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Namorada de Mentirinha

Festival de verão

Festival de verão

Dec 04, 2025

A manhã começou tranquila. Yamada estava sentado na mesa, comendo um pão doce e tomando café sem pensar em absolutamente nada profundo — só aproveitando o silêncio antes do calor aumentar.

Seu celular vibrou.

  Mami:
"Yamadaaaa, você tá acordado??"

Ele sorriu, já imaginando o tom animado dela digitando aquilo deitada no sofá.

  Yamada:
"Sim. Acordei faz pouco."

Ela respondeu em segundos.

  Mami:
"HOJE É O FESTIVAL DE VERÃO!!
A Yui falou que ia te lembrar, mas decidi lembrar primeiro hehe"

Ele até endireitou a postura.

— Já é hoje? — pensou, meio surpreso. Tinha lembrado vagamente, mas não no "é hoje".

  Yamada:
"A gente vai junto?"

  Mami:
"Dããã, claro que vamos.
A Yui tá me chamando pra ver yukata com ela, depois encontro você."

Ele sorriu sozinho.
A ideia de ver a Mami de yukata bateu mais forte do que deveria.

Mais tarde, Yamada chegou ao ponto combinado, perto da entrada do festival. Lanternas de papel iluminavam o entardecer e dava pra ouvir o som dos tambores à distância.

Shun já estava lá, acenando com uma mão e segurando um saco de algodão doce com a outra.

— Cara! — ele chegou perto. — Preparado pra perder uma fortuna nos joguinhos idiotas de festival?

— Não vou perder, quem vai perder é você — respondeu Yamada.

— É o que todo mundo fala antes de perder. — Riku apareceu do nada atrás dele, assustando os dois. — Boo.

Yamada deu um pulo.

— Mano, para com isso.

— Desculpa — disse Riku, sem um pingo de arrependimento.

E logo atrás deles, Yui veio andando com um sorriso de quem estava pronta pra fofocar.

— Cadê a Mami? — perguntou ela direto.

— Ela tá vindo. — Yamada olhou pro celular. — Deve estar quase chegando.

— De yukata… — Yui quase cantarolou. — Você vai morrer quando vir ela.

— Ei — reclamou Shun. — Não é pra deixar o cara nervoso.

— Eu não tô nervoso — respondeu Yamada.

Algo no grupo disse “aham, claro”.

Quando a Mami apareceu, foi como se o festival inteiro tivesse diminuído o volume por uns dois segundos.

Ela vinha com um yukata azul escuro com detalhes brancos, o cabelo preso de um jeito simples mas bonito, andando com um sorriso tímido que ela raramente mostrava.

— Yamada! — ela chamou, balançando a mão.

Ele nem percebeu que ficou parado, só olhando.

— Gostou…? — ela perguntou, ficando rosada.

— Ficou… ficou muito bonita — ele disse, direto e sincero.

Yui deu um sorriso orgulhoso, tipo “eu avisei”.

Riku só murmurou: — Tô dizendo… casal bonito incomoda até os deuses.

Shun acrescentou: — Incomoda meu estômago também, credo.

Mami: — Cale a boca, Shun.

A primeira parada foi o jogo do peixinho dourado.

Shun tentou.
Shun fracassou.

— Cara, como você rasgou a redinha em cinco segundos?! — Yui berrava.

— Isso é sabotagem — Shun insistia.

Depois foram pro jogo de atirar bolas nas latas.
Riku deu um discurso inteiro sobre “física básica” antes de jogar.

Errou tudo.

— Cadê sua física agora? — Yamada provocou.

— Gravidade emocional — Riku respondeu, sério. — Vocês me atrapalharam.

Yui segurava as risadas com dificuldade.

E em algum momento Riku escorregou numa poça d’água que não devia nem existir e caiu sentado.

— Você tá bem? — Mami correu pra ajudar.

— Não, perdi minha dignidade — respondeu ele, dramaticamente.

O grupo parou em uma barraquinha de takoyaki.
Sentaram num banco, comendo, conversando e rindo.

Foi aí que Yui comentou:

— Tá, mas vocês já tão juntos há… quanto tempo? Dois meses?

— Não sei, uns três ou quatro meses — disse mami..

— Nossa, faz um bom tempo — disse Yui. — Mas já que ninguém perguntou… quem pediu quem em namoro? Como foi?

Yamada parou de mastigar.

Mami também.

Eles se entreolharam por um segundo.

