No dia seguinte chegava um aluno novo.

-Turma, esse é Scott Walton. Era um garoto negro com cabelo preto com franja um pouco grande.

-Muito prazer pessoal!

-Seja bem vindo! Todos dizem.

-Scott, essa é a sua mais nova turma, todos aqui irão te acolher, inclusive a nós.

-Eu espero me dar bem aqui.

Havia um lugar reservado no meio da sala. Alguns alunos cochichavam, a aula começou normalmente. Com o professor explicando a matéria e todos o acompanham nisso.

Na aula de educação física…

-Miles, pega a bola! Um colega diz. Era aula de beisebol.

-Tudo bem, eu vou conseguir essa… A bola é lançada contra Miles, ele consegue pegar a tempo.

-Isso ai Miles!!! Adam grita na plateia.

-Vai lá e acaba com o jogo!!! Helena também grita, estava todo mundo torcendo para Miles ganhar.

-Vai mano, vai mano!!! Adam ficava ansioso. Miles corria nas plataformas até por fim chegar a final.

-Boa, você foi bem garoto! O professor de educação física diz. -Tudo bem turma, horário de descanso.

-Você foi bem Miles. Helena diz.

-Né, esse cara é espetacular, olha só os músculos crescendo no corpo dele.

-Adam, não…

-Olha os pelos também, isso não é uma máquina, é o Miles Deka.

-Que isso cara.

-Posso sentar com vocês? Na arquibancada aparece o novo garoto.

-Claro, você também joga? Miles pergunta.

-Jogava, eu perdi o interesse. Scott diz.

-Que pena, o jogo é legal. Helena abre um leve sorriso.

-Opa, parece que chegou carne nova no pedaço. Adam fala.

-Vocês já me conhecem, então sem apresen…

-Na verdade sabemos só o seu nome. Miles diz.

-Vamos, conte sobre você. O grupo vai conversando, enquanto assistiam mais uma partida de beisebol, o grupo compartilhava coisas em comum, ficando mais próximos. Scott ria e os outros também.

Uma aliança de amizade se tornou ao grupo.

Mais tarde naquele dia…

Miles abre seu armário e encontra uma carta.

-Sério, quem manda carta nos dias de hoje? -“para Miles” Miles começa a ler a carta.

-Mas que? Será que foi Helena que escreveu isso? A letra se parece com a dela. Mas, parece algo errado com isso. É uma carta de confissão…

-Miles? Helena chega.

-Helena, me responda uma coisa, você que escreveu essa carta?

-Deixa eu ver. Ela pega a carta e começa a ler.

-N…não… quem foi?

-Eu não faço a menor idéia, só sei que a letra parece com a sua.

-Estranho…

-Demais. Miles conclui.

-De qualquer modo, dane-se. Helena amassa a carta e joga no lixo.

-Vamos embora. Helena pega a sua mochila e os dois vão embora no ônibus. Mila aparece por ali e pega a carta jogada no lixo.

-Meu plano não deu certo. Será que devo ser mais exigente?

Miles volta para a sua casa e deita na cama. Pensando no que viria no dia seguinte, e na caixa guardada por ele, ele começa a se lembrar.

-Já faz muitos meses que eu não uso magia. Incrível como a vida pode ser chata sem algo de interessante acontecendo. Mas…

Ele olha para o pingente guardado.

-Talvez seja a hora certa de começar uma nova vida, radical, mas interessante.

-Quinze anos de idade não é Miles, pois é, quem diria que o tempo passaria tão rápido assim.

Miles fala para si mesmo enquanto colocava o pingente. Ele abre os braços e começa a sentir uma brisa fresca vindo da janela.

-Isso é bom, muito bom.

-Miles. O Servo está caçando novos usuários dos livros.

-Servo? Mas quem?

-Seu nome foi apelidado de “Alphinist” conhecido como caçador de bruxas moderno, ele é um bruxo que caça outros bruxos em busca de pegar seu sangue e transformá-lo em magia.

-Sério? Que loucura, acha que ele está atrás de mim e da Helena?

-Vocês três.

-Nós três? Miles fica confuso.

-Sim, você precisa entregar o pingente para uma terceira pessoa, na qual você conhece bem e sempre tentou te perseguir no começo.

Miles fica em silêncio um pouco.

-Esperai, você está me dizendo que essa pessoa é a Mila?

-Sim, eu sei de tudo.

-Não, não, não. Não pode ser.

-Aceite a verdade ou não. Escolha mais qual vai doer. Miles deita na cama e olha para o teto, pensando no que iria fazer logo em seguida.

Hospital - sala de psicologia.

-Tudo bem Miles, vamos começar a sessão.

-Como você está hoje?

-Estou muito bem e um pouco confuso de coisas que aconteceram na minha vida.

-Por exemplo?

-Coisas envolvendo escola sabe. Miles fica apreensivo.

-Ah entendi, então está tudo prosseguindo certo?

