Os infinitos mundos que existem ao mesmo tempo seguem regras parecidas com a do corpo humano. E com a infame destruição de vários planetas inteiros um depois do outro, esse organismo iria reagir.
“Isso é anormal. Normalmente poucos mundos são destruídos.”
Um ser esguio pensava, usava roupas brancas e possuía asas. Seu rosto era coberto com uma espécie de máscara incompreensível.
???: — eu também senti essa anormalidade, acha que a causa é algum erro de progressão?
Outro ser questiona o primeiro, sua aparência igualmente marcante, com um corpo minúsculo e asas enormes que o cobriam como um escudo.
??: — Não sei ao certo. Um erro de progressão não causaria algo tão organizado, talvez se fosse um ou dois planetas, faria sentido. Estamos falando de mais de 6 planetas, Azaroth.
Diz o primeiro ser, olhando para o segundo ser, que se chamava Azaroth.
Azaroth: — já localizou a causa disso?
???: — não, mandei Zero em meu lugar. Ela provavelmente irá achar a causa e me relatar.
Azaroth: — eu entendo.
Após isso os dois seres somem, deixando resíduos de imagem para trás.
※ ※ ※ ※ ※ ※ ※ ※
Em um mundo já esquecido, onde a vida parecia escassa, onde a superfície não tinha mais vegetação, onde o céu nunca deixava de ficar preto. O mundo onde aquela heroína estava.
“Água… por favor…”
Ayumi se arrastava por aquelas planícies mórbidas de cinzas, onde um dia fora uma vila. Uma fumaça de coloração roxa pairava no céu, qualquer sobrevivente das explosões morreu ao inalar a substância no ar. Ayumi era uma exceção, sua benção de heroína a deixava imune aos gases. Mas coisas como a fome e sede eram inevitáveis. Ayumi já estava perambulando há algum tempo, suas roupas sujas de terra e cinzas, seus olhos semi fechados, seu corpo fraco pela falta de nutrientes.
Ayumi: — Fenlim… Rikka..
A garota diz baixinho, antes de cair no chão, ficando inconsciente. Sua memória vaga para momentos mais simples, onde suas amigas estavam ao seu lado, rindo e fazendo besteiras, a forma como Rikka sempre enfiava a comida na boca como se não comesse há dias, ou a forma como Fenlim bebia mais que um Opala. Até que a garota abre os olhos lentamente, encarando um teto desconhecido, um metal pálido e opaco nunca visto antes por ela.
???: — ela acordou.
Na mesma hora, Ayumi olhou na direção da voz, se deparando com um ser com traços humanos, mas não totalmente. Asas saiam das duas extremidades de sua cabeça, chegando ao chão, seu rosto era ocultado por uma máscara amórfica, suas roupas ressoavam com a coloração opaca e embranquecida do local metálico.
Ayumi: — q-quem é você?
A garota perguntou, assustada, tinha medo de tudo naquele ponto de sua vida.
???: — eu sou um Admin. E você precisa me dar algumas informações, ser Biótico.
O administrador diz, enquanto fica de frente para Ayumi. A máscara sem forma certa encara fixamente os olhos da garota.
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