Novamente, ela obedeceu. Viu um vulto passando rápido até a porta e sentiu algo pesando em seu ombro. Era a maldita coruja. Gritou e desmaiou, novamente.
Já eram 4:30, horário de verão. Em uma hora e meia o sol nasceria. Em 3 horas a faxineira chegaria. Ela só tinha que aguentar até lá.
Anne acordou. A coruja tinha ido embora e a janela está fechada. Vasculhar o quarto e não encontrou nada, nem mesmo as roupas que viera procurar. Levantou-se, com a arma empunhada, pronta para atirar. Foi até a sala. Viu que havia ficado desmaiada por meia hora.
Ao olhar a sala notou que alguns móveis fora do lugar. Fechou os olhos por alguns instantes, e, ao abri-los, viu a sala vazia. A janela aberta. A coruja. Dessa vez, debaixo da coruja havia o escrito em sangue: "Não, querida, não olhe para trás".
Ao ler a frase notou que estava no meio da sala, e sentia um calor estanho vindo de trás. Anne não empunhava mais a arma. Olhou para trás e viu apenas um rosto. Ele era lindo.
Não fosse o rosto do maldito invasor, ela se apaixonaria. O coração batia cada vez mais forte, enquanto o medo se mesclava à vergonha de estar seminua. O assassino a olhava fixamente, a analisava, enquanto apontava a arma para a cabeça de Anne.
Paralisada, sentiu a proximidade com o garoto, que passava uma mão envolta de sua cintura enquanto, com a arma, continuava mirando em sua cabeça.
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