— Então… — Mami começou. — É que…

— A gente nunca… tipo… “pediu” — disse Yamada, direto.

Shun deu um grito:

— COMO ASSIM VOCÊS NAMORAM SEM NINGUÉM PEDIR?!

— Bom.. tecnicamente ouve um pedido, no 1° de abril, mas eu não vou contar sobre isso — pensou Yamada.

Mami ficou vermelha.

— A gente… só… começou a gostar um do outro e… meio que… ficou assim.

Yui colocou a mão na testa, teatral.

— Meu Deus… o romance de vocês é tão bagunçado que dá voltas e fica fofo.

Riku, analisando:
— Tecnicamente, vocês estão num limbo relacional.
— Um quê? — Yamada franziu a testa.
— Não solteiros, não oficialmente juntos.
— Riku, cala a boca — Mami pediu.

Shun se aproximou:

— Mano, Yamada, você tá atrasado! Você precisa pedir ela logo!

— Ei! — Mami empurrou o ombro dele. — Eu não tô cobrando nada!

Yui completou:

— Mas seria bonitinho, né…? Principalmente num festival…

Yamada sentiu o rosto esquentar.

E, pela primeira vez naquela noite, pensou seriamente no pedido.

 Talvez realmente estivesse na hora.

Mami olhou pra ele, meio tímida, meio esperançosa.

Ele desviou o olhar, sorrindo de canto.

Quando os fogos começaram, o grupo parou perto do rio.

Shun e Yui ficaram discutindo por causa de quem tinha roubado um pastel do outro.
Riku tirava fotos horríveis do trio, de ângulos aleatórios.
Mami e Yamada ficaram um pouco mais afastados, sem perceber que estavam lentamente se separando do grupo.

Ela encostou o braço no dele.

— Tá sendo divertido — ela disse.

— É… tá sendo legal mesmo — Yamada respondeu.

— Mesmo com o Riku caindo? — ela riu.

— Principalmente com ele caindo.

Os fogos refletiam no rio, colorindo o rosto dela.

Mami olhou pro céu, depois pra ele.

— Ei… sobre aquilo… de não ter pedido e tudo mais… não precisa se preocupar agora, tá?

Ele respirou fundo.

— Mami…

Ela virou o rosto pra ele.

Yamada sorriu.

— Eu vou pedir. Um dia desses.
— Só… não hoje.

Ela corou imediatamente, mas sorriu também.

— Então eu vou esperar — disse, baixinho.



Na saída do festival, Shun se inclinou pra Yui e Riku:

— A gente precisa ajudar o Yamada. —
— Ajudar como? — perguntou Yui.
— Sei lá — disse Shun. — Mas esse pedido tem que ser ÉPICO.
— Podemos planejar — Riku concordou. — Sou bom com logística emocional.

— Você inventou isso agora — Yui respondeu.

— Sim — ele admitiu. — Mas ainda é verdade.

Eles trocaram olhares conspiratórios.

Mami e Yamada estavam andando alguns passos à frente, conversando baixinho, sem perceber nada.

A manhã depois do festival parecia tranquila.

Parecia.

Yamada tava sentado no sofá, finalmente tendo seu momento de paz, comendo cereal e assistindo qualquer coisa aleatória na TV, quando ouviu três batidas na porta.

 TOC TOC TOC.

Ele franziu a testa.

— Quem é que bate assim de manhã…?

Abriu a porta.

Os três estavam lá.

Yui, Shun e Riku.

Os três.

Parados.
Na porta da casa dele.
Olhando pra ele como se fosse uma intervenção de vício.

— Cara… — Shun disse. — A gente precisa conversar.

— Não — Yamada retrucou, tentando fechar a porta.

Yui colocou o pé no meio e empurrou.

— Sim.

Eles entraram como se fosse a casa deles.

— Licença — Riku falou, mesmo já sentando no chão.

— Não dei licença — Yamada murmurou.

Shun bateu palmas, chamando atenção do grupo como se fosse o líder da reunião:

— Gente. Reunião emergencial pós-festival.

— Reunião do quê?! — Yamada sentou no sofá, confuso.

— Do seu problema — disse Riku, com total convicção.

— Que problema?!

Yui sentou do lado dele no sofá, encarando como se ele fosse uma criança que tinha quebrado alguma coisa.

— Você e a Mami.

— O QUE QUE TEM? — Yamada abriu os braços, completamente perdido.

— Depois de extensa análise do comportamento de vocês dois no festival…

— Análise baseada em quê?! — Yamada interrompeu.

