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Proto-Cript III: The Gene Mason(Português)

Capítulo 2: TRI (parte 1)

Capítulo 2: TRI (parte 1)

Jun 19, 2025

Capítulo 2: TRI


Fria, escura e sórdida, esses são os adjetivos que encontrei para a cela na qual fomos colocados. Há, pelo menos, mais umas cinco celas, todas ocupadas por várias pessoas. Eles gritavam injurias e palavras de ódio contra nós, queriam a nossa cabeça, queriam nos mutilar, nos chamando de assassinos estupradores, mas parece que por algum motivo os policiais decidiram nos manter em uma cela separada dos outros detidos.


Yamagishi está pálido, encolhido no canto da cela com as mãos sob a cabeça sem dizer uma palavra, já deve ter passado mais de 5 horas que ele está assim, digo horas mas na realidade perdi a noção de tempo. Estávamos em um sonho e agora estamos em um pesadelo. Silenciosamente continuo a rezar um pai nosso, desde que fomos postos aqui não parei de rezar uma vez se quer, talvez seja isso que está me ajudando a não enlouquecer de vez, preciso recapitular tudo oque aconteceu, talvez consiga achar alguma fagulha de sentido nessa loucura.


Foi por volta das 17:00 ou 18:30; Nós fomos entregar o celular da Shely na sua casa, Yamagishi entrou primeiro e eu fiquei esperando, um forte odor exalava de um contêiner de lixo em frente a residência. Eu abri… Os corpos dos seus pais estavam lá, esquartejados, eu senti meu estomago embrulhar, o lanche que comemos mais cedo estava vindo a tona, mas logo então ouvi um barulho alto vindo de dentro da casa, como se alguma coisa tivesse batido. Logo a sensação de que Yamagishi poderia estar em perigo reescreveu o nojo e pavor que senti ao ver aqueles corpos desmembrados e corri para dentro.


Estava tudo escuro, mas eu consegui ver, perto da escada que dava para o segundo andar, Yusuke estava no chão agoniando e em cima dele uma silhueta humanoide que parecia estar distorcida. Sem pensar duas vezes, peguei um vaso de flor que estava perto de mim e me joguei em direção aos dois, batendo com o vaso bem no lado do crânio da criatura. Em um rápido momento na qual estava atordoada, levantei Yamagishi e com toda a força que tinha o puxei para fora daquela maldita casa.


A luz do sol deixou tudo mais claro, o ombro de yamagishi estava com uma marca de mordida, não, o certo seria dizer que arrancado por uma mordida. Não parecia ser algo grave apesar de provavelmente ser extremamente doloroso. Mal passamos da porta que senti uma grande pancada em minhas costas, tamanha foi a força que me fez voar uns 5 metros e parar na calçada, em frente aquele terrível contêiner. Por um momento em meio a dor e o terror, pensei que talvez aquele seria o meu destino. Ofegante, olhei para trás para visualizar o meu assassino...Nada faz sentido, mas então porque? Como? Era uma mulher nua, não qualquer mulher, era Shely, com o seu copo manchado de sangue.


Ela não estava segurando nenhuma arma, nada, mas, mesmo assim, ela foi capaz de me dar um golpe poderoso daqueles. Minhas costas doíam como nunca, tentei usar toda a força que tinha para fugir, mas tudo oque consegui fazer foi dar alguns passos, cair e depois rastejar. Ela veio em minha direção, segurou meu pescoço com uma força que parecia que quebraria a qualquer instante. Contemplei aquele rosto tão igual à de minha amiga, seus olhos estavam totalmente negros, sua pele dava para enxergar todas veias do corpo, meu coração parou, e uma sensação de conformidade de que iria morrer tomou conta de mim. Assim como as presas relaxam diante o predador, eu aceitava que seria devorado quando via ela gentilmente abrindo sua boca e revelando um emaranhado de dentes que mais pareciam de um tubarão que de um ser humano.


Foi quando uma faca perfura o pescoço de Shely, seus olhos reviram e suas veias visíveis pareceram terem ficado vermelhas. Aquele quem apunhalou foi Yamagishi, que em uma expressão de choque enfiou a faca na carótida e prontamente largou a faca deixando presa no pescoço. Ela levanta e tira a faca do pescoço como se fosse nada, naquele momento achei que ela atacaria mas algo aconteceu. O corpo de Shely começou a tremer, sua barriga começou a inchar como um balão e seu corpo todo começou a sangrar. O sangue exalava um cheiro horrível. De repente, um som de estouro e todos os seus órgãos internos começaram a cair por sua… Pela parte intima… E assim, o corpo de Shely cai no chão sem vida.


