As nuvens tomaram à frente das estrelas e dos dois satélites naquela noite. Era possível ver a sombra de alguém que caminhava por fios elétricos na penumbra da noite. Ele olhava para uma casa, conseguindo ver alguém saindo de lá.
E pela manhã, tudo era cinza; o sol não apareceu; o vento veio frio e fazia um som mórbido; e assim, a manhã surgiu parecendo saber que aquele não seria só mais um dia.
O frio e uma sensação estranha fizeram a garota abrir os olhos lentamente. Estava deitada sobre algo frio e úmido, não podia ser sua cama. Se apoiou nas mãos, ainda sonolenta, viu um líquido estranho sobre o chão vindo em sua direção. Sua mãos estavam sujas, todo seu corpo estava sujo. Aquele cheiro... Só podia ser:
_ Isso é....
Ela olhou novamente para o chão, e aos poucos seus olhos voltaram ao normal. O líquido vermelho que vinha dos dois corpos estirados no chão tocaram seus pés, era frio, era:
_ ... Sangue!
Levantou-se subitamente, enquanto tentava não se entregar ao desespero, negando que aquilo poderia ser verdade. Correu para fora da casa, parou frente a porta ao avistar aquela que deveria cuidar dela, mas que não fazia nenhuma questão de cumprir seu dever. Lágrimas rolaram pelo seu pequeno rosto, e tentou conter o sentimento de raiva que começava a surgir, pois se aquele pesadelo fosse real, uma parte da culpa daquela mulher a sua frente.
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