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Farabella

Quatro

Quatro

Sep 15, 2025

This content is intended for mature audiences for the following reasons.

  • •  Cursing/Profanity
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Depois de horas conversando sobre bobagens como cumprimentos reais e como as pessoas falam naquele local, fomos andar pela cidade, Ituh disse que queria me mostrar algo, eu não sei o que era mas mesmo assim eu a segui. 

Haviam diversos prédios que pareciam mais construções bastante antigas, tipo aqueles palácios da Inglaterra ou algo assim, com vários detalhes, mas as ruas eram meio estranhas parecia que um lugar levava para outro totalmente diferente.

- Escuta, Ituh.... - Eu apontei para um prédio, que tinha uma forma estranha. - Esse prédio aí, nós não havíamos passado por ele antes?

Ituh me encarou com os olhos arregalados e riu, como se eu tivesse falado a maior besteira do mundo.

- Você não entende nada mesmo, não é? Olha, aqui as coisas funcionam de forma diferente. - Ela parou em frente de uma grande placa de madeira, onde haviam textos e linhas em cores diferentes, eu não conseguia ler nenhuma delas, elas pareciam todas estar em hebraico.

- Existem placas por toda cidade, todas elas explicam onde estamos e para onde vamos. - Ituh apontou para o texto com linha amarela. - Por exemplo, aqui. Estamos na linha amarela, se seguirmos por esse caminho, chegaremos aqui. - Ela estendia o braço em direção ao final do texto e apontava para o chão sinalizando as marcações que haviam no canto do caminho.

Realmente, haviam marcas no chão, como se fossem pedras bonitas em uma estrada de ladrilhos. Tipo aquela música, brilha brilha estrelinha. Acho que as ruas funcionavam como uma linha de metrô.

- Quer dizer que você sabe para onde estamos indo? - Eu perguntei.

- É claro que eu sei! - Ela colocou suas mãos em sua cintura, parecendo bastante confiante.

Continuamos andando, eu em nenhum momento me perguntei para onde estávamos indo, mas eu tive uma sensação de que nós ainda estávamos perdidos, eu só não conseguia dizer se isso era coisa da minha cabeça ou se ela que parecia pouco confiável.

Caminhavamos lentamente, o chão parecia mais arenoso e o céu estava começando a escurecer, o que era estranho pois ainda era bem cedo quando começamos a caminhar.

- Hm, ruiva... - Eu sussurrei para Ituh.

Ela se virou para mim, seus olhos pareciam não estar vendo o mesmo que eu, ela tinha um olhar despreocupado.

- A gente já não passou aqui antes? - Eu perguntei, ela ficando em silêncio.

Estava tudo quieto, uma leve brisa deixava um ventinho gelado. Eu senti meu corpo arrepiar, talvez era um fantasma que passou por mim?

De repente, um estrondo forte ecoou por nós, fazendo o chão tremer. Eu me segurei no braço de Ituh, eu não queria ser o primeiro a morrer. 

- Takeru, o que foi isso?! - Ela gritou.

- E eu vou saber? Não é você que mora aqui? - Eu segurei o braço dela mais forte.

A terra começou a tremer mais como se tivesse um terremoto, uma lembrança ruim da minha terra, eu diria. Até que começou a chover forte. Extremamente forte, mal dava para vermos um palmo à frente. Nossas roupas ficaram encharcadas, e parecia que o tempo iria continuar assim por algumas horas.

- Ah! Meu vestido! - Ituh olhava para seu uniforme ensopado.

- Ah! Minha única roupa. - Eu olhava para minhas roupas.

Eu olhei para Ituh, ainda segurando o braço dela. Suas tranças haviam desmanchado,  cheguei até a pensar que o cabelo dela era assim.

- Ituh, o que a gente faz? - Eu gritei para ela enquanto cobria meu rosto.

- Eu não sei! Vamos tentar achar algum abrigo. - Ela disse enquanto cobria o rosto debaixo do chapéu.

