cora notou a mudança no tom de Maria, mas decidiu não pressionar. Em vez disso, esticou o braço, oferecendo mais pipoca.

— Relaxa, astronauta. O filme tá só começando. — Cora piscou para ela com um sorriso travesso.

Maria aceitou a pipoca, mas sabia que aquele sorriso seria mais um motivo para perder o sono naquela noite.

Cora passa o braço por cima dos ombros de Maria a puxando para si acariciando seus cabelos. Maria por sua vez, estava surpresa com o ato sentindo seu coração disparar porém não se mexe, ela fica ali, nos braços de quem ela queria está naquela noite. Maria deita a cabeça no ombro de Cora que deixa um selar no topo de sua cabeça mantendo um ritmo de carícias em seus cabelos.

Maria deixou o cheiro suave de Cora preencher seus sentidos enquanto permanecia aninhada em seu abraço. A trama do filme seguia seu curso, mas a mente de Maria estava em outro lugar, absorvendo cada detalhe daquele momento. O calor do braço de Cora, o ritmo constante de sua respiração, e a forma carinhosa com que seus dedos deslizavam pelos cabelos de Maria a faziam sentir-se segura, como se nada mais no mundo importasse.

Quando uma cena particularmente emotiva do filme aconteceu, Maria apertou levemente o tecido da blusa de Cora, tentando conter as lágrimas que insistiam em cair. Não era só o filme que a fazia chorar, mas também a intensidade do momento, a certeza de que seu coração estava entregue a alguém que talvez nunca pudesse corresponder a esse sentimento.

— Tá tudo bem? — Cora sussurrou, sua voz grave e suave ao mesmo tempo, enquanto inclinava ligeiramente o rosto para olhar Maria.

Maria ergueu o rosto para encará-la, piscando para afastar as lágrimas.

— É só o filme... Ele é lindo. — Sua voz saiu mais fraca do que esperava, quase um murmúrio.

Cora sorriu de canto, os olhos brilhando em um misto de diversão e ternura. Ela limpou suavemente uma lágrima que descia pelo rosto de Maria com o polegar, sem desviar o olhar.

— Eu sabia que você ia gostar. Tem algo nele que lembra você. — A frase saiu de forma tão natural que Maria ficou sem palavras.

— Lembra... de mim? — ela conseguiu balbuciar, confusa e, ao mesmo tempo, esperançosa.

— Sim. — Cora assentiu, seu olhar carregado de sinceridade. — Você tem essa coisa... essa doçura, mas também uma força enorme. É bonito de ver.

Maria sentiu o rosto queimar com o elogio, mas não teve coragem de responder. Em vez disso, deixou a cabeça voltar a repousar no ombro de Cora, tentando processar o que aquilo significava.

Cora, por sua vez, apenas continuou com o carinho nos cabelos de Maria, enquanto as duas permaneciam ali, mergulhadas em um silêncio confortável, aproveitando a companhia uma da outra. Para Maria, aquele momento era mais do que suficiente.

Maria fica em êxtase devido ao final do filme, Cora por sua vez sorrir ao ver a expressão da garota ao seu lado.

— O que você achou do filme? — Cora perguntou, porém Maria não sabia o que responder ela apenas fungava.

Cora sorri a puxando para seus braços acariciando seus cabelos macios e tão cheirosos quanto ela.

— Calma meu bebê, já passou. — Cora sorriu beijando os olhos molhados de Maria.

As lágrimas salgadas ainda rolavam pelo rosto alheio enquanto os selares suaves de Cora acalmavam Maria em meio às suas provocações. Maria dá um tapa leve em Cora tentando passar o ar de irritada porém ela não consegue, então apenas afunda seu rosto no pescoço de Cora que a conforta.

O ambiente da sala parecia mais acolhedor do que nunca. O som do filme tinha cessado, mas os ecos das emoções ainda pairavam no ar. Maria continuava aninhada nos braços de Cora, sentindo o calor que emanava dela e o ritmo calmo de sua respiração.

— Sério, você não tem ideia de como você é dramática — brincou Cora, sua voz grave carregada de um tom divertido enquanto seus dedos traçaram pequenos círculos nas costas de Maria.

Maria ergueu o rosto do pescoço de Cora, os olhos ainda úmidos, mas um sorriso tímido surgindo em seus lábios.

— Eu não sou dramática! Só tenho sentimentos, ok? — retrucou, tentando soar firme, mas sua voz suave entregava a vulnerabilidade que ainda sentia.

Cora soltou uma risada baixa e, sem aviso, deixou um beijo leve no topo da cabeça de Maria.

— Tá bom, bebê dramática. —

— Para de me chamar de bebê! — Maria resmungou, embora não conseguisse esconder o rubor que tomava conta de seu rosto.

Cora a apertou mais contra si, como se não quisesse deixá-la escapar.

— Mas você é tão fofinha assim — provocou, os olhos brilhando com diversão.

Maria deu um suspiro longo, resignada, e voltou a apoiar a cabeça no ombro de Cora.

— Você é insuportável, sabia?

— Sei, mas você gosta. —

Maria não respondeu. Era impossível negar, mas ela preferiu não alimentar a provocação.

Depois de alguns minutos de silêncio confortável, Cora perguntou:

— Então... Nada de outro filme? Só quer ficar aqui?

Continua
barby4breu
Bárbara Abreu

Creator

#adult #Adult_ #Amor #love #fiction #gl #lgbt

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