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Parallel Universe - O universo paralelo de Kelsey Blackstar

Under Pressure

Under Pressure

Sep 17, 2023


Era um dia movimentado na atipica cidade-estado Suffragjord, localizada nas redondezas da Califórnia. Os alienígenas da raça Zkhayan transitavam pelas ruas, uns indo ao trabalho, outros apenas passeando, e eu, Kelsey, um mero garoto "humano" com uma caixa na cabeca, caminhava pelas ruas movimentadas, tentando ir para a escola, me misturando no meio da multidão. Meu olhar curioso observava as peculiaridades da cidade, os diferentes seres que a habitavam e as interações animadas entre eles.

- Jord City... o único lugar na Terra onde humanos não são bem-vindos. -, suspirei, falando a mim mesmo. Para os aventureiros e "corajosos" humanos morarem aqui, teriam que aceitar a esconder o rosto sempre que forem sair de casa, uma regra que dizem ser por causa da grande dívida histórica que a raça humana têm com esse povo. Não, não acho ruim esconder o rosto, muito pelo contrário, foi exatamente por isso e por outros motivos decidi chamar este lugar de lar, apesar de todas as dificuldades e desafios que eu encontro por aqui a cada dia... Minha mãe costumava me dizer para procurar um lugar melhor, mais seguro, mas eu escolhi ficar aqui. Eu me sentia tão peculiar quanto os zkhayans. Um Remini em uma cidade alienígena... era como se eu fosse o estrangeiro e, ao mesmo tempo, um habitante natural dessa parte do meu próprio planeta. O vento gelado soprou, e eu apertei meu casaco mais perto do corpo, tentando me aquecer. Os zkhayans ainda não se acostumaram com os climas terrestres, mas para mim, mesmo sendo humano, não estava tão ruim assim. Talvez eu me encaixasse melhor aqui do que no mundo lá fora.

- Este é o meu lugar agora. Um mundo de diferenças e excentricidades das quais eu sempre me identifiquei -, pensei, tentando me convencer de que estava no lugar certo. Enquanto eu continuava minha caminhada, minha mente divagava entre as lembranças do passado e as possibilidades do futuro. Tive mais outro pesadelo com o "ser das sombras" , novamente me perseguindo, é um típico pesadelo que tenho desde a infância. De certa forma, sempre tive uma ponta de certeza que isso tivesse alguma ligação com a marca da estrela em meu olho, uma marca de pessoa amaldiçoada, vulgo Reminiscente.

Finalmente, cheguei à Zumdzkhai High School, um grande prédio de arquitetura tipicamente futurista que se destacava entre as construções peculiares de Suffragjord City. As paredes brilhantes do edifício eram revestidas por um material iridescente, que refletia as cores do arco-íris conforme a luz do sol incidia sobre ele. A entrada principal era adornada por uma série de colunas esbeltas e elegantes, esculpidas com símbolos e padrões alienígenas, que transmitiam um ar de conhecimento e sabedoria ancestral.

Assim que adentrei o prédio, sou recebido por um ambiente vibrante, do qual, não importa quantos meses estou aqui, sempre fico impressionado com cada detalhe. Os corredores espaçosos eram iluminados por painéis de luzes suaves, criando uma atmosfera acolhedora para todos os estudantes. As paredes estavam decoradas com obras de arte abstratas e holográficas, representando cenas e paisagens de diferentes mundos, despertando a curiosidade e a imaginação daqueles que passavam por ali. 

Ao longo dos corredores, zkhayans de todas as formas e tamanhos se moviam animadamente. Alguns flutuavam suavemente no ar, enquanto outros caminhavam sobre suas pernas finas e alongadas. Suas cores e texturas eram variadas, variando de tons azuis e verde pastéis suaves à matizes vibrantes e iridescentes, criando um verdadeiro espetáculo de cores e formas. Enquanto eu caminhava, percebia olhares curiosos e fascinados de alguns zkhayans, que pareciam intrigados com minha presença entre eles, ainda não acostumados com um humano de intercâmbio. Também havia aqueles que me lançavam olhares de desdém, claramente menosprezando, não me deixo abalar por esses olhares julgadores. Eu tinha aprendido a ignorar as críticas e julgamentos desde quando eu estava em terras humanas. Na verdade, essa resistência só me impulsionava a me esforçar ainda mais para provar meu valor como Remini, mesmo que fosse diferente dos outros.

Com determinação, continuei a percorrer os corredores, mantendo minha postura erguida e confiante, adentrei a minha sala de aula designada, e permanci ali, conversei brevemente com o meu colega Gzhry, o curioso de orelhas pontiagudas e nariz achatado, ele é um grande fã dos robôs gigantes Voyageurs, igualmente como eu e o resto da população zkhayan. O Professor Mrogx, de sociologia Zkha-Humana adentrou a sala e todos o cumprimentaram formalmente. Na sala de aula, o professor falava sobre as diversas formas de habilidades entre os seres de Jord. Eu prestava atenção, mas meus pensamentos estavam em outro lugar, ainda um pouco traumatizado pelo o sonho de mais cedo. Enquanto o tempo passava, a curiosidade sobre minha própria singularidade só aumentava. Eu sentia que havia algo mais em mim, algo que ia além das habilidades comuns dos Reminis.