— Na minha vivência — Shun respondeu.

— Você vive errado, Shun — Yui rebateu.

— Não vem ao caso — ele continuou. — A questão é: vocês não são um casal funcional.

— COMO ASSIM?! — Yamada quase parou de respirar.

Riku levantou a mão como se estivesse numa sala de aula:

— A gente concluiu que vocês parecem namorar… porém… não namoram oficialmente.
É um fenômeno interessante.

— “Fenômeno” é teu cabelo, Riku — Yamada bufou.

— Obrigado — Riku respondeu, achando que era elogio.

Yui, então, deitou no encosto do sofá com cara dramática:

— Olha… eu não vou mentir.
Você e a Mami são fofos.
Vocês realmente combinam.
Mas, MEU DEUS, vocês são confusos.

Yamada passou a mão no rosto.

— Eu não acredito que acordei cedo pra isso…

— Você acordou às 10h, Yamada — Riku lembrou.

— Exato. CEDO.

Shun se levantou, apontou com toda a seriedade do mundo:

— Mano…
Você tem que pedir ela em namoro.

— Eu NÃO vou falar sobre isso com vocês — Yamada respondeu, firme.

— Vai sim — Yui disse, cruzando os braços.

— Não vou.

— Já está — ela rebateu.

Riku tirou um caderno do bolso.

Um caderno.

— Fizemos uma lista de possíveis formas de pedir ela em namoro. Com tabelas e cálculos estatísticos.

— POR QUE TEM CÁLCULOS?! — Yamada ficou horrorizado.

— Porque tudo é número — Riku afirmou.

Yui arrancou o caderno da mão dele:

— PARA.
Ninguém quer assustar o menino.

Shun estalou os dedos:

— Então vamos no modo simples.
Yamada… você gosta da Mami?

Ele ficou vermelho na hora.

— O-o quê?! Por que você tá—

— RESPONDE — os três disseram ao mesmo tempo.

Yamada olhou pro chão.

— Eu… gosto.

— FOFO — Yui bateu palmas.

— ANOTADO — Riku anotou alguma coisa.

— MANO, É AGORA! — Shun vibrou.

Yamada levantou da cadeira de repente:

— Chega!! Vocês tão fingindo que isso é reunião de empresa!
Eu só quero tomar café da manhã em paz!

Silêncio.

Os três se entreolharam.

E então…

— Então a gente vai te ajudar a conquistar o coração dela — Yui concluiu.

— EU JÁ CONQUISTEI!! — Yamada gritou.

— Ainda não oficialmente — disse Riku.

— Cala a boca, Riku.

Shun levantou as mãos:

— Ok, ok. Sem discutir.
A gente só quer ajudar.
Como amigos.

Yamada suspirou.
E apesar do caos…
Apesar de tudo…
Era legal ter amigos assim.

Infelizes, porém legais.

— Tá. — ele murmurou. — Obrigado.
Mas eu cuido disso no meu tempo.
Beleza?

Os três assentiram, finalmente aceitando.

Até que…
Yamada sentiu o celular vibrar.

Era a Mami.

  Mami:
“Bom diaaa! O trio de malucos já te acordou?
Eles disseram ontem que iam aparecer aí…"

Ele olhou lentamente para os três.

Eles sorriram.
Aquele tipo de sorriso que dizia “sim, e faríamos de novo”.

Yamada respirou fundo.

— Eles tão aqui na sala — ele respondeu.

  Mami:
“EU SABIA KKKKKKKKKKKKKKKK”

— Eu vou matar vocês — Yamada disse sem emoção.

— Mas com carinho — Yui completou.

— Não — Yamada respondeu.

Riku levantou.

— Vamos deixar ele respirar. O trabalho está feito por hoje.

— Que trabalho?! — Yamada perguntou.

— Influência emocional — Riku disse.

— RIKU, cala a boca. — Yui empurrou ele pra porta.

O trio foi saindo.

Shun virou antes de sair e gritou:

— MAS MANO, PEDE LOGO EM NAMORO!

Yamada jogou uma almofada que passou voando pela porta e quase acertou o Shun.

O trio saiu correndo pela rua, gritando como três galinhas desgovernadas.

Yamada fechou a porta, respirou fundo e voltou para o sofá.

O celular vibrou de novo.

  Mami:
“Eles são horríveis kkkkkkk mas eu amo eles”

  Yamada:
“Eu não.”

  Mami:
“Ama sim”

Ele riu.
Eyhwaaa
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