Deu um grito quanto um pequeno caco de vidro perfurou seu pé. Ela havia esquecido do maldito copo caído. Quase acertou o invasor, parou com o taco no ar e olhou para o “alvo”: era uma coruja.
Ela havia esquecido a janela aberta antes de ir se deitar, e, como não havia árvore, por perto a infeliz escolheu justo aquela janela do prédio para passar a noite chuvosa, e ao entrar esbarrou num copo que estava na janela.
Com o grito de Anne a coruja se assustou e resolveu ir embora, enquanto a menina foi mancando até o banheiro. Deixou um rastro de sangue no chão por onde passou, e, ao chegar lá, pegou o kit de primeiros socorros e tratou da ferida que felizmente foi superficial. Decidiu que limparia a cozinha pela manhã, já que o susto tinha a deixado meio tonta.
Fechou a janela da cozinha, desligou a luz e foi para o quarto. Só agora notou que estava chuviscando. O som leve das gotas na janela e o cheiro de terra molhada a acalmaram, mas a madrugada ainda estava na metade e ainda havia muito pela frente.
Resolveu tomar um banho. De volta ao banheiro, com a luz ainda apagada, notou que o espelho havia se rachado formando uma cruz. Ligou a luz, sem questionar nada sobre o espelho. Começou a despir-se, quando notou que, estranhamente, 2 das 4 partes do espelho não a refletiam mais, e atrás dela não havia mais sua sombra, apenas um pequeno x desenhado com sangue.
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