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Segredos de Suspensyst

O peso do futuro, parte 2

O peso do futuro, parte 2

Jun 12, 2025

Shen, representante do território de Dinger junto com Anastasia, tem quatrocentos e noventa e seis anos. É um dos membros mais experientes no combate a monstros de Rank A a S e em incursões por Dungeons. Apesar de ser o mais preguiçoso e desinteressado, sempre cumpre suas ordens com precisão e jamais abre espaço para falhas.

Seus cabelos são acinzentados, puxando para o tom escuro, presos em um rabo de cavalo. Possui uma mecha marrom próxima à orelha direita, ao lado da qual brilha uma marca em forma de meia-lua com uma estrela ao centro. Acima da pálpebra esquerda, carrega uma tatuagem em formato de X, um curativo na bochecha e uma cicatriz marcante no lado direito do rosto. Seus olhos têm tom azul-claro, com íris formadas por dois círculos escuros afastados entre si, e a pupila centralizada.

Usa um brinco com uma cruz pendente na orelha esquerda e um colar com o mesmo símbolo. Veste uma capa com capuz verde, usada para camuflagem, uma mini jaqueta verde-ciano com bordas em marrom desbotado, e por baixo, uma blusa translúcida com listras escuras e desenhos de triângulos conectados. Usa pulseiras com espinhos metálicos nas laterais, um cinto de corrente na cintura, um suspensório marrom desbotado, calças cinzentas e tênis altos que quase alcançam os joelhos.

— Podemos, por favor, focar no mais importante agora? — questionou Rosemary, franzindo o cenho com impaciência.

Rosemary é uma jovem elfa representante do território de Sscha. Com apenas cento e dezenove anos, é a mais nova — e também a mais inexperiente — membra do conselho, sendo frequentemente ignorada.

Seu rosto é coberto por sardas. Sua íris é de um amarelo alaranjado, e a pupila, verde, tem uma tonalidade muito clara. Seus cabelos têm tonalidades de marrom-avermelhado no topo e nas pontas, além de uma mecha frontal da mesma cor dos olhos; nas partes centrais, os fios são de um verde esbranquiçado.

Usa duas pulseiras no braço direito — uma verde e outra vermelha — e um prendedor floral. Veste uma camiseta amarela, um pequeno casaco verde, uma saia em tom marrom com detalhes alaranjados e sapatilhas da mesma cor.

— Dividi elfos de patrulha para todos os cantos dos territórios. Eles estão investigando o problema — informou, tentando apaziguar os ânimos.

— Da mesma forma que mandou os cientistas investigarem o monstro — murmurou Terrra, de braços cruzados, desviando o olhar.

— Tem alguma coisa para me dizer? — questionou Hambar, mudando completamente o tom de voz e fazendo a sala pesar.

— Só pensando alto... Embora eu tenha certeza de que todos aqui pensam o mesmo — provocou Terrra.

— Terrra, não começa com isso. Não faz nem dois dias, e o enterro ainda nem... — Shen interrompeu-se ao ver Hambar caminhando em direção ao outro conselheiro. Os olhos de todos o acompanharam, atentos à tensão que aumentava.

— Owlette, eu acho que... — tentou alertar Rosemary, mas foi interrompida por um gesto de silêncio da conselheira.

— Hambar, só por ser o mais velho aqui, acha que tenho medo de você? — questionou Terrra, levantando-se enquanto liberava sua sede de sangue.

— Não é medo que você deve ter, e sim respeito. Não se esqueça de quem é o líder e dono deste reino — alertou Hambar.

— Todos aqui evitam esse assunto, mas você não está em condições de dar ordens a ninguém — muito menos comandar esse seu reino. Pessoas morreram por nada, por sua culpa. Tem noção disso!? — explodiu Terrra.

— Queria que eu tivesse uma bola de cristal, por acaso? Não havia como saber que aquele monstro ainda estava vivo.

— E mesmo assim, você permitiu que ele atravessasse o selo, o que causou a morte de vários cientistas — que ainda estão sendo removidos daquele laboratório, ou do que sobrou dele. Eu adoraria saber o que se passou na sua cabeça para tomar uma decisão dessas.

— Não devo satisfação nenhuma para você, Terrra. Já estou arcando com as consequências diante da população e dos familiares das vítimas. Não preciso de alguém que ainda nem tem pelos nas bolas agindo como dono da razão. Você faz parte do conselho, mas não é dono de nada.

Um silêncio cortante tomou conta da sala. Ambos permaneceram com os olhos fixos um no outro, até que, finalmente, um dos membros decidiu intervir para acalmar os ânimos.

— Você separou os elfos para investigar ambos os problemas, não é, Hambar? — perguntou Anastasia, posicionando-se entre os dois, sem demonstrar o menor traço de medo.

— Sim... — respondeu ele, ainda com o olhar fixo em Terrra.