O sinal do intervalo tocou, e os estudantes saíram da sala de aula, se dispersando pelo campus da escola. Eu decidi caminhar até um campo aberto nos arredores da escola para ter um momento de reflexão. Foi então que topei novamente com o Gzhry, o curioso dos curiosos.

- Aí, Caixeta, você parece tão pensativo. O que está te incomodando? Já faz alguns tempos que eu ando percebendo isso.- perguntou Gzhry, com um olhar curioso.

- É que... É um pouco complicado explicar.

Respirei fundo, sentindo a ansiedade se dissipar à medida que eu me abria com o Gzhry. Olhei nos olhos brilhantes do zkhayan e vi certa confiança ali. Em minhas poucas experiências em amizades, creio que aquilo era um sinal para eu confiar nele o meu segredo como Reminiscente.

- Gzhry, você é meu amigo há três semanas, é pouco, mas creio que seja o bastante para eu confiar em você. - com um misto de nervosismo. - Err... eu vou te mostrar é algo que poucas pessoas sabem, e peço que você mantenha isso em segredo, ok?

- Claro, Caixeta, pode contar comigo. Seu segredo estará bem guardadinho. - Gzhry assentiu, demonstrando sua compreensão e lealdade no seu dedo mindinho. - Aprendi a fazer a promessa humana para usar contigo quando fosse necessário, hehe.

Pensei bem, e então decidi levá-lo a um lugar especial: o terraço verde do prédio, do qual eu usava de refúgio pessoal quando me sentia perdido em pensamentos. E por sorte, eu sabia que naquele momento estava vazio. Como éramos estudantes, tínhamos acesso às áreas comuns, mas o terraço verde era um local que nem sempre está disponível, e é aí que fui conduzindo o zkhayan pelas escadas internas, evitando as áreas movimentadas, até que finalmente emergimos no espaçoso terraço verde. Eu sentia meu coração acelerar, não sabia se estava fazendo a coisa certa, mas uma hora ou outra eu teria de compartilhar meu segredo como pessoa Remini com o meu novo amigo. E, com uma mistura de medo e alívio dos meus pensamentos, parei em um ponto onde nos sentíamos mais isolados e eu estava olhando baixo, prestando atenção na grama sintética do local até que levemente subi a cabeça, mirando o meu olhar nos olhos brilhantes de Gryz através da caixa. O silêncio era meio constrangedor, porém, disfarçado pelos cantos de simulação virtual de pássaros, na mais pura qualidade sonora.

- É isso, chegamos... Agora você vai entender por quê que estou em Jord.- , dei minha palavra com a minha voz um pouco trêmula de nervosismo.Com dedos trêmulos, removi a caixa que cobria meu rosto, revelando a minha marca de Remini. A expressão curiosa de Gzhry se transformou em surpresa ao ver a estrela negra intensamente no meu olho direito, chamando atenção juntamente com os meus olhos dourados refletindo a luz do sol. Percebi que o Gzhry ficou realmente impressionado com a visão, não demonstrou medo ou rejeição. Isso é bom... é a segunda vez, em anos, que alguém me olha com certo respeito e admiração. 

- Isso é incrível, Caixeta! Você é um daqueles humanos Remini, né? Mas o que essa estrela negra significa? Achei que Reminis usavam um losango ou algo do tipo... humm... E seus olhos... eles são um dourado intenso!

- Eu ainda estou descobrindo... Mas sei que há algo especial em mim, algo que vai além das habilidades comuns dos Reminis - respondi, sentindo uma conexão especial com meu nobre zkhayan.

- Caixeta, eu não tenho todas as respostas, mas estou aqui para te apoiar. Sua singularidade é o que te torna especial, e tenho certeza de que você encontrará as respostas que procura - disse Gzhry com sinceridade, dando um sinal de joinha com a mão.

A tarde passou rapidamente enquanto, ao invés de voltarmos para a aula, preferimos estar sentados em um dos bancos de madeira do terraço verde conversando sobre nossas origens e nossos sonhos para o futuro. Lentamente, me senti mais confiante em relação à minha peculiaridade, e fiquei grato por ter um amigo como Gzhry ao meu lado. E assim, o sol acinzentado se pôs no horizonte, pintando o céu com cores vibrantes. 
Voltando para casa com pensamentos de que havia muito mais a ser descoberto em Jord City, pensando em quais mistérios, aventuras e respostas sobre quem eu sou me aguardavam, e eu estava determinado a enfrentar tudo isso de "caixa erguida".

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shiro bolo

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