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Namorada de Mentirinha

Bem vindos a Hokkaido!

Bem vindos a Hokkaido!

Apr 03, 2025

Yamada piscou algumas vezes ao ouvir aquela saudação.  

— Oi… — respondeu baixinho, puxando o cachecol um pouco mais para esconder o rosto.  

Mami sorriu e se inclinou um pouco para observá-lo melhor.  

— Você tá com uma cara de quem acabou de acordar.  

— Porque eu acabei.  

Ela riu, pegando uma mecha do próprio cabelo e enrolando nos dedos.  

— Você devia ter dormido mais.  

Yamada suspirou, ajeitando os óculos.  

— Não deu…  

— Hmm… E de quem é a culpa?  

Ele não respondeu, apenas desviou o olhar, enfiando as mãos nos bolsos.  

Mami se aproximou um pouco mais, inclinando a cabeça para olhar dentro dos olhos dele.  

— Tá bravo comigo?  

Ele hesitou.  

— … Não.  

Ela sorriu satisfeita.  

— Que bom. Porque eu queria te agradecer por ontem.  

— Agradecer…?  

Mami assentiu, e, antes que ele pudesse reagir, segurou de leve a manga do casaco dele.  

— Fecha os olhos.  

Yamada piscou.  

— O quê?  

— Fecha.  

Ele a olhou com desconfiança, mas, por algum motivo, obedeceu.  

Foi então que sentiu um toque quente e suave em seus lábios.  

Seu corpo ficou rígido no mesmo instante. O tempo pareceu parar. O coração disparou no peito.  

Foi um beijo rápido, quase como um sopro de vento.  

Quando ele abriu os olhos, Mami estava ali, com as bochechas vermelhas, apertando os dedos na manga do casaco dele.  

— E-Eu só… queria fazer isso antes da viagem.  

Yamada abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu. Seu cérebro ainda tentava processar o que havia acabado de acontecer.  

Mami mordeu o lábio e desviou o olhar.  

— … D-Desculpa, se foi estranho…  

Ele balançou a cabeça depressa.  

— N-Não foi.  

Ela ergueu os olhos para ele, surpresa.  

— Sério?  

Ele evitou o olhar dela e puxou o cachecol mais para cima, tentando esconder o rosto quente.  

— … Uhum.  

Mami o observou por um momento e, de repente, começou a rir baixinho.  

— O que foi? — Yamada perguntou, confuso.  

— Você tá vermelho.  

Ele virou de costas.  

— Para com isso.  

Mami continuou rindo, mas logo segurou a mão dele de leve.  

— Vamos, namorado. O trem já vai sair.  

Yamada continuou parado por um instante, sentindo o calor persistente no rosto. Ele olhou para Mami, que agora tinha um sorrisinho travesso nos lábios.  

— O que foi? — ele perguntou, desconfiado.  

— Nada… — ela balançou a cabeça, mas seus olhos brilhavam de diversão. — Só estava pensando que você é fofo quando fica sem reação.  

— Para com isso…  

Mami riu e deu um leve puxão na mão dele.  

— Vamos logo antes que eu tenha que te carregar pro trem.  

— Como se você conseguisse.  

— Hmm… Talvez não fisicamente, mas eu tenho meus truques.  

Yamada a olhou de canto, desconfiado, enquanto caminhavam juntos para a plataforma.  

— Que truques?  

Mami sorriu e inclinou-se ligeiramente para perto dele.  

— Ah, você sabe…  

— …Não, eu não sei.  

Ela mordeu o lábio, segurando uma risada, e sussurrou:  

— Beijos.  

Yamada tropeçou no próprio pé.  

— P-Para de falar essas coisas do nada!  

Mami caiu na gargalhada.  

— Você devia ver a sua cara!  

Ele puxou o cachecol ainda mais para esconder a expressão emburrada.  

— Você se diverte demais me provocando.  

— E você me dá motivos!  

Ela se inclinou mais uma vez, chegando perto do ouvido dele.  

— Aposto que você tá pensando no beijo até agora…  

Ele deu um passo para trás tão rápido que quase esbarrou em outro aluno.  

— M-Mami!  

Ela gargalhou, satisfeita.  

— Não precisa ficar tão nervoso, namorado. Eu só estou sendo sincera.  

Yamada suspirou e passou a mão no rosto.  

— Eu vou entrar no trem.  

— Eu também! Vou me sentar do seu lado.  

Ele olhou para ela, alarmado.  

— O quê?!  

— Ué, por que essa cara? Eu sou sua namorada, lembra?  

Yamada não respondeu, apenas se virou e entrou no trem. Mami o seguiu..

Assim que entraram no trem, os dois procuraram um lugar para se sentar. A maioria dos alunos já tinha ocupado os bancos, conversando animadamente sobre a viagem.  

Yamada encontrou um assento próximo à janela e sentou-se, soltando um suspiro enquanto tentava recuperar a compostura. Seu coração ainda batia rápido, e ele sentia o rosto quente.  

Antes que pudesse relaxar, Mami deslizou para o banco ao lado dele com um sorriso satisfeito.  

— Que sorte, sobrou um lugar bem aqui.  

