Trabalhos em grupo, segundo os sistemas de ensino é uma brilhante oportunidade dos jovens conhecerem novas pessoas, aprofundar a confiança e desenvolverem o espirito de equipe... Mas isso é uma grande mentira... Esse jogo social doentio não passa de uma guerra fria entre seres desalmados, mas com muitos hormônios, para ver quem consegue tirar mais vantagem daqueles ao seu redor. Não existe família, amizade e lealdade nessa disputa, se alguém puder passar a perna em você, suponha que essa pessoa IRA FAZER ISSO!!
   E agora, meus caros, depois dessa pequena introdução, vamos para a fabulosa aventura de Athos.
   Um jovem rapaz está dormindo, tranquilidade se esbaldava de sua face, a porta de seu quarto e aberta, feixes de luz entram no escuro quarto, e nesses feixes se pode distinguir a figura de uma linda jovem moça, ela entra no quarto sem fazer o menor ruído, ela estava trajada de roupas estranhas, e em sua mão estava... um balde?? Ela se aproxima vagarosamente da cama, e, com a maior gentileza, ela despeja o balde de água na cara do rapaz enquanto grita.
-ACORDA VAGABUNDO!!!-
   O garoto levanta de sua cama a toda velocidade com o susto, porém, sua perna enrosca no lençol e ele cai de cara no chão, e ela se aproxima calmamente de seu ouvido e fala.
-Está na hora de levantar gracinha-
   Ela joga o balde na cabeça dele e sai do quarto.
Esse rapaz se chama Athos, um estudante como qualquer outro, porém, com um sonho: Ter um vida incrível. E essa garota se chama Tyke, a pessoa que quer tornar esse sonho realidade, mas se fossemos pedir para o Athos a descrever, ele diria algo como:”É um demônio que veio tornar minha vida um inferno!!!”
   O jovem levanta, se seca, coloca seu uniforme e vai para a cozinha, onde encontra a garota sentada mordiscando um pedaço de pão, e ela diz.
-Preparado para ter seu desejo realizado-
-Vem cá... eu tenho um pergunta-
-Pois, bem, a faça-
-Como você entrou aqui de novo?-
   Ela responde sorrindo enquanto balança uma chave.
-Eu fiz outra cópia da sua chave-
-Que legal... eu tenho certeza que a polícia iria amar saber disso-
-Deixa de palhaçada!-
   Ela levanta da mesa e o puxa pelo colarinho.
-Escuta aqui nós temos um contrato, eu vou fazer sua vida ser incrível, nem que seja a ultima coisa que eu faça!!-
-E como que me acordar com um balde de água fria tem a ver com isso?!?-
-Simples... isso é por que você ainda é um merda! E para torna sua vida incrível eu vou fazer você deixar de ser!-
-Claro!! E qual é o próximo passo?!! Me torturar com ferro quente toda vez que eu cometer um errinho!!-
-Se for preciso, SIM!!! Eu estou te ajudando a três meses, TRÊS MESES!!! E você não teve resultado algum, continua um fracassado! Por isso, a partir de hoje, eu vou engrossar o caldo com você-
-E o que você quer que eu faça então!?!-
-Usar esse cerebrozinho seu! Olha, hoje tem um trabalho em dupla de biologia, e eu quero que você dê seu sangue, eu não vou fazer com você, se você não conseguir ninguém descente você já sabe com quem terá que fazer-
   Ele engole a seco.

-... Com a escória-
-Isso mesmo!! Então é bom tentar com vontade-
Eles terminam de tomar café, o qual a Tyke já havia comido quase tudo, e então vão para o colégio para a aula de biologia, a qual o professor anunciou em alto e bom som.
-Vocês querem que eu escolha as duplas ou vocês mesmos querem escolher?-
Athos torceu do fundo do seu coração. 
"Que o professor escolha, que ele escolha..."
   Porém, a turma respondeu em quase unisom.
-Deixa que a gente escolhe!!!- 
   Ele serrou os dentes em fúria, e amaldiçoou a exigência de sua, auto-intitulada, mentora. Ele olha para o lado, e ela estava o encarando seriamente, olhando no fundo de sua alma.
"É… agora não tem volta… eu vou ter que usar até a ultima sinapse do meu cerebro pra sair dessa..."
   Ele se concentra com toda a vontade.
"Se eu fosse dividir o tipo de pessoa que existe nessa classe daria quatro grupos: Os populares, os inteligentes, os delinquentes e a escória "
Ele olha para um grupo de pessoas que representa o topo da pirâmide social do colégio, a única coisa maior que seus narizes empinados é a sua auto estima, os populares.
"Eu não posso negar que falando socialmente eles seriam os que me dariam maior vantagem… MAS O MEU ORGULHO ME IMPEDE DE FAZER ISSO!.. Esses malditos metidos viviam me desprezando e humilhando… me olhando de cima... e o pior eles ainda são motivo de admiração para alguns retardados!!!"
   Ele enfurecido olha para o outro lado, onde se depara com outro grupo de pessoas com o nariz, também, empinado, porém, ao menos baseado em algo: um alto grau de inteligência. Com seus profundos oculos e intelecto eles são o exemplo de estudante para qualquer educador, os inteligentes.
"Eu poderia me aproveitar de qualquer um deles para me garantir uma pontuação invejável… porém… o problema é a personalidade deles, qualquer pessoa que passe tanto na frente de livros e longe da luz do sol, perde alguns de seus parafusos… ouvi dizer que um deles coleciona animais mortos..."
   Ele assustado olha para o outro lado, seu coração treme com terror com o imagem que ele se depara, um grupo com os uniformes amarrotados, sujos e rasgados e com diversos hematomas e cicatrizes pelo corpo, os delinquentes. 
"Não… apenas, não… pela minha própria integridade física… Não!! Eu seria um cordeirinho no meio de lobos, não iria sobrar nem restos…"
   E por fim, seus olhos se deparam com uma visão de um grupo de pessoas que vez seu estômago se revirar, ele se depara com o grupo dos excluídos por todos, que realizam a façanha de ter todos os defeitos dos outro três grupos, a escória.
"Eu me recuso!!! Foram esses merdas que fizeram as pessoas terem medo de se aproximar de mim… eles conseguem ser metidos, estranhos e encrenqueiros… com seus olhares e espíritos corrompidos e pele que nunca viu a luz do sol, eles conseguem ser odiados por todos… inclusive entre eles mesmos"
   Ele estava entre a cruz e a espada, qualquer solução iria meter ele em alguma furada, e uma figura se aproxima para quebrar esse dilema, Tyke vai pra perto dele e pergunta.
-E ai... alguém em mente?-
-Claro...-
   Ele olha confiante no fundo dos olhos dela, e, com toda a determinação, completa.
-...Você-
-O que?!-
-...Por favor faz o trabalho comigo!! Eu não consegui pensar em ninguém-
   E com desprezo no olhar, ela se senta ao lado dele e não diz uma palavra o trabalho inteiro.