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Namorada de Mentirinha

Enquanto a Cidade dorme

Enquanto a Cidade dorme

Apr 01, 2025

O relógio marcava 1h42 da manhã quando o celular de Yamada vibrou ao lado de sua cama. Ele abriu os olhos devagar, ainda meio grogue de sono, e tateou a mesa de cabeceira para pegar o aparelho.  

MAMI:  
Yamada, você tá acordado?  

Ele franziu a testa, estranhando a mensagem.  

YAMADA:  
Agora tô. Aconteceu alguma coisa?  

A resposta veio rápido.  

MAMI:  
Perdi o último trem. Tô presa na praça.  

Yamada piscou algumas vezes, o sono sumindo aos poucos. Encontrar Mami a essa hora? Ela estava falando sério?  

YAMADA:  
Agora? Tá maluca?  

MAMI:  
Talvez um pouquinho. Mas eu quero te ver.  

Yamada sentiu o rosto esquentar. Ele olhou para o teto por um instante, ponderando. Estava frio lá fora, e ele provavelmente levaria um sermão se alguém descobrisse que saiu no meio da madrugada só porque uma garota o chamou.  

Mas essa garota era Mami.  

E ela precisava dele.  

Soltando um suspiro, Yamada se levantou, pegou um casaco e saiu de fininho de casa, tomando o máximo de cuidado para não acordar ninguém.  

Mami esfregou as mãos contra os braços para espantar o frio enquanto olhava para a rua quase deserta. As luzes dos postes lançavam sombras longas no chão, e o vento noturno fazia suas mechas castanhas balançarem suavemente.  

Ela olhou para o celular novamente, ansiosa.  

"Será que ele vem mesmo?" pensou.  

Antes que pudesse se questionar mais, ouviu passos se aproximando. Quando ergueu o olhar, viu Yamada caminhando na direção dela, o capuz do casaco puxado sobre a cabeça e as mãos enterradas nos bolsos.  

Mami sorriu travessa.  

— Você veio mesmo, namorado.  

Yamada suspirou, ajustando os óculos.  

— Não me chama assim a essa hora da noite…  

Ela riu e deu um passo para mais perto dele.  

— Você tá com sono?  

— Não mais. Mas amanhã eu vou estar, Vamos para hokkaido lembra?

Mami cruzou os braços e inclinou a cabeça.  

— Então por que veio?  

Yamada desviou o olhar, coçando a nuca.  

— Você me pediu.  

Ela piscou algumas vezes e depois sorriu suavemente.  

— Hmm… Você é mais fofo do que parece, sabia?  

— Dá pra parar?  

Ela apenas riu e segurou o braço dele de repente.  

— Já que estamos aqui, vamos dar uma volta.  

Eles começaram a andar pela praça, ouvindo apenas o barulho do vento e de suas próprias pegadas no chão de pedra. Depois de alguns minutos em silêncio, Mami falou:  

— Eu gosto da madrugada.  

— É mesmo?  

— Uhum. Tudo é mais calmo, sabe? Dá pra pensar melhor.  

Yamada olhou para ela de relance.  

— Tá pensando em quê?  

Mami sorriu.  

— No meu namorado.  

Ele suspirou.  

— Você nunca cansa disso?  

— Nunca. — Ela riu e apertou levemente o braço dele. — Mas sério, eu só… não queria ficar sozinha hoje.  

Yamada ficou em silêncio por um momento, sentindo a sinceridade na voz dela.  

— Foi por isso que me chamou?  

Mami assentiu, desviando o olhar.  

— Desculpa por te incomodar tão tarde.  

Ele balançou a cabeça.  

— Não me incomodou.  

Ela olhou para ele e sorriu de leve.  

— Então quer dizer que você gosta da minha companhia?  

Yamada bufou, empurrando os óculos pelo nariz.  

— Acho que sim.  

Antes que Mami pudesse responder, um barulho chamou sua atenção. O ronco distante de um motor.  

— Espera… — Yamada disse, franzindo a testa. — Isso é…  

Mami arregalou os olhos quando viu as luzes azuis refletindo nos prédios.  

— É um carro da polícia!  

Os dois se entreolharam e, num impulso sincronizado, correram para trás de uma banca de jornal fechada. Yamada mal teve tempo de reclamar quando Mami praticamente se jogou contra ele, encostando-se ao seu peito enquanto ambos tentavam se esconder.  

O carro passou devagar pela rua, os faróis iluminando o chão. Por um instante, o coração de Yamada disparou com a possibilidade de serem pegos.  

Mami segurou a respiração, apertando os olhos. Mas então…  

O veículo apenas seguiu em frente, virando a esquina sem nem ao menos desacelerar.  

Os dois soltaram um suspiro de alívio ao mesmo tempo.  

— Quase… — murmurou Yamada.  

Foi então que ele percebeu a proximidade. O rosto de Mami estava perigosamente perto do seu, os olhos dela brilhando à luz fraca da madrugada.  

Ela piscou lentamente e depois sorriu.  

— Ei, namorado… Seu coração tá batendo rápido.  

— Porque a gente quase foi pego! — Ele rebateu, tentando se afastar, mas ela não deixou.  

— Aham… Sei.  

Mami começou a rir, e Yamada suspirou, ajeitando os óculos.  

— Você se diverte me irritando, né?  

— Muito!  

Eles ficaram sentados ali por mais alguns minutos, até que Mami bocejou baixinho.  

— Acho que agora o sono tá vindo.  

— Que ótimo. Então você pode voltar pra casa e me deixar dormir também.  

— Frio, Yamada, frio.  

