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Namorada de Mentirinha

Sinais

Sinais

Dec 05, 2025

Yamada atravessou o pátio com a mochila jogada no ombro, ainda meio morto de sono — culpa da conversa que se estendeu com a Mami até quase de madrugada. Ao chegar perto da mureta, viu o Riku sentado ali, tomando uma soda gelada às oito da manhã como se fosse café da manhã.

— YAMADA!! — Riku pulou da mureta, quase derrubando a lata. — COMO FOI O ENCONTRO?! CONTE-ME TUDO OU EU VOU MORRER.

— Riku… por que você tá gritando às oito da manhã? — Yamada suspirou.

— Porque a paixão não tem horário. — Riku tocou o próprio peito.

— Para com isso.

Riku ignorou completamente.

— Então? — Ele se aproximou, olhos brilhando. — Rolou beijo?

Yamada desviou o olhar.

— … Não.

Riku colocou as mãos na cabeça como se tivesse acabado de ouvir uma tragédia.

— COMO ASSIM NÃO?! YAMADA!

Yamada cruzou os braços. — A gente só saiu pra dar uma volta. Comer alguma coisa. Conversar.

— E não rolou beijo?!

— NÃO!

Riku ficou sério.

Muito sério.

Sério demais para o padrão dele.

— Yamada… deixa eu te ensinar uma coisa importante. As garotas mandam sinais quando querem beijo.

— Ah não… — Yamada já se arrependia de ter vindo pra escola.

— Presta atenção. — Riku levantou o dedo indicador. — SINAIS. Sinais mágicos, espirituais, femininos. Coisas que nós, homens burros, ignoramos.

— Cala a boca — Yamada murmurou. — Você fala como se tivesse experiência.

— Eu tenho! — Riku bateu no peito. — Eu já…
Ele parou.

— Já beijou alguém? — Yamada perguntou.

Silêncio.

Riku desviou o olhar para um pombo no chão.

— Talvez não seja essa a questão.

— Tá. Mas que “sinais” são esses? — Yamada perguntou com ironia.

— Vários! Tipo… quando ela mexe no cabelo, quando ela fica mais perto, quando ela olha nos seus lábios, quando ela—

Yamada ergueu a mão, cortando.

— Ontem…
Ele respirou fundo.
— Teve uma hora que ela ficou olhando pra mim. Tipo… olhando mesmo. Eu tava falando alguma coisa e ela ficou em silêncio. Só olhando.

— YAMADA!!! — Ele agarrou os ombros do amigo. — ESSE ERA O SINAL! O SINAL DOS SINAIS!!

— P-Para de sacudir! — Yamada reclamou.

Riku continuou:

— Cara, quando uma garota olha fixamente assim… É TIPO O CÓDIGO UNIVERSAL DO BEIJO!! É MATEMÁTICA!

— Matemática?! — Yamada arregalou os olhos.

— Sim! Uma equação emocional perfeita!

Antes que Riku continuasse inventando absurdos, uma voz calma interrompeu:

— Não existe isso.

Os dois viraram.

Shun estava parado com a mochila pendurada num ombro, expressão neutra, encarando os dois como se estivesse assistindo a uma peça ruim.

— Eu disse pra você parar com essa teoria ridícula, Riku. — Shun suspirou. — Ninguém manda “sinal pra beijo”. Isso não existe.

Riku cruzou os braços.

— Existe sim! Eu acabei de explicar!

— Mas… você ouviu, né? Ela ficou me olhando. Tipo… parada. Isso não significa nada?

Shun colocou a mão no rosto, pensando.

— … É.

Ele bateu no ombro do Yamada.

— Isso definitivamente era um sinal.

— O QUÊ?! — Yamada e Riku gritaram ao mesmo tempo.

— Ei! — Shun ergueu as mãos. — Eu disse que “sinal não existe”. Mas ESSE… era um.

Ele suspirou.

— A Mami claramente tava querendo beijo.

Riku vibrou como se tivesse vencido.

— A-HA!!! Eu AVISEI!!!

— Não muda o fato de que sua teoria é idiota — Shun respondeu.

Riku abriu os braços.

— Meu caro Shun… se você acha que sinais não existem, então me prova.

Shun ergueu uma sobrancelha.

— Provar o quê?

— Que não precisa de sinal pra beijar alguém.

Shun suspirou… olhou para os lados… e simplesmente pegou o Riku pelo colarinho e deu um selinho rápido nele.

Riku piscou, completamente imóvel.

— Pronto. — Shun largou ele. — Precisei de sinal? Não. Provei meu ponto.

— EU NÃO DEI SINAL NENHUM EU JURO YAMADA!!!! — Riku gritou.

— Exatamente. — Shun cruzou os braços, satisfeito. — Meu experimento está concluído.

— Você me usou como experimento?!

— Sim. — Shun respondeu, com zero vergonha.

Yamada passou a mão no rosto.

— Vocês são malucos…

Riku ainda estava parado no mesmo lugar.

— Meu primeiro beijo… foi científico… — ele murmurou.

— Cala a boca, Riku. — Shun empurrou ele.

Shun então virou para Yamada com um olhar mais sério.

— Mas falando sério… conversa com ela. Não fica guardando coisa. Pergunta o que ela quis dizer.

Ele deu um tapinha no ombro do amigo.

— A Mami gosta muito de você, mano. Ela não vai te morder.

Riku levantou o dedo.

— A menos que ela goste desse tipo de coisa.

Shun empurrou ele de novo.

Yamada respirou fundo.

— Tá. Eu… vou falar com ela.

E ele falou.

No intervalo, encontrou a Mami perto das máquinas de bebida. Ela sorriu quando o viu.

— Oi, Yamada.

Ele tentou parecer normal.

Falhou.

