Agora solta e com uma lança em mãos, Onze precisava tomar cuidado para não chamar a atenção. Afinal, a esse ponto, aquele guarda já deve ter avisado sobre sua fuga e mobilizado alguns homens.
“Lança é? Eu realmente não costumo usar esse tipo de arma.. mas vai servir.”
A garota pensa enquanto aperta o punho na lança mais firmemente, os corredores e escadas da cadeia subterrânea estavam desérticos por algum motivo, Onze não reclama, passando rapidamente pelo lugar como um fantasma. Quando chega na superfície, por meio de uma escadaria alta, entende o porquê da ausência de outros guardas na cadeia. Um festival estava ocorrendo em toda a pequena vila, várias decorações simples estavam suspensas nas portas das casas e lojas, e muitas pessoas andavam animadamente nas ruas, algumas usando máscaras pintadas com temática de animais como lobos ou raposas.
Onze: — cacete.
A garota diz antes de ficar em silêncio por alguns segundos, esse era o pior cenário, se fosse vista por qualquer um, eles saberiam de imediato que se tratava da “clone maléfica que tentou matar a pobrezinha da Diana” por causa de suas aparências idênticas. Antes que pudesse se alarmar mais, uma criança chega perto de onze. Ele tinha duas máscaras pintadas na mão.
Criança: — tia! Você quer comprar uma máscara?
Onze: — uma máscara? Por que as pessoas estão usando elas? É algum tipo de tradição festiva?
Criança: — eu não sei.. a mamãe só disse que Deixa os deuses felizes, e que era para mim vender essas máscaras, aí eu vou poder comer várias coisas gostosas..
A criança divaga um pouco sobre quantas coisas ela quer comer quando terminar sua tarefa de vender aquelas máscaras, até que para e pergunta algo para Onze.
Criança: — por que você tem essa lança aí? É uma caçadora de dragões?
Onze: — não exatamente…
Os dois ficam em silêncio, a criança olha fixamente para a garota clone, antes dela cortar o silêncio.
Onze: — me dá uma dessas máscaras aí.
※ ※ ※ ※ ※ ※ ※ ※
Em uma pequena casa, perto da loja de doces, Diana estava sentada no sofá, perto da lareira, olhando para o fogo um pouco inquieta. suas mãos estavam juntas e tremendo levemente, enquanto ela apertava com um pouco mais de força. Até que um homem entra pela porta da frente, imediatamente Diana olha na direção dele e dá um sorriso pequeno.
Diana: — Josh! Seja bem-vindo em casa.
A garota disse enquanto se levantava rapidamente, dando um breve abraço no homem.
Josh: — obrigado, é bom estar em casa, amor.
Após alguns segundos, o homem fica um pouco mais sério.
Josh: — Tem certeza que não vai vir para o festival? As crianças de todo o vilarejo não pararam de perguntar sobre você quando eu passei pela rua principal.
Diana dá um sorriso mais melancólico, abaixando a cabeça, seus olhos se desviam para a lareira novamente.
Diana: — eu acho que vou ficar em casa mesmo.. poderia pedir desculpas para as crianças por mim?
Josh coloca as mãos no ombro de Diana, forçando um contato visual direto com ela.
Josh: — Está assim por causa “daquilo” na manhã de hoje, não é? Eu consigo sentir quando está incomodada com algo..
Diana: — e-eu não estou… eu juro.. eu só..
Josh: — eu já te disse! Eu vou te proteger a todo custo, podem vir infinitas cópias do mal de você que eu ainda vou te proteger.
A garota já havia contado sobre todo seu passado traumático de clone para Josh, de como era só um escudo de carne no passado, e como tudo isso era uma maldição que ela levava consigo.
Diana desvia o olhar, falando mais baixo, seu tom de voz ficando embargado de emoção.
Diana: — eu sei.. mas.. eu não consigo parar de sentir medo.. ela realmente veio.. ela veio e.. e.. e tentou me matar! Com uma crossbow!
A esse ponto, Diana já estava chorando, com Josh a abraçando fortemente, enterrando a cabeça dela no peito dele, a acalmando lentamente. Após alguns longos minutos abraçados, a garota finalmente se afasta do abraço dele, o olhando de frente, lhe dando um sorriso de felicidade genuína.
Diana: — obrigada Josh, eu não sei o que faria sem você aqui.
Josh: — eu também não saberia…
Os dois aproximam o rosto corado um do outro, iniciando um beijo apaixonado, cheio de carinho. E antes que o ato pudesse evoluir para algo a mais, eles são interrompidos por batidas na porta.
Josh: — é melhor eu ir atender..
Diana: — sim.. eu vou estar te esperando aqui dentro, amor.
O homem anda até a porta, se preparando para abrir, Diana se retira da sala de estar com as bochechas coradas e lábios inchados do beijo, o aguardando no quarto pessoal deles.
Alice, uma maga que tinha a capacidade de fazer clones de si própria, derrota o lorde demônio juntamente com o grupo do herói. décadas depois, mesmo após sua morte pacífica, esses clones vagam, ambos com o mesmo objetivo.
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