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Namorada de Mentirinha

Panquecas?

Panquecas?

Mar 30, 2025

Era sábado de manhã, e Yamada acordou sentindo que poderia dormir mais umas dez horas. O festival da escola, o susto com Mami no hospital e toda a confusão dos últimos dias ainda estavam pesando no seu corpo.  

Ele pegou o celular e viu uma notificação.  

MAMI:
Bom dia, Namorado! 
O que acha de vir aqui em casa hoje?

Os olhos de Yamada se arregalaram.  

— Espera, o quê?!  

Ele sentou-se na cama de repente, lendo a mensagem mais uma vez para ter certeza de que não estava imaginando coisas.  

MAMI:
Meus pais não estão em casa, então podemos aproveitar pra passar um tempo juntos.

O rosto de Yamada ficou vermelho na hora.  

— O que ela quer dizer com ‘aproveitar’…?

Ele olhou para a tela, hesitante, antes de responder.  

YAMADA:
Você tem certeza disso?

A resposta veio quase que instantaneamente.  

MAMI: 
Haha, ficou nervoso?
Relaxa, só quero companhia. Vai vir ou não?

Yamada soltou um longo suspiro. Ele sentia que estava entrando em território perigoso, mas….  

YAMADA:
Tá bom. Onde você mora?

Mami enviou o endereço e um simples:
Te vejo daqui a pouco, namorado ;)

Ele olhou para a mensagem por um tempo e depois caiu deitado na cama de novo.  

— O que eu tô fazendo…?  

O caminho até a casa de Mami foi um verdadeiro teste para os nervos de Yamada. Ele nunca tinha ido à casa de uma garota antes – ainda mais sendo convidado por ela. Seu coração batia mais rápido do que ele gostaria de admitir.  

Parou em frente à porta e respirou fundo antes de tocar a campainha.  

Segundos depois, a porta se abriu, revelando Mami com um sorriso travesso.  

— Bem-vindo, namorado.  

Yamada suspirou, cruzando os braços.  

— Você não cansa disso, né?  

— De te chamar assim? — Ela inclinou a cabeça. — Nem um pouco.  

— Você realmente vai me fazer entrar?  

— Ou prefere ficar aí fora feito um bobo? — Ela abriu mais a porta.  

Ele sorriu e entrou.  

A casa era espaçosa e bem iluminada. Uma decoração simples, mas aconchegante. O cheiro doce de algo assado pairava no ar.  

— Seus pais realmente não estão?  

— Uhum. Só voltam amanhã. — Mami foi até a cozinha e se apoiou no balcão, olhando para ele. — Então, tem alguma sugestão do que podemos fazer?  

Yamada coçou a nuca, desconfortável.  

— Eu que deveria decidir? Você que me chamou.  

Ela riu.  

— Bom argumento… Ah! — Seus olhos brilharam de repente. — Vamos fazer panquecas!  

Yamada piscou, confuso.  

— Panquecas?  

— Sim! O que foi? Tá com medo de cozinhar comigo?  

— Não é isso… Eu só… não esperava isso.  

— Então é surpresa boa ou ruim?  

Ele suspirou.  

— Sei lá. Mas já que você quer tanto, vamos lá.  

— Ótimo! — Mami puxou ele pelo braço. — Vamos fazer as melhores panquecas da nossa vida!  

Yamada se viu na cozinha de Mami antes mesmo de conseguir processar tudo. Ela já estava pegando os ingredientes com animação, abrindo os armários e a geladeira.  

— Ok, precisamos de farinha, leite, ovos… e um toque especial! — Ela tirou uma barra de chocolate e sorriu para ele.  

— Chocolate?  

— Panquecas normais são chatas. Vamos fazer panquecas recheadas!  

— Você quem manda.  

— Olha só, já entendeu como funciona nosso relacionamento. — Ela riu, piscando para ele.  

Yamada suspirou, mas estava sorrindo.  

Mami começou a misturar os ingredientes enquanto ele quebrava os ovos.  

— Você cozinha bem? — Ele perguntou.  

— Hm… nem um pouco. — Ela riu.  

Yamada parou no meio do movimento

— Espera, então você não sabe fazer panquecas?  

— Tecnicamente, não. Mas tenho um ótimo assistente ao meu lado. — Ela cutucou o braço dele.  

Ele soltou um longo suspiro.  

— Isso vai dar errado…  

— Não se preocupe, namorado. Se ficarem ruins, a culpa é sua.  

— Como assim, minha culpa?! — Ele olhou incrédulo.  

Ela só riu e voltou a mexer a massa.  
Depois de misturar tudo, Yamada ligou o fogão e colocou a primeira porção da massa na frigideira.  

— Agora só temos que esperar…  

Mami olhou para ele e sorriu travessa.  

— Ei, Yamada…  

— O quê?  

Antes que ele pudesse reagir, ela passou o dedo na massa e encostou na ponta do nariz dele.  

— O quê?! Mami! — Ele recuou, limpando o rosto.  

Ela gargalhou.  

— Você fica bonitinho assim.  

— Quer saber? — Yamada pegou um pouco de farinha e jogou nela.  

— Ei! — Mami arregalou os olhos, surpresa.  

— Ops. Foi sem querer. — Ele sorriu.  

Ela pegou mais farinha e jogou nele.  

— Agora é guerra!  