— M-Mami… posso te perguntar uma coisa?

— Claro.

— Ontem… quando você ficou me olhando daquele jeito… aquilo… significava alguma coisa?

Ela piscou, surpresa.

Depois corou.

E então sorriu — aquele sorriso pequeno, meio envergonhado, meio provocador.

— Significava sim.

O coração do Yamada pulou.

— Então… era…

— Eu tava esperando você me beijar.

— Ah.
— Aham.
— Tá.

Mami riu ainda mais.

— Você é um fofo, sabia?

Ele não sabia.

— Só… da próxima vez… — ela chegou um pouco mais perto — presta mais atenção nos meus sinais.

Antes que ele derretesse, ela deu um beijinho rápido na bochecha dele e saiu andando, balançando a mão.

Yamada ficou parado no mesmo lugar.

Ele levou a mão à bochecha — onde Mami tinha beijado — e sentiu o coração quase explodir.

"Eu já beijei a Mami… mas, só de pensar nisso ainda fico nervoso como se fosse a primeira vez."

Riku surgiu correndo como um maluco.

— E ENTÃO?! — Ele pulou na frente do Yamada. — O QUE ELA DISSE?!

Shun veio logo atrás, andando como um NPC cansado.

— Ela te mordeu? — ele perguntou.

Depois de explicar tudo, Yamada respirou fundo e foi para a sala, A turma inteira estava jogada nas carteiras, conversando, rindo, reclamando.

O professor Tanaka entrou carregando uma pilha de papéis.

— Bom dia, alunos.

— Bom diaaaa… — a classe respondeu em uníssono, sem energia.

O professor ajeitou os óculos.

— Antes de começarmos a aula, tenho um anúncio importante: neste ano… teremos um acampamento de verão da escola.

Instantaneamente, metade da sala explodiu de empolgação.
A outra metade surtou de desespero.

— EU VOU MORRER DE CALOR — Uma garota gritou.

— FINALMENTE, ALGO INTERESSANTE — Outro falou.

— Eu vou levar três repelentes — alguém murmurou ao fundo.

Yamada piscou, surpreso.

— Acampamento…?

Mami, sentada duas fileiras à frente, virou o rosto para ele e sorriu de leve — e só aquele sorriso fez o estômago dele virar.

O professor continuou:

— Serão três dias e duas noites, em um sítio afastado. Atividades em grupo, trilhas, fogueira, barracas… e vocês vão poder escolher seus parceiros de Cabana.

A sala virou um caos.

— PAR! FECHOU! — Riku já tinha agarrado o braço do Shun.

— Nem ferrando, eu não vou dormir com você de novo — Shun empurrou ele.

— Shun! Você abraça bem! Eu preciso de você!

— Sai daqui!

Yamada mal conseguia pensar.
Tudo que vinha à mente era:

 Será que… eu e a Mami vamos dividir cabana?

O professor bateu palmas, irritado.

— Chega! Amanhã dou mais detalhes. Agora, livro na página 82.

Mas ninguém ouviu.

Principalmente Yamada.

Ele só conseguia olhar a Mami…

Riku bateu na mesa dele.

— Yamada. Presta atenção. O acampamento é O LUGAR perfeito. Clima, noite estrelada, fogueira, até os mosquitos ajudam. É O momento.

— O… quê? — Yamada piscou.

— DO BEIJO, CARA!!

— Não fala assim! — Yamada corou.

Shun encostou na carteira deles, cansado.

— Não escuta ele. Você só vai… conviver com a Mami por três dias inteiros, dividir atividades, dividir comida, estar lado a lado o tempo todo…

— SHUN, VOCÊ TÁ PIOR — Yamada reclamou.

— … No máximo você morre de vergonha — Shun completou.

Riku levantou o dedo.

— Morre de vergonha… mas beija.

— Cala a boca!! — Yamada cobriu o rosto.





No dia seguinte sol estava forte, o estacionamento da escola cheio de alunos com mochilas gigantes, travesseiros, sacolas de snacks e animação demais para tão cedo.

Yamada chegou com sua mochila simples, tentando parecer normal.

— Oi, Yamada. —
A voz da Mami surgiu atrás dele.

Ele virou… e quase teve um ataque cardíaco.

Ela estava com shorts jeans, uma camiseta leve, cabelo preso num rabo de cavalo… e um sorriso que brilhava mais que o sol.

— P-Por que você tá tão bonita?! — Yamada pensou alto sem querer.

Mami piscou.

— Hm? Você disse alguma coisa?

— N-Não!! Nada! Absolutamente nada!!

Ela riu, se aproximando um pouco.

— Espero que você tenha energia. Vou te fazer me acompanhar o acampamento inteiro.

— A-Acompanhar…? Tipo… eu e você… juntos…?

— Uhum. — Ela deu um passo bem perto. — Três dias. Você não vai escapar de mim.

Riku apareceu atrás deles, carregando três mochilas gigantes.

— YAMADA!! É HOJE!! É HOJEEE!!

— Riku? — Mami falou. — Por que você tá com três mochilas?

— Porque ele é um idiota — Yui disse.

— Porque eu fiz a mala do Shun também! — Riku argumentou.

Shun, dez passos atrás, gritou:

— VOCÊ ROUBOU MINHA MOCHILA, SEU DESGRAÇADO!!

Mami riu.
— 
O professor começou a chamar:

— Todos para o ônibus! Vamos partir!

Mami agarrou o pulso do Yamada.

— Vem, namorado. Quero sentar com você na janela.

Entraram no ônibus.
Os motores ligaram.
Riku e Shun começaram a brigar por um banco.
O professor estava à beira de um colapso.

O ônibus começou a se mover.
Eyhwaaa
Eyhwa

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Anonimosla
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O Riku é gay? E o Shun n namora a Yui?

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