Em um lugar escuro e apertado da mansão, estava Meifu. Coberta de suor. A garota havia corrido com tudo que tinha para desaparecer da vista dos dois vampiros superiores.
"Eu não consegui matar Gilbert. Porém consegui muitas informações. E isso já valeu o esforço, confirmar teses, formar teses mais complexas e eficientes com essas teses. É a chave para eliminar qualquer inimigo mais forte que você."
Meifu concluiu em sua mente. Ela estava estabilizando sua respiração. Seus pequenos pulmões foram sobrecarregados com a intensidade da corrida.
"Os vampiros são fracos contra o sol e alho? Sim. O efeito é instantâneo? Não. É progressivo, Como algo corrosivo. O que é a presa sanguínea? Não se sabe. Pode ser qualquer coisa. Porém, suponho que seja algo ofensivo. Gilbert é mais fraco que Lulibel? Provavelmente. Lulibel é uma ameaça a ser evitada no momento, sim. Ela é uma incógnita sem resolução até o momento."
A garota juntava tudo que tinha aprendido nesse combate. As informações eram importantes. Porém seu tempo para conseguir mais recursos ou qualquer coisa estava acabando. Sim, Aqueles dois já sabiam seu rosto. Se viessem para matar, a matariam sem problemas. Principalmente a bonequinha de porcelana nomeada como Lulibel.
※ ※ ※ ※ ※ ※ ※ ※
O sol brilhava suavemente entre algumas nuvens no céu acima da mansão. Algo parecia diferente naquela manhã. A aura opressora estava perdendo seu domínio absoluto. O calor aconchegante do clima travava uma guerra com o frio pútrido de dentro do edifício. Não foi atoa. Com o sol, uma presença chegava nos portões da mansão. Tão brilhante, radiante, revigorante, benevolente e inocente. Uma figura feminina altaneira dava passos tímidos na direção da porta imunda do lugar. Ela usava um vestido longo e branco. Com um chapéu simples de palha. Refletia os raios de Sol para longe. Seus cabelos eram loiros, tão amarelos que pareciam ser brancos. Usava sapatilhas feitas à mão, Suas feições acalmavam qualquer pessoa. Uma bela garota. Sua mera presença só servia para evidenciar o quão podre a mansão era. Então a bela figura bate timidamente na porta.
- com licença.. há alguém em casa?
Logicamente não teve resposta alguma. Era tolice esperar qualquer tipo de recepção. Porém ela era tola. Acreditava que viriam a receber. Então bate na porta novamente. Suas mãos delicadas não tinham força o suficiente para emitir um som muito notável no Carvalho da porta.
- com licença!... Me disseram que tinham crianças abandonadas aqui..
Ela insistiu, esperando alguma reação. Até que acabou empurrando a porta para trás. Sim, não estava trancada de forma alguma. Estava completamente destrancada. Parecia que alguém já havia entrado antes dela, facilitando sua entrada. Mas mesmo sem ninguém para a impedir ou ver suas ações, a garota inocente diz algo.
- Estou entrando.. Me desculpem pela intromissão.
E assim a figura altaneira vibrante entra na mansão. Na mesma hora, ela colocou a mão em cima do nariz.
"Que cheiro avassalador.. é mofo? Como deixaram chegar nesse ponto? Tem como alguém viver aqui?"
Ela pensava. Sim, só de andar por aquele lugar, sua resistência era testada. Cada centímetro quadrado daquele lugar era opressor. Só ratos e vermes iriam conseguir andar normalmente por aqui. Porém a figura inocente não parou. Não, ela tinha um objetivo mais nobre, algo muito mais importante do que a sensibilidade de seu nariz. Porém pior que o odor ou atmosfera bizarra do local era só a forte sensação de estar seguindo o caminho que alguém já fez antes. A ingênua garota não entendia o porquê sentia isso. Ela foi guiada para uma sala.
"O que é isso no chão? Uma pilha de papel.. uma vela apagada.. nada de importante.. onde estão vocês?"
Pensava consigo mesma enquanto se apressava em continuar andando. Entrando mais fundo naquela toca das trevas chamada de mansão.
※ ※ ※ ※ ※ ※ ※ ※
Lulibel e Gilbert estavam em um quarto no terceiro andar da mansão. Em uma sala particularmente de difícil acesso. Sim, aquela mansão mal acabada tinha muitos cômodos "secretos". Tanto por reformas fracassadas que selavam portas ou alçapões cobertos por mobília pesada demais.
Gilbert: - merda.. não acredito nisso. - resmungou baixinho, sentado em uma das poltronas. Lulibel inclina a cabeça para o lado, sem mudar a expressão, com os olhos fixos na forma dele
Lulibel: - Talvez isso tenha servido para botar sua cabeça no lugar. O dia do renascimento e seus preparativos é a única coisa em qual você deveria estar pensando. Justamente nesse momento, pois sinto que a peça crucial chegou nessa mansão.
Quando Lulibel diz isso, Gilbert dá um pulo em sua cadeira, rapidamente gritando algo
Gilbert: - Sim! A peça crucial.. é aquela vermezinha, não é? Isso é simplesmente perfeito! O que estamos esperando então? Vamos atrás dela agora!
Lulibel: - não. A garota que vimos não é a peça crucial. É suja demais para ser.
O sorriso animado de Gilbert murchou na mesma hora que soube que não se tratava de Meifu.
Gilbert: - É sério? Que droga.. então vamos simplesmente deixar aquela ratazana solta por aí? Mesmo depois da humilhação que ela me fez passar?
Sem pestanejar, Lulibel o responde com palavras cortantes
Lulibel: - Sim. Não pretendo ficar correndo atrás de seres irrelevantes para o dia do renascimento. Seu orgulho é algo do qual não me importo nem um pouco. Irei focar exclusivamente em me preparar para o dia, caso faça besteira novamente, eu não irei correr para te salvar.
Gilbert ficava de cabeça baixa com os dentes rangendo, estava com raiva, porém não iria falar nada, não poderia. Quando Lulibel está falando sobre o dia do renascimento, detesta ser interrompida ou contrariada. Antes de sumir do ambiente, a pequena garota pálida diz algo
Lulibel: - caso encontre a peça crucial, não a mate nem a profane de qualquer forma. Caso faça isso, estará jogando 500 anos de espera no lixo. E eu não mantenho inúteis operando.
Após ela sumir, Gilbert fica alguns bons minutos xingando e socando coisas.
Após anos em uma instituição cruel, Meifu é jogada em uma mansão esquecida por Deus.
Fria, fanática e armada com um canivete, ela inicia sua caçada contra o sobrenatural.
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