Começamos a correr pela chuva, era difícil de abrir os olhos e mal dava pra ver onde estávamos indo. As gotas de água pareciam estar indo diretamente nos nossos rostos. De repente algo apareceu em nossas visões, uma forma comprida e alta.

- Takeru, olha! Um cavalo! - Ituh apontou para o bicho.

- Um, o que? - Eu perguntei.

Antes que eu pudesse recobrar meus sentidos um cavalo surge entre nós, o bicho corria desesperadamente relinchando, seus galopes espirravam água e barro por todos os lados.

- Ah! - Os espirros mancharam nossas roupas, além de encharcados, estávamos enlameados também.

- Cavalo maldito... Eu vou matar ele!

Eu ia atrás do cavalo mas Ituh me impediu. O que foi um erro porque aquele cavalo merecia apanhar.

- Espera, Takeru, o cavalo não fez por mal!

Ela me segurava, mesmo que eu tentasse ir, sua força era tremenda para o seu tamanho. Ela parecia estar se esforçando ao máximo, eu deixei o cavalo para lá e continuamos o nosso caminho.

A chuva continuava forte, pensei em quanto tempo a gente já estava ali, pareciam minutos, até que finalmente apareceu uma claridade em meio a tempestade.

- Olha só! Luz! - Eu exclamei para ela, seus olhos pareciam ter brilhado.

- Sim! Vamos para lá! - Ela disse enquanto caminhávamos para a luz.

Nossos passos eram lentos como de um bebê aprendendo a caminhar, mas tinham força em cada um deles.

- Estamos quase lá, aguenta! - Ela se esforçava ao máximo para dar o segundo passo.

- Bora! Estamos quase! - Eu gritava para ela, mas era mais para mim mesmo.

Quando finalmente chegamos, uma sensação de alívio pairou sob nossos ombros. A liberdade e a luz que ansiamos, estava ao nosso redor, a estrada seca embaixo dos nossos pés. Demos um forte suspiro e caímos de joelhos no chão felizes.

- Onde é que vocês estavam? - Úrsula perguntou, ela comia uma espécie de espetinho de frutas. 

- Como assim? Onde é que você estava? - Eu enfatizei o "você".

Ela mordeu mais uma das frutas, fazendo uma expressão confusa.

- Eu estava comprando comida, quando vocês dois simplesmente sumiram. - Eu e Ituh se olhamos, ambos se perguntando se o outro sabia de algo.

- Mas, eu falei que iríamos pela linha amarela, caminhamos por ela várias vezes e você não aparecia. - Ituh disse para ela, confusa.

- De qual linha amarela cê tá falando? - Úrsula perguntou

Quando Ituh foi responder sentiu sua mente entrar em branco, como se ela esquecesse de qual linha ela estava falando.

- Eu.... Eu não sei. - Ela parecia confusa. Seus olhos iam de um lado pro outro.

 Ela se sentou para tentar aliviar a cabeça mas cada vez mais ela parecia mais tensa.

- Você está bem? - Úrsula perguntou, se sentando ao lado dela.

- Sim, eu acho. Mas é que eu tinha certeza de que estávamos indo pela linha amarela, mas agora eu... Eu não consigo me lembrar dela… - Ituh repetia para si mesma.

Ela colocou as mãos em sua cabeça, seu suor era frio. Eu me aproximei e sentei do lado delas, os olhos de Ituh estavam arregalados como se ela tivesse em um estado extremo de ansiedade.

- Tem que ter alguma explicação para isso... Você sabe de algo ruiva? - Eu perguntei a ela. 

- Eu não sei... Eu nunca vi nada parecido. - Ela ficava cada vez mais cabisbaixa.

Ficamos em silêncio por um tempo, Úrsula tentava confortar Ituh contando piadas, mas elas eram todas péssimas e tinham algo a ver com úrsos.

- E se for uma armadilha? - Eu perguntei, batendo o punho na palma da mão, como quem faz quando descobre algo.

- Uma armadilha? - Ituh repetiu, seus olhos que antes estavam tristes brilharam.

