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Amor em Silêncio

Reencontro

Reencontro

Mar 25, 2025

CAPÍTULO 2
  𝓡𝓮𝓮𝓷𝓬𝓸𝓷𝓽𝓻𝓸



Sexta-feira, 27 de agosto.

Chego em casa depois de um longo dia de estudos. Minha mãe estava sentada na cadeira na cozinha. Não sei por que, mas não pude deixar de observá-la até que pareceu que ela leu uma mensagem. Seu rosto parecia aliviado e ela reprimia um grande sorriso. "O marido da sua tia morreu," disse ela.

Eu tinha esquecido de como respirar. Uma grande corrente de felicidade se estendeu por todo meu corpo.

"Sério, mãe?" perguntei, desesperado.

"Sim, menino. Eu não brincaria com essas coisas."

Corri para o meu quarto e não pude reprimir, igual à minha mãe, a felicidade que pairava em todo o meu corpo.

Domingo, 28 de agosto. 𓅪

É o dia do enterro. Eu não consegui dormir só pensando nela. Finalmente, ela tinha se livrado desse pesadelo que era esse casamento para ela. Finalmente, ela estava livre para eu poder tê-la só para mim. Só de pensar que na manhã que nascia, eu iria vê-la novamente, me deixava em êxtase, alegre.

Estava chovendo. Tudo estava melancólico, parecia um filme quando um personagem morre, deixando tudo tão triste. Só que agora é diferente, essa é a vida real e ninguém vai se importar que ele morreu. Absolutamente ninguém.

Horas se passavam e o nervosismo aumentava. A felicidade de poder te encontrar também. Horas se passaram, a missa passou, a hora do enterro chegou e eu ainda não tinha te encontrado. Como assim? Você odiava tanto ele que não pode nem vir ao enterro? Pensei, desapontado.

Não conseguia acreditar que não iria poder te ver hoje. Então, fiquei até quase todo mundo ir embora, lhe esperando. Até que uma mulher toda de preto, que estava na missa, não dava para ver seu rosto direito, pois seu cabelo estava na frente.

Ela trazia consigo uma rosa murcha. Em vez de colocá-la delicadamente no túmulo, ela jogou e cuspiu no túmulo com raiva. 

"Eu odeio você! Odeio você!" gritou ela.
Eu não pude deixar de ficar surpreso,mas mais ainda quando ela se virou. Nossos olhos se encontraram e era ela, minha tia. Meu coração errou as batidas. Ela continuava linda como sempre, e meu desejo mais forte do que nunca.

"Tia!" gritei eu, com felicidade.

"Nana," disse ela, surpresa, baixinho.

Minha única reação, mais honesta que tive em toda minha vida foi ir até ela e abraçá-la. Ela se enterrou nos meus braços e começou a chorar. Eu não podia acreditar que ela estava chorando por aquele infeliz. Então, quer dizer que esses anos todos ela estava feliz com seu casamento? Por uma parte, eu estava feliz de tê-la encontrado, de estar abraçando-a, mas por outra, ver ela chorando tão desesperadamente me partia o coração.

Dois minutos confortando-a. Os dois minutos mais longos da minha vida, mais preciosos. Cada segundo que eu a abraçava, sentia sua respiração, seus batimentos cardíacos, me fazia sentir como se estivesse em um sonho acordado.

Ao escutar passos, ela rapidamente se separou de mim, dando fim àquela magia que estava sentindo em todo meu corpo.

É minha mãe que veio à minha procura, carregando consigo um guarda-chuva para mim.
— Clarice? — perguntou minha mãe, surpresa.

— Marcele!

Minha mãe derrubou o guarda-chuva, e as duas correram para se abraçar, matando a saudade que sentiam.

 Marcele - o que você está fazendo nessa chuva, irmãzinha?

Tia não fazia nada além de abraçar sua irmã mais velha com força. Parecia que ela estava com medo de se separar novamente de sua irmã.

Essa cena é emocionante. Ainda bem que está chovendo, assim ninguém percebe que também estou chorando de tanta emoção.

Marcele - o que você está fazendo parado nessa chuva?! Quer ficar gripado, menino?! Pega logo seu guarda-chuva!

Marcele — Vamos para a casa de mamãe. Ela fez o bolo que você tanto ama.

— Não! Eu não piso naquela casa! Diz minha tia com ódio.

— Você ainda está com raiva? Já faz tanto tempo.

— É porque não foi você que sofreu esse tempo todo!

— Eu sei que está sendo difícil a sua perd...
Clarice se afastou bruscamente, com ódio nos olhos.

— Eu pensei que você me entenderia — disse minha tia, decepcionada.

E sai correndo do cemitério.

— Pera aí! Aonde você está indo nessa chuva!?

Não pude ficar parado ao vê-la indo embora novamente. O pensamento de perdê-la e nunca mais vê-la me desesperou, só corri atrás dela.

— Onde você está indo, Dylan!? Você vai se perder!

Ela pode se perder, não vou deixá-la sozinha de novo. 
Ela correu e eu corri atrás dela.

Já não dava para ver minha mãe.

— Tia, pode parar! A gente já está longe.

Ela diminuiu sua velocidade até parar e se virar para mim. Seus olhos estavam vermelhos, seu rosto cansado, sua respiração pesada. Ela estava um desastre. Os ventos tão fortes a faziam tremer de frio; estava toda encharcada.

Queria poder dar meu casaco a ela, mas era inútil, eu também estava encharcado.

— Vamos para casa. Desse jeito, você vai se resfriar, tia.

— Que casa? — perguntou ela, triste.
Eu não consegui distinguir se era água da chuva ou lágrimas que deslizavam pelas suas bochechas.

— A sua.

— Eu não quero ir para lá... não agora.

— Mas desse jeito a senhora vai ficar doente.

— Hahaha. Vejo que você não mudou nada, sempre preocupado comigo.

Ela derreteu meu coração com seu sorriso repentino.

— Olha como você cresceu — disse ela, tocando meu rosto.

Se não estivesse chovendo, tenho certeza de que ela escutaria as batidas do meu coração.

— E para onde a senhora vai agora?

— Não sei, querido.

— Vamos para a minha casa. Aí você pega emprestado a roupa da minha mãe.

— Não sei, estou sem jeito de ir, tendo saído daquele jeito.

— Está tudo bem. Ela te ama. Ela não vai se perdoar se a senhora ficar doente.

— Certo, eu vou, querido.
Ah, você cresceu tanto que ouvir você me chamar de senhora me faz sentir velha. Haha. Me chame de "você" daqui em diante.

— Certo.

Velha? Você ainda tem aparência de quando eu era pequeno. Simplesmente linda.

—Vamos pegar um táxi, tia, sugeri. 

Ela concordou, balançando a cabeça. 

Pela primeira vez, vi um táxi preto, fiquei encantado. 
— Olha, tia, que legal! Um táxi preto, vamos nele. 

Ela para repentinamente, como se estivesse congelada.
— Não! Carro preto não!

— Certo... desculpa.

Clarice suspirou e disse: Desculpa, querido, não é sua culpa. Eu não gosto de carro preto.

Ela pegou meu braço e estava tremendo, não parecia ser de frio.

Wyllaine
Lane wms

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