-Sim, meus estudos estão indo super bem e também estou prosseguindo muito no relacionamento entre meus amigos.

-Isso é bom, muito bom.

-Sim. Miles responde. A psicóloga fica em silêncio por um momento.

-O que é isso no seu pescoço, posso tocá-lo?

-Não… quero dizer, não pode.

-Nossa, você é cheio de segredos, o que você esconde de sua psicóloga? Sabe que isso faz parte da seção, tudo dito não sai lá fora.

-Eu não posso contar, você chamaria de louco.

-Loucos são pessoas que não tem noção do que fazem, seja por desafio, instinto ou então falta de educação também. Por favor me conte.

-Está bem, toque no pingente, ele lhe mostrará tudo.

-Certo. Ao tocar no pingente uma forte dor de cabeça ecoa na psicóloga, ela vê vários eventos diferentes na sua mente, sejam elas bruxas sendo queimadas, caça às bruxas, e muitas outras coisas, incluindo o livro.

-Você viu? Miles pergunta. -Eh… alô?

-Sim, eu estou bem. O que foi isso? A psicóloga pergunta.

-Eu sou… um bruxo… Ela fica em silêncio um pouco e começa a tossir um pouco.

-Você está bem?

-Isso é impossível, como ainda existem bruxos nesse século? Ainda mais… eu não sei… não faz sentido você, uma pessoa pura se tornar uma pessoa má de hora para…

-Eu não uso magia negra e nem magia para o mau. Eu sou puro tá bom. Ela olha para o relógio.

-Miles, o que você tem de magia? Como diabos isso funciona?

-Cada magia é um elemento, tem variações também, e você precisa se concentrar para atingir um nível exato para usar a magia. Não se preocupe, eu nunca usei a magia para o mau, apenas testei uma vez e funcionou.

-Está certo, acho que… vou encerrar a sessão por hoje, muito obrigada. Miles sai pela porta enquanto por último momento vê a psicóloga com as mãos no rosto.

-Você está bem? Rebeca acolhe Miles.

-Sim, estou mãe, vamos embora. Todos chegam em casa, Miles pensava um pouco sobre tudo o que iria acontecer.

 

Enquanto isso em uma tribo…

-Devemos caçar os bruxos de acordo com esse livro, sangue de bruxa, pode invocar nosso deus de volta. Com esse livro, caçaremos os bruxos e tomaremos nosso lugar em nosso mundo, de volta! Todos aplaudiam o indígena e se agrupavam para ida de um lugar na qual iriam passar os alunos.

No dia seguinte no colégio.

-Você está pronto Miles? A peça é hoje. Helena pergunta.

-Estou, vamos nos vestir. As peças eram de Drácula o vampiro, O épico conto do dragão chinês e outras peças que os alunos fariam.

-Tudo bem turma, vamos todos para ônibus, faremos a peça no ar livre. Os grupos se preparam e vão de ônibus para fazerem a peça.

Foram alguns minutos de viagem, até chegarem.

-Ok, me ajudem a fazer o palco. O grupo de Miles o-ajuda na construção do palco.

-Isso tá meio pesado. Os alunos levantam e colocavam a peça por ali. Miles e Helena vão tomar um pouco de água. A multidão de alunos aguardava os shows. Por um momento, Miles e Helena vão se reunir com Adam e Scott, eles preparam a peça do Drácula.

-Certo, agora estamos prontos para apresentar.

-E a próxima peça, será do Drácula, o vampiro mais destemido da cultura americana!

O grupo se reorganiza. Miles vai pintado de Drácula e Helena de mulher do Drácula, Adam ficava com a parte do cientista maluco. A peça foi um sucesso, os alunos bateram palma quando tudo acabou.

-Muito obrigado, obrigado. Eles andam para os bastidores.

-Caramba, a gente deu tudo de si nessa peça. Adam diz.

-De fato, agora vamos esperar as outras peças acabarem para a gente voltar para o colégio. Helena diz.

Scott nota uma movimentação estranha vindo da janela do armazenamento de coisas.

-Que estranho.

-O que foi Scott? Adam pergunta.

-Pensei em ter visto algo no mato, mas acho que estou delirando. Miles e Helena vão novamente ir tomar água. Mas nesse momento…

-AUGURE!!! São apunhalados nas costas e amarrados. Era a tribo. Eles levam Miles e Helena para sua aldeia, fazendo os dois de oferenda.

-Bruxos, bruxos, bruxos, bruxos!!! Os dois ainda estavam desmaiados.

-Scott, você viu os dois pombinhos? Adam pergunta.

-Não, achei que teriam ido beber água.

-Que estranho. Adam começa a ficar preocupado.

-Todos em seus lugares.

-Vamos. Adam diz. Todos sentam nas cadeiras e observam o show começar. Agora não havia mais esperanças para a dupla de bruxos, se não acordarem agora, nunca mais acordaram.