Era o primeiro dia do semestre na escola, e Ryuki estava sentado em sua carteira, descansando com a cabeça apoiada no braço. O burburinho dos alunos indicava que havia uma nova aluna na turma. Ele não prestava muita atenção até ouvir uma voz feminina perguntar ao professor se poderia se apresentar.
— Meu nome é Veyni! — disse ela com um sorriso tímido. — Espero me dar bem com vocês.
Ryuki levantou os olhos por um momento, observando-a rapidamente antes de voltar a relaxar. Logo depois, a professora indicou que Veyni poderia sentar-se onde quisesse, e ela escolheu uma carteira próxima à janela.
Durante o intervalo, Rose se aproximou de Ryuki enquanto ele tomava um suco.
— Ei, Ryuki, você conhece a garota nova? — perguntou ela casualmente.
— Ah… Veyni, né? Só ouvi o nome dela.
(ele se lembra da luta com ragnar.. será que ela viu algo..)
— E o irmão dela? Ele é bem… bonitinho.
— O Ryan?
-- Como você já sabe sobre ele? — Ryuki arqueou a sobrancelha, desconfiado.
— Hm… digamos que ouvi por aí. — Rose desviou o olhar e logo mudou de assunto.
— Vou treinar com meu irmão, Mike. Quer vir?
— Nah, tô de boa hoje.
— Como quiser.
Rose se despediu e seguiu para a academia onde treinava com Mike.
Rose e Mike no Treinamento
Na academia, Mike já estava esperando por Rose. Ele vestia roupas de treino e colocou suas luvas de boxe. Assim que Rose chegou, ele cruzou os braços e disse:
— Você precisa parar de depender só da capoeira, Rose.
— O quê?! Mas eu sou ótima nisso!
— Sim, mas e se alguém te agarrar? A capoeira é incrível, mas você precisa aprender algo a mais. O karatê e o judô podem te ajudar a se soltar de pegadas.
Rose revirou os olhos, mas concordou. Mike então começou a demonstrar algumas técnicas de defesa.
— Vem, tenta me agarrar.
Rose avançou, tentando segurá-lo, mas em segundos ele a agarrou pelas costas com um movimento rápido.
— Como foi que..!
— Entendeu agora? Vamos de novo!
E assim, o treinamento continuou, com Mike ensinando Rose a importância de diversificar suas habilidades de luta.
O Destino: Ryuki e Veyni
No dia seguinte, Ryuki viu Veyni sozinha no pátio, parecendo perdida. Ele hesitou, mas decidiu ir até ela.
— Tá tudo bem?
Veyni se virou e, surpresa por ele ter falado com ela, sorriu levemente.
— Ah… sim. É só que essa escola é grande demais.
Ryuki olhou ao redor e coçou a nuca.
— Bom, se quiser, eu posso te mostrar os lugares principais.
Ela sorriu de verdade dessa vez.
— Sério? Isso seria ótimo!
Eles começaram a andar juntos pelo colégio, conversando casualmente. Aos poucos, Veyni se sentia mais à vontade perto dele, e Ryuki, que geralmente era mais fechado, começou a gostar da companhia dela.
Depois de algumas semanas, eles passaram a conversar com mais frequência até que, certo dia, Ryuki tomou coragem:
— Ei, Veyni… quer sair comigo depois da aula?
Veyni arregalou os olhos por um momento antes de sorrir.
— Eu adoraria!
E assim, o destino começou a unir os dois, sem que percebessem que algo muito maior os aguardava.
O Presságio do Sonho se Torna Realidade
A noite era fria, e a única luz que iluminava as ruas vazias vinha dos postes antigos, piscando ocasionalmente. Veyni voltava do trabalho caminhando sozinha, segurando sua bolsa com firmeza. Ela sempre preferia evitar ruas desertas, mas, naquela noite, decidiu encurtar caminho por um beco estreito.
Foi quando ouviu passos apressados atrás dela. Seu corpo se arrepiou, e seu coração acelerou.
— Ei, moça! — Uma voz rouca e maldosa chamou.
Antes que pudesse reagir, dois homens surgiram da escuridão. Um deles, alto e magro, segurava uma faca, enquanto o outro, mais baixo e robusto, a cercava.
— Passa tudo, agora! — O homem da faca exigiu, apontando a lâmina para ela.
Veyni recuou, encostando-se na parede fria. Suas mãos tremiam. Ela tentou falar, mas sua voz não saía.
— Anda logo, ou vai se machucar! — O outro gritou, se aproximando mais.