Os dois começaram uma pequena batalha de farinha e massa. O chão da cozinha já estava coberto de farinha quando finalmente pararam, rindo sem fôlego.  

— Ok, ok, paz! — Mami levantou as mãos.  

— Melhor ideia que você já teve. — Yamada riu, limpando o rosto.  

No meio da bagunça, o cheiro das panquecas começou a ficar mais forte.  

— Ah! — Ele correu para virar as panquecas. Por sorte, estavam douradas e perfeitas. — Conseguimos!  

Mami se aproximou e olhou impressionada.  

— Caramba, ficaram lindas!  

— Diferente da nossa cozinha agora… — Yamada comentou, olhando ao redor.  

— Isso é um problema para o nosso eu do futuro. Agora, vamos comer!  

Os dois se sentaram à mesa, e Mami pegou um pedaço da panqueca com chocolate derretendo no meio.  

— Isso tá muito bom! — Ela exclamou, os olhos brilhando.  

Yamada sorriu.  

— Ainda bem. Não queria morrer por causa de uma receita errada.  

Mami riu e olhou para ele por um momento, mais tranquila.  

— Obrigada por vir hoje, Yamada.  

Ele piscou, surpreso.  

— Hã?  

— Foi divertido. Eu precisava disso.  

Por um momento, não havia brincadeiras ou provocações. Apenas um sorriso sincero no rosto dela.  

— Ah… de nada. — Ele desviou o olhar, envergonhado.  

O silêncio foi interrompido pelo som da porta se abrindo.  

— Mami, cheguei!  

Os olhos dela se arregalaram.  

— Mãe?! Mas ela só ia voltar amanhã!  

Yamada congelou.  

— O quê?!  

Mami agarrou a mão dele e o puxou.  

— Anda, se esconde!  

— Aonde?!  

Ela olhou ao redor rapidamente e então apontou para um armário grande na cozinha.  

— Aí dentro!  

— Você tá brincando!  

— Não temos tempo! — Ela abriu a porta do armário e praticamente empurrou Yamada lá dentro antes de fechá-la.  

Ele ficou no escuro, ouvindo o barulho da mãe de Mami entrando na cozinha.  

— Mami… por que tem farinha por toda parte?  

— Ahaha… então…  

Mami respirou fundo, tentando parecer o mais natural possível.  

— Ah, eu… estava testando uma receita nova, sabe? Só que não deu muito certo…  

Sua mãe olhou ao redor, franzindo a testa.  

— Testando uma receita nova? Você?  

— É! — Mami sorriu, tentando disfarçar. — Eu queria fazer panquecas especiais… só que fiz um pouquinho de bagunça.  

A mulher suspirou e cruzou os braços.  

— Bom, seja lá o que tenha feito, limpe tudo antes que seu pai veja.  

Mami assentiu rapidamente, sentindo seu coração quase saltar pela boca.  

— Certo, pode deixar!  

— Ótimo. — Sua mãe olhou para o relógio. — Ah, droga… esqueci um documento importante no escritório. Vou ter que voltar pra pegar.  

Mami quase suspirou de alívio, mas se segurou.  

— Nossa, que pena, mãe.  

— Não se empolgue tanto. Já volto em uns vinte minutos.  

Assim que a porta se fechou e o barulho do carro desapareceu, Mami correu até o armário e abriu a porta.  

— Yamada, pode sair!  

Ele saiu, ajeitando os ombros, visivelmente desconfortável.  

— Eu não quero nunca mais entrar num armário de novo…  

Mami riu.  

— Não foi tão ruim assim, vai.  

— Pra você que não ficou lá dentro! — Ele bufou, mas logo riu junto com ela.  

Os dois foram até a porta da frente.  

— Então… acho que é melhor eu ir agora. Antes que seus pais realmente me encontrem.  

Mami sorriu, encostando-se à porta.  

— É, acho que sim. Mas foi divertido, né?  

Yamada assentiu.  

— Foi.  

Por um momento, nenhum dos dois disse nada. Só ficaram ali, olhando um para o outro.  

— Ei, Yamada…  

— Hm?  

Ela hesitou, mas depois sorriu suavemente.  

— Da próxima vez, vamos fazer algo ainda melhor do que panquecas, tá?  

Ele piscou, surpreso, mas logo sorriu também.  

— Combinado.  

Ela então se inclinou e deu um beijo rápido na bochecha dele.  

Yamada congelou. Seu rosto pegou fogo.  

— M-Mami?!  

Ela riu baixinho.  

— Tchau, namorado.  

Ele ainda estava parado, sem reação, quando a porta se fechou.  

No caminho de casa, Yamada tocou a bochecha, sentindo o calor ali.  

— Eu… — Ele murmurou, baixinho. — Eu te amo.  

Na casa de Mami, encostada na porta, ela fechou os olhos e sorriu.  

— Eu te amo Yamada.  

E assim, sem que um soubesse do outro, os dois compartilharam o mesmo sentimento.  
Eyhwaaa
Eyhwa

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Akuma
Akuma

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aaaaaaaaaaaaawwwwwwwwwwnnnnnnnn caramba, oh desfecho bom demais de ep kk
agradeço novamente viu, eita paradinha do caramba viu kkkk
nunca achei que ia me divertir lendo nesse estilo, digo webonovel ;v

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