Mona respirou fundo. Perseguia certo vulto que vira mais cedo, ao caminhar. Algo ou alguém a estava seguindo, e ela queria saber. Dobrava esquinas com facilidade, assim como sua "sombra".

O céu estava avermelhado. Poucas pessoas andavam nas ruas. Mona gritou:

- Espere!

A sombra não olhou para trás, nem respondeu. Apenas fugiu. Mona a seguiu até perdê-la em uma esquina. Mas algo estava errado.

- Essas paredes, tão familiares... - Mona tateou as paredes, confusa.

Por fim, decidiu voltar para o apartamento. Andou um pouco, dobrou outra esquina familiar. O céu estava mais claro que antes. Não obstante, Mona deparou-se com uma surpresa: ela mesma caminhava um pouco à frente.

- Isso é... impossível... Sou eu? - Ela seguia os próprios passos, incrédula.

De repente, a outra Mona pareceu ter percebido seus movimentos, e ela teve que fugir para não ser vista. Ambas corriam bem, o que dificultava a fuga.

Mona não entendia a razão. Ela só correu, correu, correu e se afastou. Sentiu o coração apertado, aflito. Respirou fundo, memórias flutuavam em sua mente.

Mona foi para o seu apartamento.