O Grão Duque não era conhecido por sua riqueza, ainda que ela fosse tão vasta quanto a da família real, e muito menos por suas conquistas na guerra. E sim por sua crueldade.
Ele era um homem que não pertencia a ninguém. Filho do rei e da segunda rainha assassinada, havia herdado todos os bens de sua família materna e mais alguns territórios do seu pai na promessa que ele nunca buscasse o trono.
E ele não havia buscado.
Nem havia pensado em se casar, muito menos em ter filhos. Havia tido certeza de tomar os chás das ervas recomendadas para que nunca ocorresse nenhum acidente.
Então ele não entendia para o quê estava olhando naquele momento.
Os olhos eram vermelhos como o dele.
O cabelo prateado como o luar, assim como o dele.
O sinal de nascença dela estava no mesmo lugar que o dele e de todos aqueles da família real.
E ela tinha "O Rugido", um tipo de mana muito específico que existia apenas na família materna do Grão Duque, no qual ele era certamente o último herdeiro.
O Grão Duque nunca pensou em uma família, na verdade, havia feito de tudo para evitar um herdeiro.
Então porque ele havia encontrado uma jovem garota tão parecida com ele naquela cidade no meio do nada? Com os mesmos olhos carmesins e cabelos prateados símbolo de sua família?
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