O sangue começa a chegar perto de mim, rapidamente consigo me levantar e me afastar. Ambos em estado de choque, ficamos encarando o cadáver de Shely, estávamos com tanto terror que não conseguimos dizer nada, nem ao menos nos mexer. Em meus pensamentos comecei a rezar, rezar sem parar; Não sei por quanto tempo isso durou, mas logo então duas viaturas de polícia vieram e nos levaram “sob custódia”.


Na delegacia nos interrogaram um por vez, eu não sei como foi com Yamagishi mas comigo eles me ameaçaram, bateram, me chamaram de todo o tipo de adjetivo ruim, mas eu permaneci em silêncio, me recusei a dizer uma única palavra, nem mesmo as clássicas palavras “quero falar com meu advogado”. Oque eu poderia dizer? Que nossa melhor amiga cadeirante era, na verdade, um monstro que matou seus pais e depois tentou nos matar? Não tinha nada que eu pudesse dizer ou que quisesse dizer, em fato, me recusava a acreditar que aquela era a Shely, talvez algum tipo de monstro que tomou sua forma, talvez a verdadeira Shely estava morta e estava apenas mais fundo dentro daquele contêiner.


Esse pensamento me fez novamente lembrar do lanche que tinha comido e então finalmente vomitei na mesa de interrogação. O policial ficou tão puto comigo que pegou meu rosto e esfregou ele no meu vomito. Após isso, fomos postos juntos em uma cela. Os outros presos perguntavam quem nós eramos, e para piorar tudo o policial falou “uns estupradores sádicos”; E isso foi o suficiente para que todos os presos começassem a querer o nosso rabo.


Tentei falar com Yusuke, mas ele não queria conversar, apenas falava para eu o deixar em paz. Pensei em insistir mas logo lembrei que quem deu o golpe final foi ele. Continuei novamente pensando, ninguém sofre uma mudança radical assim do dia para a noite, Shely estava triste e deprimida no dia anterior ao incidente, alguma coisa deve ter acontecido após ela ter saído da faculdade, mas oque? Não consigo pensar em nada de estranho naquele dia, logo após ela e sua mãe saírem, eu conversei com o diretor e fui para casa e… Espera, antes de eu ir para casa, havia um homem muito estranho… Sim eu lembro, até cheguei a ficar paralisado com seu semblante assustador. Ele estava indo na direção oposta a minha, a casa de Shely fica na direção oposta…Será que?


– Ei tire as mãos de mim seu imundo! Quem tu pensa que é?

–Coé seu merda! Tá querendo morrer?


–Oque é isso? Ei Yamagishi, uns bandidos da outra cela estão começando uma briga.


–E eu lá me importo com isso, Rafael. Apenas não fale comigo agora.


A medida que a briga ia se escalonando e as coisas ficando mais barulhentas, um guarda abre a porta e se posiciona em frente a cela dos briguentos.


– Ei seus vagabundos! Isso aqui não é UFC, tão querendo levar porrada!?– Disse o policial coçando seu pescoço.


–Se esse merda continuar a encher o saco eu mato ele! É melhor me trocar de cela se não quer ter um defunto na delegacia!


–Me matar? Tenta então seu fudido!


A briga continuava com os companheiros de cela tentando apartar a briga, o policial então ficou em silêncio e calmamente observava o desenrolar, coçando seu pescoço.


–Coé chefe faz alguma coisa. –Disse um dos presos para o Guarda.


O guarda não parava de coçar seu pescoço, era visível várias bolinhas se espalhando por toda a sua pele. Então os dois presos conseguem se livrar das mãos dos outros que estavam tentando apartar e começam a se baterem.


– Ai! Vai fazer alguma coisa ou não! – Gritou novamente um dos presos.


No momento que terminou de falar, a língua do policial se esticou de tal forma que perfurou o crânio dos dois bandidos briguentos, e com uma força descomunal arrastou o corpo de ambos para perto da grade. Todos ficaram em choque, se eu não tivesse presenciado algo parecido diria que era mentira. O corpo do policial estava cheio de bolinhas, sua pele parece ter assumido um tom esverdeado, sua língua então penetra fundo no corpo dos dois e começa a sugar todo o sangue e órgãos lentamente, em uma cena extremamente grotesca.


Gritos de pavor e gritos de socorro começam a ser exclamados pelos detentos, tanto os da cela onde estavam as vítimas como as outras. Um enorme pavor tomou conta de todos.


O pesadelo estava apenas começando.


–Yamagishi!!! Venha ver isso aqui!


–Eu não dou a mínima, não quero falar agora.


Pegando o Yamagishi a força e virando seu rosto para a cela, a expressão de raiva logo muda para a de espanto.


–M–mas oque diabos!


–Parece que a mesma coisa que matou Shely está a solta atrás de nós.


–Matou a Shely? Oque você quer dizer com isso? Que aquela não era ela?


–É apenas um palpite, mas acho que sim.

Santanaclene
Cleneman

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