Ela pegou um livro em sua bolsa e imediatamente começou a folhear procurando algo específico.

- Armadilhas... Aqui! - Ela cerrou os olhos. - Armadilhas para texugo, armadilhas para urso... 

- Por favor, pula essa parte. - Úrsula segurava os braços parecendo meio desconfortável, Ituh concordou e continuou a pesquisa.

Ela ficou folheando páginas e páginas sobre armadilhas para diferentes animais e outras criaturas, mas não encontrou nada.

- Takeru, eu acho que não tem nenhuma armadilha que seja feita de tempestade. - Ituh continuava a folhear as páginas.

Será que quando ela fica tensa ela fica mais burra? Eu pensei.

- Eu estou falando de alguma dessas criaturas mágicas que criam armadilhas ou algo assim. - Eu disse soltando ar.

- Aaah! É deve ter mesmo. - Ambas disseram, Ituh começou a procurar em seu livro.

Elas ficaram olhando mais páginas com animais e criaturas estranhas, alguns bastante comuns mas que para elas eram raros.

- Olha tem um tatu que se transforma em bola! - Úrsula apontou.

- Eu acho que é só um animal comum. - Eu respondi.

Depois de folhearem as páginas, finalmente elas chegaram em uma criatura que poderia ter feito aquilo.

- Um dragão? - Úrsula perguntou a si mesma.

- Talvez? Aqui diz que os dragões são capazes de criar tempestades quando estão com raiva. - Ela parou por um momento. - Mas não fala nada sobre eles atraírem presas. 

Havia uma pequena nota no canto do livro.

- Ruiva, o que está escrito ali? - Eu perguntei apontando para o bilhete.

Ela pegou o bilhete e deu uma olhada depois colocou ele de volta na página.

- Ah, esse papel? É só um nome. - Ela disse enquanto fechava o livro.

- Um nome? - Eu perguntei.

Ela acenou com a cabeça, e colocou o livro sobre seu colo.

- Existe uma lenda sobre um dragão centenário aqui, dizem que esse dragão anda pelas ruas de Farabella sem ser percebido. - Ela começou a explicar.

Um dragão aqui? Será que esse dragão que nos atacou ou ele estava querendo algo mais?

- Mas ele também é muito temido, ele é conhecido como dragão tempestuoso, e sempre é culpado quando alguma tempestade ocorre e deixa as pessoas sem luz. - As duas fizeram uma cara triste, parecia que elas tinham dó desse dragão, mesmo sendo uma criatura poderosa e amedrontadora.

- Vocês estão com dó desse bicho? - Eu perguntei franzindo a testa.

Elas ficaram boquiabertas, como se eu tivesse dito algo absurdo.

- É claro que sim! Afinal é um dragão solitário que foi culpado pela falta de luz. - Ituh exclamou.

Mas esse dragão realmente era o culpado, não entendo por que elas estavam defendendo tanto ele.

- E se for esse dragão quem nos atacou? - Eu perguntei.

- Você ainda está culpando o dragão? Pobrezinho! - Úrsula cerrava os punhos pronta para me bater.

Ituh segurou o braço dela e pediu para que ela se acalmasse, seus instintos de úrso haviam entrado a tona.

- Talvez isso seja possível. Mas em nenhum momento ele nos atacou, na verdade, foi você que quase atacou um cavalo inocente! Takeru. - Ela disse e apontando para mim, indignada.

Eu fiquei sem saber o que dizer, então só concordei com a cabeça e desviei o olhar.

- Tá mas e quanto ao dragão, tem alguma possibilidade dele ter criado uma rua falsa? - Eu perguntei,

- Não, segundo os livros. Mas talvez esse dragão seja um que não conhecemos. - Ituh pensou um pouco e negou com a cabeça.

Eu fiquei um pouco decepcionado, mas deixei para lá. Ituh e Úrsula se levantaram tinhamos que ir andando.




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#Farabella #Action #Fantasy #psychopath #romance #isekai #strong #comedy #Eys

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