É desagradável, não importa como você olhe. É muito quente e muito úmido e muito cheio de insetos. Um pouco longe demais das comodidades de viver perto da cidade. Monstros andam muito mais livremente no pântano que em outros lugares. E há uma masmorra bem no centro, então tanto monstros quanto Blades for Hire aparecem com frequência.
Não há outro lugar no mundo que Caster prefira viver.
Ninguém a incomoda lá. Ela conhece feitiços e runas para refrescar a casa e afastar os insetos. Ela é forte o suficiente para afastar monstros e outros Mercenarios. E ela tem um pequeno jardim e algumas galinhas no quintal. Comida não é um problema.
É só um pouco solitário, só isso. Alexia só visita uma vez por semana. Na maioria das vezes ela tem que voltar para Pelles para bater papo.
Caster não estava em casa no momento. Em vez disso, ela está se aventurando nas profundezas da floresta. Descendo uma velha trilha. Talvez ela mesma tenha feito ao longo dos anos. Ela não tinha muita certeza, mas o caminho encaixava perfeitamente nas botas dela.
Sua roupa não parecia a de alguem que vive em um pântano. As já mencionadas botas de couro, calças cargo largas, uma camisa leve aberta, sua boina icônica e nada mais. Caster não teve tempo de comprar novos botões. E estava muito quente para fechá-lo de qualquer maneira. Que os deuses abençoem de pesticidas. Ela tinha uns cinco costurados em suas roupas.
Ela percorre esse caminho talvez uma vez por semana. As partes mais profundas abrigam, além das ameaças habituais, árvores frutíferas e raízes e bagas comestíveis. E por coincidencia aquelas eram suas comidas favoritas.
Então aqui estava ela. Agachada perto de uma árvore, cavando e cortando uma grossa raiz marrom do chão. Uma cesta cheia de frutos e frutinhas coloridas. Alguém havia ensinado a ela em algum momento no passado que essa raiz era comestível se você a cozinhasse umas três vezes. Lembrava mandioca. Caster adora mandioca frita.
O bom humor dela mudou assim que a primeira gota atingiu sua cabeça. Começou leve e fino. Nuvens pesadas se movendo em direção a sua parte do pântano.
Ela rapidamente se levantou e correu. Havia uma caverna próxima, quase vazia. Ela havia se abrigado naquela caverna outras vezes antes. É um lugar agradável, vista foda da floresta inteira.
A chuva caiu livremente. Uma sinfonia de milhares de pequenas notas a cada segundo. O pântano tem um cheiro particular quando chove, é uma mistura de natureza e eletricidade. O último pode ser os relâmpagos. Há muitos desses também.
Caster passou as mãos pelo cabelo com uma gravata. Ela geralmente prefere deixá-lo solto. Mas agora estava ventando muito para fazer isso. Afinal, seu cabelo preto encaracolado era um de seus orgulhos. Isso junto com sua pele mais escura e olhos castanhos.
Caster esperou. Só olhando a chuva caindo e o sol se movendo atrás das nuvens. Só quando começou a escurecer ela decidiu acampar na caverna mais uma vez.
A caverna é muito rasa, na verdade. Cinquenta metros de comprimento, na melhor das hipóteses. Ela faz uma curva fechada com vinte metros de profundidade, então parece ainda mais rasa. Caster convocou uma luz de sua mão enquanto caminhava pelo caminho escuro.
E de repente, parou.
Cheiro de ferro. Ferro e outra coisa, algo molhado. Sangue.
Caster fez a luz orbitá-la e com a mesma mão convocou seu cajado. Andando bem devagar, seguindo o cheiro.
A pequena luz revelou algo encostado na parede à frente. Outra pessoa, ensanguentada e machucada. Segurando a lateral do corpo. Uma garota de armadura manchada de vermelho. Cabelo preto úmido e olhos vermelhos como rubis brilhando no escuro.
E a garota misteriosa estava olhando diretamente para ela.
"Por favor." Sua voz era apenas um sussurro. Cheia de dor e exaustão. "Me ajude."
Caster correu e pegou o cavaleiro com sucesso antes que ela caísse no chão. O cheiro de sangue fez seu estômago revirar de náusea. Ela levantou a garota com a ajuda de um feitiço de levitação. Apenas para notar um longo pedaço de madeira alojado em seu estômago.
"Merda..." Ela murmurou. Ela girou nos calcanhares e correu de volta para a entrada. Preparando mais feitiços para proteger a mulher inconsciente do vento e da chuva.
A chuva cheirava a fumaça e concreto molhado. O estomago dela se retorçeu de novo.
Acompanhe a nova vida de Clarisse Delannoy, outrora uma grande cavaleira do reino de Colquis, enquanto ela se ajusta ao novo e estranho mundo em que agora se encontra. Enquanto ela reúne novos amigos e inimigos, luta com unhas e dentes para proteger a eles e a seu novo... lar? Talvez...
Caster, a bruxa misteriosa com uma atitude estranhamente despreocupada. Conhecedor de inúmeros feitiços e remédios. Seu objetivo atual parece ser apenas viver em paz em seu pântano, mas a chegada de Clarisse muda radicalmente seus planos.
E Alexia César Maximus Decimus. O maior guerreiro a pisar no Coliseu Romano. Agora uma lâmina de aluguel que busca paz e tranquilidade em Pelles, assim como Caster.
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