— Então acho que já tivemos conversa suficiente por hoje. Devemos todos retornar aos nossos territórios, não acha? — disse ela, enquanto seus olhos esverdeados ganhavam um brilho incomum ao encarar Terrra.

— Sim... — respondeu ele, afastando-se dos dois. — Vamos voltar para casa, Willow — falou, recebendo apenas um aceno em resposta, enquanto seu parceiro se levantava da cadeira.

— Espero que, desta vez, realmente faça algo a respeito, e não continue arranjando desculpas, Hambar. Problemas não se resolvem sozinhos, e há consequências para quem permanece no poder fingindo ignorância diante do povo. Lembre-se disso — sussurrou Anastasia ao passar por ele, indo embora ao lado de Shen.

— Reconsidere, Hambar. Todos andam muito estressados com tudo que tem acontecido — disse Owlette ao passar por ele junto de Rosemary.

— Você também acha isso? — perguntou ele, de costas para ela, com o olhar fixo na mesa do conselho.

— Como? — perguntou ela, virando-se para o velho. Seus óculos brilharam com o reflexo da luz.

— Acha que devo ser removido do conselho? — questionou, virando-se lentamente em direção à moça. — Que devo passar a tocha adiante?

— Hambar, que conversa é essa? — indagou Annabeth, levantando-se de sua cadeira, surpresa.

— Eu não sei, Hambar. É você quem deve decidir o que fazer. Afinal, quem carregará o fardo das trinta e oito mortes que ocorreram no laboratório será unicamente você — disse Owlette, virando-se e partindo com Rosemary.

— Não dê ouvidos a isso, Hambar. Todos cometem erros — tentou consolá-lo Annabeth.

— E o meu custou a vida de cientistas valiosos para o progresso do reino... — respondeu ele, a voz carregada de frustração.

— Como você mesmo disse, não podemos prever o futuro — disse ela, colocando a mão em seu ombro.

— Acho que está na hora de encontrarmos alguém mais apto para isso, não acha? — disse ele, retirando delicadamente a mão dela de seu ombro.

— Vai mesmo dar ouvidos a um covarde como o Terrra? — perguntou Annabeth, inconformada, com o cenho franzido.

— De certa forma, ele está certo. Ter salvado a todos... Não, ter salvado a maioria durante a grande guerra não é justificativa que se deva usar para tudo — respondeu, segurando a mão dela com firmeza. — Deixo em suas mãos encontrar alguém tão apto quanto você para assumir o comando do território de Scolli.

— Ainda não acredito que está falando sério...

— Em algum momento essa ficha vai cair para você — disse, deixando escapar um sorriso leve antes de se virar para a saída.

Prestes a abrir a porta, foi surpreendido por Bonsai, que a escancarou primeiro, claramente agitado e nervoso.

— Bonsai? Aconteceu alguma coisa? — perguntou, alarmado.

— M-meu senhor, Eurus trouxe uma criança humana para a vila! Está uma confusão no centro, o povo está se exaltando! Precisa intervir antes que tomem medidas precipitadas! — exclamou Miss Bonsai, sem conseguir esconder a tensão.

— Uma... criança humana?

×

O centro de Scolli, principal área comercial da vila e onde se concentra a maior renda da população, agora estava tomado por uma multidão de elfos, todos tentando entender o que estava acontecendo. Eurus, o temido e imponente guardião da floresta, encontrava-se ali, segurando pelo braço uma criança humana visivelmente assustada.

— M-mas o que está acontecendo aqui!? — exclamou um dos elfos, em choque. — O que essa criança está fazendo aqui!? Leve-o para fora! — ordenou, recebendo o apoio imediato dos demais.

— Não queremos essa raça por aqui! Leve-o embora, essa peste maldita! Uma praga que se espalha cada vez mais pelo mundo! — gritou outro, atirando uma pedra de tamanho considerável em direção ao menino.

Entretanto, antes que pudesse atingir a criança, Eurus desviou a pedra com uma rajada de vento, fazendo com que ela ricocheteasse direto na cabeça do elfo que a havia lançado.

— Tragam-me Hambar! — sua voz, profunda e ameaçadora, ecoou no local, mergulhando todos em um silêncio de puro medo.

— O que você quer comigo, Eurus? — perguntou Hambar, surgindo da multidão, acompanhado por Bonsai e Annabeth.

O guardião não respondeu. Apenas lançou a criança com brutalidade em sua direção. Antes que o impacto ocorresse, Bonsai invocou raízes do concreto, envolvendo o garoto e impedindo que ele se ferisse.

— O que significa isso, Eurus? — questionou Hambar, observando o rosto assustado do menino preso entre as raízes.

— Essa criança, ao que tudo indica, teve sua vila destruída por monstros. Todos foram mortos, e ele é o único sobrevivente.

— E o que nossa vila tem a ver com isso!? Mande-o embora! — gritou outro elfo, acompanhado de gritos de aprovação.

