Prólogo: O Aviso

O sol se punha sobre o Rabisco, tingindo o céu de tons alaranjados e roxos. Mas ninguém tinha tempo para apreciar o pôr do sol hoje.

Neo e Kit corriam pelas ruas, seus rostos marcados por uma urgência mortal. Eles precisavam avisar os outros. Giygas estava voltando.

E se havia uma coisa que a última batalha tinha ensinado a eles, era que ninguém sobrevivia a Giygas sozinho.

Cena 1: A Reunião dos Heróis

Ron estava em seu escritório, revisando documentos da presidência do Rabisco, quando a porta foi arrombada por um chute certeiro de Kit.

— TÁ TODO MUNDO FUDIDO! — Kit anunciou, como se estivesse dando os bons-dias.

Prismy, que estava tomando chá com o Cadeirante no sofá, quase cuspiu a bebida.

— Que foi agora?! — Ron perguntou, erguendo a máscara dourada que agora usava como um pingente.

Neo entrou logo atrás de Kit, sua Keyblade atualizada já pulsando em sua mão, as engrenagens cósmicas girando lentamente.

— Giygas está voltando.

O silêncio que se seguiu foi mais pesado do que qualquer palavra.

O Cadeirante, que até então estava desenhando mais uma de suas "obras de arte" yaoi, largou a caneta e pegou sua katana da Hello Kitty — sim, ela era rosa, sim, ela era mortal.

— Eu sabia que a gente não ia ter paz.

Prismy levantou-se, a água do seu chá formando pequenas esferas no ar ao seu redor, reagindo ao seu poder.

— Então o que a gente faz?

Foi quando o celular de Kit tocou.

Cena 2: A Chamada do Sensei

Era seu Sensei da faculdade de artes marciais, e a mensagem era curta e direta:

"Kit. Centro da cidade. Fantoches assassinos. Venha AGORA."

Kit olhou para o grupo.

— Parece que o Giygas não tá perdendo tempo.

Neo apertou o punho em volta da Keyblade.

— Fantoches?

— Não qualquer fantoche. — Kit sorriu, mas não era um sorriso feliz. Era o sorriso de quem sabia que a merda estava prestes a atingir o ventilador. — Os daquela loja de brinquedos antiga. Sabe, aquela que a gente sempre zoou por ser assustadora?

Ron puxou a máscara para cobrir seu rosto completamente, os olhos brilhando em azul.

— Então o que estamos esperando?

Cena 3: A Invasão dos Fantoches

O centro da cidade estava em caos.

Fantoches — aqueles mesmos bonecos de pano e madeira que antes eram inofensivos — agora se moviam como demônios, suas bocas costuradas se rasgando em sorrisos impossíveis. Eles atacavam qualquer um que vissem, arrastando vítimas para as sombras.

E o pior? Eles estavam se multiplicando.

Kit não perdeu tempo. Ele pulou no meio de três deles, seus movimentos fluidos como água, um chute giratório arremessando dois para longe enquanto o terceiro era nocauteado por um soco preciso no "rosto".

— Tá vendo isso, Sensei?! Tô botando em prática o que você ensinou! — ele gritou, mesmo sabendo que o velho mestre não estava ali para ver.

Prismy agiu em seguida. Com um movimento gracioso, ela levantou as mãos, e a água dos canos estourados, das fontes, até mesmo da umidade do ar, se levantou como uma serpente líquida, esmagando um grupo de fantoches contra uma parede.

— Não se aproximem! — ela avisou, mas um fantoche pulou por trás, suas mãos de pano se transformando em garras.

Antes que ele a atingisse, uma lâmina rosa brilhante o cortou ao meio.

O Cadeirante ajustou os óculos.

— Ninguém machuca minha Princesa Aquática.

Neo não ficou para trás. Sua Keyblade brilhou, e ela gritou:

— Firaga!

Uma explosão de fogo engoliu uma fileira inteira de fantoches, reduzindo-os a cinzas.

Ron, por sua vez, usou a máscara dourada para amplificar seus golpes, seus socos e chutes agora carregados com energia arcana.

Mas então… algo mudou.

Os fantoches pararam.

E começaram a rir.

Uma voz ecoou, distorcida, vinda de todos eles ao mesmo tempo:

"N̷͕̈́e̸̹͝ǒ̴̙.̷̹̓.̴̗̓.̶̙̈́ Ḵ̵͝i̸̙͐ţ̷̇.̶̼͝.̸̛̹.̶̙̈́ Ȓ̵̪o̴̤͝n̷̪̒.̷̖͝.̸̗͋."

Era Giygas.

Ele estava dentro deles.

Kit cuspiu no chão.

— Tá. Isso foi nojento.

Neo ergueu a Keyblade, sua forma começando a recalibrar novamente, como se estivesse se preparando para algo maior.

— Acabem com eles. TODOS.

E assim, a verdadeira batalha começou.

Cena 4: O Poder da Equipe

Os heróis se moveram em sincronia:

• Prismy controlou a água, criando um redemoinho que afogou dezenas de fantoches.

• Cadeirante usou sua katana da Hello Kitty com precisão cirúrgica, cortando membros e cabeças com golpes rápidos.

• Ron canalizou a energia da máscara dourada, seus socos agora criando ondas de choque que esmagavam os bonecos.

• Kit foi um furacão de chutes e socos, cada movimento treinado em anos de artes marciais.

• Neo usou sua Keyblade atualizada, alternando entre magias de fogo, gelo e trovão, cada ataque mais poderoso que o último.

Mas os fantoches não paravam de nascer.

Até que Neo percebeu.

— Eles estão sendo controlados por algo… algo perto!

Kit olhou em volta e então viu.

No topo do prédio mais alto, um fantoche gigante, diferente dos outros, observava tudo.

Seus olhos brilhavam roxos.

— Alvo encontrado! — Kit apontou.

Ron não perdeu tempo.

— Vamos acabar com isso.

Cena 5: O Fantoche Mestre

O combate foi brutal.

O fantoche gigante era rápido, seus movimentos imprevisíveis. Ele arremessou Prismy contra uma parede, quase quebrou a katana do Cadeirante e desviou dos ataques de Ron como se soubesse o que ele faria antes mesmo dele agir.

Kit e Neo foram os únicos que conseguiram chegar perto.

— Agora! — Neo gritou.

Kit pulou, usando o ombro de Neo como apoio, e chutou o fantoche no rosto com tudo que tinha.

O boneco vacilou.

Foi o suficiente.

Neo saltou, sua Keyblade brilhando com energia pura.

— FIM DE JOGO, GIGANTE NOJENTO!

A lâmina atravessou o fantoche, e um grito que não era humano ecoou.

"A̵̧̚a̴̧͝a̴̧͝a̶̱̽a̶̲͝a̶̳̕a̵̧̓a̸̳͝a̷̭͠a̵̠̽a̴̛̝a̸̩͝a̴̱̓!"

E então…

Silêncio.

Os outros fantoches caíram, inertes.

A batalha havia acabado.

Por enquanto.

Epílogo: A Calma Antes da Tempestade

O grupo se reuniu, respirando fundo.

Prismy estava machucada, mas viva. O Cadeirante limpava sua katana com um pano. Ron ajustava a máscara, pensativo.

Kit olhou para Neo.

— A gente ganhou essa. Mas ele vai voltar, né?

Neo olhou para o céu.

— Ele sempre volta.

E em algum lugar, nas profundezas do Vazio, algo riu.

[Fim do Episódio]