Os dois continuaram conversando até que o céu começou a clarear. A cidade acordava devagar, e o primeiro trem da manhã logo passaria.  

Mami se espreguiçou e olhou para ele.  

— Obrigada por ficar comigo.  

Yamada suspirou, mas esboçou um pequeno sorriso.  

— Só se apresse antes que eu mude de ideia e vá embora sem você.  

Ela riu e segurou o braço dele, puxando-o para a estação.  

— Vamos, namorado! O trem está me esperando!

Ele suspirou, mas logo começou a andar ao lado dela novamente. Os dois seguiram pelo caminho tranquilo, as folhas secas no chão estalando sob seus passos. O vento frio balançava os cabelos de Mami, e ela se apertou mais dentro do casaco.  

— Você vai conseguir ir para Hokkaido? — Yamada perguntou, quebrando o silêncio.  

— Hmm… — Ela fingiu pensar. — Acho que sim.  

Ele arqueou a sobrancelha.  

— Não vai pra Hokkaido só porque ficou acordada até tarde?  

— Bom, eu tenho uma boa desculpa. Meu namorado me fez perder o ultimo trem da noite…  

Yamada revirou os olhos.  

— Foi você quem perdeu por conta propria.  

— Detalhes…  

Ela riu, mas bocejou logo em seguida. Yamada percebeu e soltou um pequeno sorriso.  

— Você não deveria ter perdido o trem.  

— E perder a chance de ver você no meio da noite, todo misterioso com esse casaco? Nem pensar.  

Ele balançou a cabeça, mas não respondeu.  

O caminho até o metro estava tranquilo, e, quando faltava pouco para chegarem, Yamada reduziu o passo de propósito. Ele olhou para o lado e viu Mami distraída, esfregando os braços para se aquecer.  

— Ei.  

Ela ergueu o olhar.  

— O quê?  

Ele fez uma pausa e então sorriu de canto.  

— Você é bem fofa quando tá sonolenta.  

Mami parou de andar no mesmo instante.  

— O- O quê?  

Seu rosto ficou vermelho em questão de segundos. Ela olhou para ele com os olhos arregalados, como se não acreditasse no que tinha acabado de ouvir.  

— V-Você disse que eu sou… fofa?  

Yamada deu de ombros, fingindo indiferença.  

— É, e daí?  

— Você nunca fala essas coisas!  

— Não posso elogiar minha namorada?  

Mami escondeu o rosto com as mãos, ainda mais vermelha.  

— T-Tá me provocando, né?!  

Yamada riu baixinho.  

— Talvez um pouquinho.  

Ela bufou, ainda sem coragem de encará-lo.  

— Isso é golpe baixo…  

Ele apenas continuou andando.  

— Vem logo, você disse que tava com sono.  

Mami o seguiu, ainda se sentindo quente demais por dentro.  

Ao chegarem em frente ao metro, ela parou e respirou fundo, tentando recuperar a compostura.  

— B-Bom dia, Yamada.  

Ele ajeitou os óculos, mantendo a expressão neutra.  

— Bom dia.  

Antes que ela pudesse reagir, ele estendeu a mão e bagunçou os cabelos dela de leve.  

Mami ficou imóvel, sentindo o rosto arder ainda mais.  

— D-Dá pra parar?!  

— Só retribuindo todo o seu drama.  

Ela fez um biquinho emburrado e cruzou os braços.  

— Você vai ver namorado…  

— Vou mesmo. — Ele sorriu, girando nos calcanhares.

Mami ficou observando enquanto ele se afastava pela rua.  

Ela tocou os cabelos e fechou os olhos, sentindo o coração batendo rápido demais.  

"Esse idiota..."  

O despertador tocou as 13h30 Yamada apertou os olhos e estendeu a mão para silenciar o som irritante. e o frio que estava o fez hesitar antes de sair da cama.  

Com um suspiro pesado, ele se levantou e foi até o banheiro, jogando um pouco de água no rosto para despertar de vez. O espelho refletia seus cabelos bagunçados e sua expressão sonolenta.  

"Isso é culpa da Mami", pensou, ajeitando os óculos no rosto.  

Depois de um banho rápido, vestiu o uniforme e pegou um casaco grosso, colocando por cima. Hokkaido era ainda mais frio do que ali, então se preparou bem: um cachecol escuro enrolado no pescoço, luvas no bolso e uma mochila com algumas coisas que talvez precisasse na excursão.  

Ao descer para a cozinha, encontrou sua irmã.  

— Você parece cansado — ela comentou, entregando-lhe uma caneca de chá quente.  

Yamada pegou a caneca e deu um gole antes de responder:  

— Dormi tarde.  

Ela arqueou a sobrancelha, mas não perguntou mais nada.  

Depois de almoçar, ele pegou a mochila e saiu de casa. O ar ainda frio o fez apertar mais o cachecol contra o rosto enquanto caminhava até a estação de metrô, onde os alunos estavam combinando de se encontrar antes da viagem.  

O lugar estava movimentado para o horário. Alguns estudantes já esperavam no ponto de encontro, conversando animadamente sobre a excursão.  

Yamada olhou ao redor, procurando por uma certa pessoa.  

E então a viu.  

Mami estava encostada em uma das colunas da estação, vestindo um casaco grosso e um cachecol claro enrolado no pescoço. Os cabelos castanhos estavam soltos, balançando levemente com o vento gelado. Quando notou Yamada se aproximando, um sorriso brincalhão surgiu em seus lábios.  

— Oi, namorado!
Eyhwaaa
Eyhwa

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atsushitkj67
atsushitkj67

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Falei que leria tudo,agora só me resta aguardar os novos capítulos;3

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