— Uma vila destruída por monstros? Mas não há registros dessas criaturas nesta região há décadas... — murmurou perplexo.

— Ele deve saber algo sobre a criatura responsável pelo massacre de dois dias atrás. Interrogue-o.

— Você não o trouxe até mim apenas por isso. O que há com esse garoto que te fez atravessar o território élfico para trazê-lo até aqui? — perguntou, já desconfiando das reais intenções.

— Bem... — Eurus murmurou, erguendo a mão direita. Com um gesto, fez tanto o garoto quanto Hambar levitarem, subindo até a altura das nuvens, onde poderiam conversar sem serem ouvidos.

— Acho que ele pode ser útil para descobrirmos o motivo da escassez de água no vilarejo.

— Como tem tanta certeza? — indagou Hambar, com desconfiança evidente no olhar.

— Digamos que não foi fácil capturá-lo — respondeu, revelando um corte não muito profundo na cintura, escondido pela calça.

— Está querendo dizer que essa criança conseguiu te ferir?

— Eu estava com a guarda baixa, mas ainda assim... Uma criança causar isso? Não é algo comum.

— Foi apenas sorte. Solte-o, desfaça os selos e mande-o embora.

— Therris, Ami e até mesmo Bonsai estão preocupados com a possibilidade de você deixar o conselho, sabia? — confrontou-o Eurus. — Já havia rumores sobre isso, mas o massacre no laboratório há dois dias só confirmou nossas suspeitas. Você não tem mais controle, não sabe mais liderar. Essa pode ser sua chance de se redimir. Não apagará o que aconteceu, mas mostrará à população que ainda tem juízo.

— Ainda não entendi onde esse garoto entra nisso tudo — disse Hambar, fitando-o.

— May teve uma visão. Isso já faz alguns meses. E tudo aconteceu exatamente como ela disse.

— A visionária de núcleo branco que vive na parte mais pobre do vilarejo?

— Sim. Ela previu que enfrentaríamos problemas graves, inclusive perdas irreparáveis. Mas também haveriam presentes. E esse garoto... ele é um deles. Encontrará a origem da falta d’água, mas precisa ser treinado por alguém que domine a arte da espada. Estou encarregando você dessa missão — declarou, levitando o menino até Hambar. — Se for paciente e não agir com teimosia, colherá bons frutos. Invista nele.

— E onde deveria deixá-lo até tomar essa decisão? — questionou, lembrando-se de algo. — Agora que falou nisso... e quanto ao garoto que encontramos há cinco dias, que está sendo mantido prisioneiro? Ele não poderia servir para essa missão?

— Apenas essa criança. Foi o que May viu. Ele trará de volta a paz territorial entre os povos.

— Por mais que diga isso, sei que há algo acontecendo por baixo dos panos... algo envolvendo Terrra — disse, notando o leve recuo de Eurus. — Eu não sou tão idiota quanto pareço, Eurus. Eu sei que algo está para acontecer.

— Mesmo assim, você sabe que as visões de May nunca erram. São precisas e certeiras.

— Como ele te atingiu? — perguntou com seriedade e um toque de curiosidade.

— Por um momento, ele conseguiu ocultar sua presença. Sacou um galho com espinhos e tentou me ferir para fugir. Quase conseguiu.

— Ocultou a presença? Esse garoto? — perguntou, segurando-o pela gola.

— Se consegue fazer isso tão jovem, imagine o quão longe pode chegar. Foi por isso que o trouxe até você.

— Interessante. Ainda tenho minhas dúvidas, mas irei pensar no caso. Não é uma decisão que posso tomar sozinho.

— Sei que planeja convocar o conselho. Mas você já sabe qual será a resposta deles, não é? Na visão deles, já há híbridos demais em nossos territórios.

— Sim, você tem razão — respondeu, soltando o garoto. — Mas você fez questão de que todos soubessem da existência dessa criança.

— Invente qualquer desculpa. Diga que vai executá-lo ou levá-lo embora. Apenas ensine-o a lutar. A previsão precisa se cumprir ainda este ano. Se conseguirá ou não, depende de você — disse, lançando-se de volta à floresta com a ajuda do vento, enquanto Hambar e a criança desciam lentamente ao chão.

‘Me colocando em maus lençóis, não é, May...?’.

— Bonsai, leve essa criança para minha casa. E não permita que encostem nem um dedo nele — ordenou.

— O quê!? Pelo visto, você enlouqueceu de vez! Como pode permitir que um parasita como esse entre em nosso território!? — gritou um elfo, indignado.

— Senhor... — murmurou Bonsai, relutante, prendendo o garoto em suas costas com uma prisão feita de raízes poderosas.

— Cuidarei dessa gente depois. Agora, preciso resolver outro assunto urgente. Vá — ordenou mais uma vez, virando-se e deixando Bonsai partir em disparada com o garoto.

‘De qualquer forma, não posso simplesmente obedecer como um cachorrinho. Há mais nisso... e eu sei disso’.


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