Nos primórdios da história humana, numa madrugada fria, o tom mais claro no horizonte do céu por si só denunciava que um novo dia estava próximo. Um grupo de pessoas encapuzadas com vestes brancas e pretas, seguiam em silêncio seus dois líderes que guiavam o grupo exalando auras na cor de seus mantos.
Em meio a uma trilha seguiam em direção a uma gigantesca parede rochosa. A luz do amanhecer se infiltrava devagar na floresta escura, iluminando o caminho feito por eles enquanto as folhas de outono caiam, e percorriam a trajetória da brisa que os cercavam.
Quando todos ficaram defronte daquele imenso bloqueio, um dos dois líderes abriu um dos braços rapidamente, sinalizando para todos encerrarem os passos. Tirando seu capuz e revelando seu belo rosto feminino.
Era uma mulher alta, possuía longos cabelos negros e lisos com tons roxos nas pontas, acompanhado com um véu. Seus olhos eram tomados pela cor preta, com exceção de sua pupila, que carregava um tom esverdeado. Sua pele branca era revestida por um manto preto.
Tocando a rocha fria a frente, fez com que o domo de rocha se abaixasse, revelando uma passagem para uma caverna escura. O primeiro a entrar era o líder de cabelos e olhos brancos que iluminava o local apenas com sua aura, fazendo com que todos se sentissem seguros.
Logo eles se deparam com um santuário onde em suas paredes havia gravuras que levavam em direção ao altar, as imagens refletiam passagens históricas até aquele exato momento. A primeira gravura na entrada, carregava centenas de pessoas ajoelhadas perante uma forte luz, como se estivessem rendidas a um deus.
Ao fundo da sala, uma das últimas gravuras mostrava um artefato luminoso em formato triangular. Na subida das escadas em direção ao altar, continha duas grandes velas apagadas, uma em cada lado de um grosso livro de capa preta.
Atrás do altar existia a maior e última gravura que aquele povo referenciava, duas estátuas, uma de cada lado, erguendo e cruzando suas respectivas armas.
Os líderes caminharam adiante ao altar, enquanto o restante se ajoelhou no espaço entre os bancos e as pequenas escadas.
O líder de manto branco tomou a frente acendendo as velas apenas com suas mãos, retirando seu capuz. De costas para o povo, ergueu o braço direito, tocando numa tabuleta abaixo das estátuas.
— Duas espadas irão se cruzar — Um brilho tímido começou a tomar as espadas das esculturas — … O passado não se arrepende e o presente é constante. Porém… o futuro desvenda a realidade, a qual é acorrentada aos desejos e escolhas que, no que lhe concerne, são escravas do destino.
Algumas pessoas derramaram lágrimas enquanto observavam tal cena com espanto e admiração. Algumas até mesmo levaram suas mãos para o alto, dizendo:
— Ó, obrigado luz do amanhã!
— Deixaremos isso eternizado pelo que nos foi ensinado, para que tudo ocorra como está previsto. — dizia o líder em tom alto e forte — E a história terá sua conclusão quando esses dois nomes se encontrarem! — Se virou, encarando a todos com os braços estendidos para o alto. — Este é o início e o fim!
Muitos anos se passaram…
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