Prólogo: A Caçada do Rei da Páscoa
A lua cheia tingia o Rabisco de um vermelho sujo, como sangue seco. Os becos estavam silenciosos, exceto pelo som de cascas quebrando.
Era sempre assim antes que ele aparecesse.
O Rei da Páscoa.
Uma criatura com corpo de coelho esguio, dois metros de altura, pelagem negra e manchada de caramelo seco. Seus olhos eram ovos de chocolate rachados, escorrendo uma gosma âmbar. E em suas patas, garras afiadas que cravavam ovos no crânio de suas vítimas.
A primeira vítima foi encontrada na manhã seguinte: um homem com ovos saindo das órbitas oculares, a boca cheia de chocolate derretido e vermes.
Mas o pior estava por vir.
Cena 1: O Encontro com o Horror
Neo, Kit, Ron, Prismy e Cadeirante seguiam os rastros de chocolate e sangue quando ouviram o chiado.
— Co… co… co…
Era uma risada.
— CORRAM! — Ron gritou, mas era tarde.
O Rei da Páscoa pulou do telhado, suas patas traseiras distendidas como molas. Ele agarrou Kit pelo pescoço, um ovo pulsante em sua garra.
— VOCÊ VAI GANHAR SEU OVO, GAROTO!
Foi quando uma espada de diamante cortou o ar, atingindo o braço da criatura.
— FALA DEUSES CÓSMICOS, NERDOLÂTRA!
Steve, do filme do Minecraft, estava de volta. Sua armadura de netherita brilhava sob a lua, e ele segurava uma poção de força com uma etiqueta: "Feeling Lucky, Punk?"
O Rei da Páscoa soltou Kit e recuou, chiando.
— VOCÊ… NÃO ESTÁ… NO ROTEIRO!
Steve deu uma risada.
— Roteiro é coisa de NPC!
Cena 2: A Igreja e a Criança Condenada
Padre Sylvester, ou Felix, era um ex-caçador de entidades. Sua igreja estava cheia de velas negras e livros proibidos.
— O Rei da Páscoa só pode ser derrotado se vocês não sentirem medo — ele explicou, folheando um grimório enfeitado com ovos dourados podres. — O medo é o chocolate que alimenta ele.
Prismy olhou pela janela. Uma criança com suéter azul listrado de roxo, shorts e botas marrons passou correndo, rindo.
— Mãe! Olha o coelhinho!
A criatura surgiu atrás dela, sorrindo com dentes de licorice.
— NÃO! — Prismy gritou, mas era tarde.
O Rei da Páscoa perfurou o peito da criança, arrancando seu coração e pisoteando-o com um estalo úmido. Depois, arrastou o corpo para sua mansão, chiando:
— OVOS… PARA TODOS…
Cena 3: A Mansão dos Ovos Malditos
A mansão era feita de gengibre mofado e cercada por uma cerca de ossos de açúcar. Os heróis entraram, ignorando os avisos de Felix.
Dentro, corpos estavam empilhados como decoração de natal macabra. Ovos brotavam de seus olhos, narizes, bocas. Um bebê chorava dentro de um ovo gigante no canto, até que Kit o tocou e ele estourou em larvas.
— Isso tá além do meu salário… — Cadeirante resmungou, segurando a katana da Hello Kitty com mãos trêmulas.
O Rei da Páscoa apareceu no topo das escadas, segurando a criança morta como um troféu.
— VOCÊS… VIRARÃO… MEUS OVOS…
Steve avançou primeiro.
— VAMO DAR UM JEITO NESSA VEGETAÇÃO CHATA!
Cena 4: O Sacrifício e a Fúria Aquática
A batalha foi caótica. Steve usou TNT, poções e até uma armadilha de mel, mas o Rei era rápido.
— NÃO TANKO! — Steve gritou quando a criatura o empalou com uma garra, cravando um ovo em seu peito.
— STEVE! — Neo correu até ele, mas era tarde.
— Foi… divertido… — ele sorriu, explodindo em pixels e deixando apenas sua espada.
Prismy perdeu a cabeça.
— VOCÊ… MATOU ELE…
Seu corpo começou a se dissolver em água, os olhos brilhando como oceanos em fúria.
— PRISMY, NÃO! — Ron tentou segurá-la, mas suas mãos passaram por ela.
Ela criou uma barreira aquática, isolando-se e o Rei da Páscoa.
— VAI SE AFOGAR NO SEU PRÓPRIO MEDO.
A água encheu a barreira, comprimindo a criatura até ela estourar em ovos, chocolate e sangue.
Quando a barreira caiu, Prismy estava de pé, seca, sorrindo.
— O que… aconteceu?
Todos a olharam em silêncio.
No chão, só restava um ovo rachado.
Epílogo: O Preço da Água
Prismy não se lembrava de nada. Nem de Steve, nem da batalha, nem do grito do Rei da Páscoa.
Mas toda vez que ela usava esse poder…
…algo dentro dela se quebrava.
Enquanto isso, na mansão abandonada, um ovo começou a pulsar.
[FIM DO CAPÍTULO]

Comments (0)
See all