Recostou-se no sofá do apartamento. Ainda era dia, mas Mona sentia-se exausta depois de um dia de trabalho. Dormiu logo após o sol se pôr.

Naquela madrugada, Mona ouvira algo como passos ou até batidas suaves no corredor. Não se incomodou, pois podia ser qualquer morador.

"Algum vizinho sonâmbulo, talvez?"

Ela dormiu mais um pouco, até que o mesmo barulho se sucede, aparentemente mais alto que antes. Apesar disso, Mona mantinha a calma.

"Não me lembrava de morar num prédio tão badalado."

No início do próximo dia, Mona saiu para trabalhar. Quando voltou, os vizinhos comentaram dos barulhos na noite passada. Uma senhora disse, em tom temeroso:

- Talvez seja uma assombração. O prédio pode ser amaldiçoado...

Mona esperou não ter soltado as palavras da boca de um jeito repreendedor, quando disse:

- Eu não acredito em fantasmas.

Naquela madrugada, Mona ouviu gritos dos mesmos vizinhos com quem conversava. Pensou que o prédio havia sido invadido por um ladrão e foi fechar bem a porta. Mas quando chegou lá, tudo ficou em repleto silêncio. Então abriu a porta e observou perplexa os escritos em sangue no corredor, dizendo: "Os fantasmas não acreditam em você."