Foi então que um estrondo cortou o silêncio da noite.
Algo caiu do céu com uma força esmagadora, rachando o asfalto. Os ladrões olharam para cima, aterrorizados.
Ali, diante deles, estava uma figura imponente. Kiva, ainda em sua forma pré-transformada. Sua presença exalava uma aura de poder e perigo, como um anjo vingador envolto em sombras.
Os assaltantes congelaram.
— O que… o que é isso?! — O ladrão de faca gaguejou, recuando.
Kiva avançou. Com movimentos rápidos e brutais, ele desarmou o primeiro ladrão com um golpe preciso no pulso, quebrando seu braço. O homem gritou de dor, caindo no chão.
O segundo tentou correr, mas Kiva agarrou sua cabeça e a lançou contra a parede com força suficiente para estilhaçar o concreto. O corpo caiu sem vida.
Veyni, horrorizada, caiu de joelhos. Seus olhos arregalados observavam Kiva, que ficou parado, de costas para ela.
Então, ele falou.
— "Eu te protejo...Fênix."
A mesma frase que ela ouviu em seu sonho.
Veyni sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Antes que pudesse reagir, Kiva desapareceu na escuridão.
A Culpa e o Salto Para a Morte
Ryuki acordou em sua cama, suando frio. Ele lembrava de tudo. Os rostos dos ladrões antes de morrerem, o sangue em suas mãos, o olhar aterrorizado de Veyni.
Ele os matou.
Ele não era um herói. Era um monstro.
O peso da culpa caiu sobre ele como um abismo sem fim. Os dias seguintes foram um tormento. Ele evitava olhar nos olhos de qualquer um, especialmente de Veyni. Ele sabia que, se contasse a verdade, ela jamais o perdoaria.
A dor crescia dentro dele, até que, uma noite, a decisão foi tomada.
Ele subiu até o topo de um penhasco, onde o vento frio cortava sua pele. Abaixo, rochas pontiagudas esperavam como espadas afiadas, prontas para receber seu corpo.
— Eu não posso mais… — sussurrou para si mesmo enquanto sorria.
Ele fechou os olhos e se lançou no vazio.
O vento cortava seu rosto enquanto caía, a morte se aproximando. Mas antes que pudesse atingir as rochas, um calor intenso saiu de suas costas.
Asas angelicais emergiram dele, se abrindo em um instante. Seu corpo foi puxado para cima, a queda interrompida no último segundo.
Uma força invisível o ergueu de volta ao topo da montanha, onde ele caiu de joelhos, respirando pesadamente.
Então, diante dele, Kiva apareceu.
Alto, imponente, com um olhar firme e penetrante.
— Você não pode fugir do seu destino, Ryuki.
Ryuki, ainda tremendo, levantou o olhar.
— Eu matei pessoas… eu não sou diferente daqueles monstros…
Kiva se abaixou, aproximando-se.
— Você tem medo de perder o controle novamente? Mas e se eu lhe der parcialmente o controle?
Ryuki hesitou.
— O quê?
— Se aceitarmos nossa conexão, você poderá controlar a transformação. Nenhuma morte desnecessária. Nenhuma perda de controle. Mas precisa aceitar quem você é.
Ryuki engoliu em seco.
— O que eu preciso fazer?
Kiva estendeu a mão.
— Aceite o pacto.
Ryuki, com a mão trêmula, tocou a de Kiva.
No mesmo instante, uma energia avassaladora o envolveu. Seu corpo foi tomado por uma luz negra e carmesim. Asas angelicais pulsaram com poder. Uma máscara de caveira surgiu sobre seu rosto, cobrindo suas feições.
A chuva começou a cair.
Ryuki ergueu o rosto para o céu, sentindo as gotas misturando-se com suas lágrimas.
Ele então murmurou, sua voz cheia de emoção:
— "Eu não quero ser um monstro… mas, se for para proteger quem amo… então eu aceitarei esse fardo."
A noite testemunhou o renascimento de um guerreiro.
A Jornada de Ryuki e o Despertar do Kiva No mundo moderno, artefatos ancestrais selam o poder de antigas divindades e bestas colossais. Elas concedem habilidades inimagináveis a quem as despertar, mas também cobram um alto preço. Ryuki, um jovem curioso, encontra por acaso a Pedra do Kiva, um artefato envolto em trevas e redenção. Sem entender seu verdadeiro poder, ele passa a ter visões enigmáticas, e mal sabia ele, que a sua vida iria mudar drasticamente nesse dia. Segue no Instagram para acompanhar nosso projeto (@kivaofc_)
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