Após uma noite conturbada, Onze deixou a hospedaria rapidamente, andando pelas ruas da vila, alguns olhares esquisitos caíram sobre ela de pessoas desconhecidas.
“Devem estar me reconhecendo. Então alguém com o mesmo rosto que o meu está por perto..”
Onze concluiu mentalmente, esse tipo de situação era frequente quando caçava os clones. Até que ela passou por uma lojinha pacata de doces da cidade, foram alguns segundos para Onze por os olhos na atendente que já estava se preparando para a receber.
Atendente da loja de doces: — seja bem vin-
A atendente para a fala no meio, afinal, quem estava na frente dela era uma cópia de si mesma, usando uma estranha armadura leve de couro com uma crossbow na cintura. Onze havia encontrado o clone. Logicamente, a primeira coisa que o clone fez foi correr de forma desajeitada enquanto gritava.
Clone atendente: — Socorro! Por favor, não!
Onze deu um sorrisinho antes de correr atrás dela, a clone atendente usava um vestido de babado simples, pomposo demais, algo que limitava a mobilidade necessária para fugir do coisa ruim.
Onze: — corre, sua bonequinha da cidade, o coisa ruim vai te pegar!
Doces, cadeiras e mesas são derrubadas freneticamente pelos movimentos erráticos da clone, Onze já havia cercado ela, engatilhando sua flecha na repetidora. A clone atendente levanta as mãos enquanto treme, com lágrimas em seus olhos grandes.
Clone atendente: — por favor… não.. e-eu..
No último segundo, um homem apareceu atrás de Onze, acertando um golpe certeiro na cabeça dela, com uma frigideira de ferro, a desmaiando no lugar, salvando a vida da atendente clone, antes de apagar por completo, a garota clone observa como o homem e a atendente se abraçam e por fim se beijam, conversando algo inaudível para ela.
※ ※ ※ ※ ※ ※ ※ ※
Onze abre os olhos lentamente, olhando ao redor, percebendo que está sem suas coisas, e pior, está em uma espécie de cela de cadeia subterrânea de baixo orçamento.
“Tsk! São um bando de putinhas, preferiram me jogar aqui do que simplesmente me matar.”
A garota clone pensa enquanto se levanta, se esticando e sentindo uma dor de cabeça considerável na área onde foi acertada. A cela era escura e não tinha nada além de uma cama dura na qual ela acordou. Onze ouve passos se aproximando da cela.
— Isso é realmente bizarro.. você é igual a Diana..
Um homem disse em um tom perplexo, de frente para a cela. Julgando pelas roupas de camponês e a lança precária como arma, ele seria o “guarda” dessa cadeia regional.
Onze: — Diana? Quem é essa?
Guarda: — a mulher que você ameaçou com uma besta.
Onze fica em silêncio por alguns segundos antes de dar uma boa risada na cara do homem.
Onze: — Diana? Aquele clone de Alice tem até um nome? Me desculpe, isso é engraçado demais.
Guarda: — Qual é a graça? E como assim clone?
Onze: — você é cego? Somos idênticas de aparência.
Guarda: — então você seria um clone da Diana?
A garota clone faz uma careta raivosa, antes de dar o dedo do meio para o guarda.
Onze: — vai se fuder! A “Diana” é um clone da Alice, assim como eu. Essa vagabundinha acha que é importante ao ponto de ter um nome? Ridículo.
O guarda, já angustiado e enojado com a fala de Onze, só dá de ombros e se vira para ir embora.
Guarda: — é bizarro mesmo em.. ouvir a voz da Diana falando esse tipo de coisa..
Algumas horas se passam, já é noite lá fora, onze consegue ver pela pequena janela no alto de sua cela, nesse intervalo de algumas horas, a garota havia arrancado os lençóis da cama e os rasgados em fitas. E como esperado, ela ouve passos se aproximando da sua cela novamente. O povo desta vila era ingênuo o suficiente para alimentar seus presos com almoço e janta.
Onze: — ah, obrigada pela comida! Eu estava com tanta fome.. me desculpe por ser rude com você mais cedo.. você entende, não é?
A garota diz com uma voz mansa, vendo a bandeja de madeira com um pote de sopa quente, um homem a leva, colocando de lado para abrir a cela.
Guarda: — não há de quê. e obrigado pelas desculpas, não se preocupe, a nossa vila é bem humanitária. Tenho certeza que você pode se redimir.
O homem disse com um pequeno sorriso gentil na direção da garota, que aceitou a tigela de sopa com alegria.
Onze: — posso te perguntar uma coisa?
Onze disse baixinho, de forma tímida, fazendo o guarda entrar mais na cela e se inclinar na direção dela.
Guarda: — o que?
Nessa hora, onze dá um sorriso, jogando a tigela de sopa quente no rosto do guarda, enquanto desfere um chute no meio de suas pernas, ele cai no chão, se debatendo de dor, tanto das queimaduras no rosto quanto da dor do chute no saco. A garota aproveita para arrancar a lança da mão dele, ficando triunfante acima dele.
Onze: — o que eu queria perguntar é: como você pode ser tão idiota? Hahahah!
Onze chuta o homem no chão algumas vezes antes de sair correndo da cela, com a lança em mãos.
Alice, uma maga que tinha a capacidade de fazer clones de si própria, derrota o lorde demônio juntamente com o grupo do herói. décadas depois, mesmo após sua morte pacífica, esses clones vagam, ambos com o mesmo objetivo.
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