Como um sopro que queimava
Como uma imagem que ficava
Só quem sente sabe
Só quem conhece, sente
Só a falta faz da solidão cruel
Quanto mais dias se possam
Mais noites se perdem
Manhãs com sóis quentes
São mais ferais que tardes decadentes
E então a noite queima
Tudo por conta de um lapso
Um instante do querer
Cresce na mente, como a Lua
Cai crescente
Só a chuva, a água e o ar
Só o amor pode levar
Guardar, regar e afogar
Sentimentos crescentes
E se te disserem que estais doente
Dói de pensar na gente
Nunca ocorreu, nunca ocorreu
Nunca ocorrerá, nunca
É um caridoso suplicar
Um choro, um implorar
Mero pedido, peço que se vá
Mesmo que até que o sonho seja mar
Até lá, sei o que resta
A mim me resta
Apenas eu vou sobrar.
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