Ele desviou o olhar para a janela.  

— Você ia sentar aqui de qualquer jeito…  

— Claro que ia! Você acha que eu perderia a chance de ficar colada no meu namorado durante toda a viagem?  

Yamada enfiou as mãos nos bolsos e murmurou:  

— Você realmente não cansa disso…  

Mami riu e apoiou o queixo na mão, observando-o de perto.  

— Você tá nervoso, Yamada?  

— Não.  

— Tem certeza? Seu pescoço tá vermelho.  

Ele puxou o cachecol para cima de novo, tentando esconder.  

— É só o frio.  

— Uhum… Sei.  

Ela riu baixinho e se ajeitou no assento, cruzando as pernas. O trem começou a se mover, e os alunos vibraram com a partida. Mami olhou para a paisagem que começava a se deslocar do lado de fora e depois voltou sua atenção para Yamada.  

— Ei, namorado…  

— O que foi agora?  

Ela inclinou-se ligeiramente, sorrindo.  

— Quer dormir no meu ombro?  

Ele a olhou com expressão indecifrável.  

— …O quê?  

— Você disse que dormiu pouco. Eu deixo você usar meu ombro de travesseiro.  

— Não precisa.  

— Ah, qual é, eu não mordo.  

— Morde com palavras.  

Ela caiu na risada.  

— Justo. Mas eu juro que vou me comportar… talvez.  

Yamada suspirou, mas a verdade era que ele estava cansado. E o assento era desconfortável para dormir. Depois de um momento de hesitação, ele murmurou:  

— …Tá bom.  

Antes que pudesse mudar de ideia, Mami se aproximou e puxou gentilmente sua cabeça, apoiando-a em seu ombro.  

— Viu? Não é tão ruim.  

Yamada não respondeu. Ele sentia o cheiro suave do perfume dela, e isso só o deixava mais nervoso. Mas o calor do corpo dela era confortável, e, pouco a pouco, seu corpo relaxou.  

Mami sorriu, satisfeita.  

— Durma bem, namorado.  

Ele não respondeu, mas, antes de fechar os olhos, sentiu a leve pressão dos dedos dela brincando com uma mecha de seu cabelo.  

Yamada suspirou baixinho.  

"Ela realmente não cansa disso…"  

Yamada não sabia ao certo quanto tempo havia dormido. Só percebeu que tinha apagado completamente quando sentiu algo cutucando sua bochecha.  

— Ei, dorminhoco… acorda.  

Ele franziu a testa e resmungou, tentando ignorar a voz suave que o chamava.  

— Mais cinco minutos…  

Mami riu baixinho.  

— A gente já chegou, bobo.  

Ele abriu os olhos lentamente, piscando algumas vezes enquanto tentava se situar. O trem estava parado, e os outros alunos já começavam a pegar suas malas e se preparar para desembarcar.  

Yamada se endireitou no assento, sentindo o pescoço um pouco rígido por ter dormido naquela posição. Ele levou a mão até o próprio rosto, esfregando os olhos.  

— Que horas são…?  

— Hora de descer. — Mami sorriu, inclinando-se para mais perto. — Dormiu bem?  

Ele hesitou.  

— …Sim.  

— Você ficou tão fofinho dormindo. Eu quase tirei uma foto.  

Yamada arregalou os olhos e se virou para ela, alarmado.  

— O quê?!  

Mami soltou uma risada travessa.  

— Mas eu não tirei… dessa vez.  

Ele suspirou, aliviado.  

— Você é impossível.  

Ela deu de ombros, divertida.  

— Eu só queria guardar uma lembrança do meu namorado dormindo no meu ombro.  

Yamada desviou o olhar, puxando o cachecol para cima como sempre fazia quando estava envergonhado.  

— Vamos logo antes que fiquemos para trás.  

Mami se levantou e pegou a própria mochila.  

— Sim, senhor!  

Os dois seguiram os outros alunos até a saída do trem. Assim que pisaram na plataforma, Yamada sentiu um vento gelado cortar seu rosto, e ele se encolheu instintivamente.  

Mami olhou para ele e sorriu.  

— Tá com frio?  

— Tá bem mais gelado do que eu esperava…  

Ela, então, sem hesitar, segurou sua mão de leve e entrelaçou seus dedos nos dele.  

— Assim fica mais quentinho.  

Yamada arregalou os olhos e tentou puxar a mão, mas ela segurou firme.  

— M-Mami…!  

— Ah, qual é, namorado. Eu sei que você gosta.  

Ele desistiu de resistir. O rosto ainda queimava de vergonha, mas, por algum motivo, o frio parecia incomodar menos.  

Mami apertou levemente sua mão e sorriu.  

— Bem-vindo a Hokkaido, namorado!

E com isso, os dois seguiram juntos para fora da estação.
Eyhwaaa
Eyhwa

Creator

Comments (6)

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Sr. Maltines
Sr. Maltines

Top comment

Oi, Eyhwa, acabei de terminar de ler todos os capítulos até agora. Tenho gostado bastante da história; as situações são engraçadas, o ritmo é divertido, e a vibe é muito gostosinha. Por favor, não desista do projeto, gostaria de acompanhar até o final.

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