Um pássaro paira dentro de uma cúpula de vidro, vivendo embaixo do véu duma mão controladora que destorce por fora o ambiente sintético e corrompe o ar que chega abafado. Cortando a noite sem estrelas na floresta de arvores petrificadas, aparece magro corrupto em vastes pretas olhos verdes com um laranja brilhante, não vendo seu rosto mas escuta uma voz rouca de raiva que insiste em tirar lo a força de seu galho, fechando a saída da redoma, obriga o canário a voar, com as asas cortas não consegue nem pular muito alto. Cai do galho, decide observar e aprender, vê seu raptor virar um corvo e levantar, cruzar o céu pela manhã, copiando os movimentos ele espera as suas penas crescer. Não se passou muito tempo e mais uma saída foi fechada, não interessando qual direção tomar, qual medida segui se, pouco a pouco ele ficou sem ter para onde fugir. Ele continua na sua sina, passado tanto tempo, começou a ter suas penas arrancadas; uma para cada erro cometido e cada ação não regrada e contemplada. Um dia afinal ele perde a vontade de tentar, deitou-se e implorou para morrer,mesmo com as asas renovas visto seu cansaço, não durou muito seu pequeno momento. Foi arrancado de seu ninho, jogado na lama, arrastado até secar, tirando terra das asas foi obrigado a voar, sofrendo e chorando levanta voo e escuta mais uma vez aquela voz fria, rouca e raivosa "siga eles aqueles fracos lá em cima, um dia eu volto para te tomar novamente a liberdade", ele olha para frente e vê um mundo que antes estava obscurecido, mas sente em suas asas aquele peso que sempre vai lembra lo de temer.
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