Faltando apenas um minuto do horário combinado, John a avistou no lugar marcado mais cedo, acenou e ela sorriu.
— Boa noite. — ela disse lhe entregando o braço direito e ele beijou sua mão em gesto de cavalheirismo.
— Boa noite, senhorita. — disse ao cruzar seus braços e começaram a caminhar pela praça. — Está muito elegante!
— Muito obrigada! Chame-me de Jô. — disse ela.
— Está bem, Jô.
— Parabéns pela pontualidade, não imaginei que viria. Então, você não tem uma namorada?
— Não e mesmo se eu tivesse, eu daria um jeito de estar aqui. — John piscou pra ela.
Ela soltara seu braço do dele e se debruçou no corrimão da pequena ponte em que passavam e disse: — Bem que você disse, que esta praça era bem movimentada... — fez uma pose discreta, porém sexy pra ele.
— E é. Não gostaria de ver um ponto turístico aqui perto?
— Eu adoraria! — disse lhe entregando a mão direita como uma dama.
Após se distanciarem da praça e da vista de todos, John a levou até o bosque, que ficava próximo do rio que contornava a cidade de Tusneer. Ela removeu os saltos e os dois correram por alguns minutos com as mãos entrelaçadas, por estarem ansiosos por aquele momento. Olharam para trás e às luzes se afastavam cada vez mais. John a ajudou subir em uma pequena ribanceira, perto de um riacho. Ele a encostou na árvore mais próxima e começou a beijá-la. Ela retribuiu o beijo, que ficava cada vez mais intenso e desabotoou seu vestido. Ambos se despiram tão rapidamente, como se fosse à última coisa a fazer.
Deitaram-se no chão, em cima de suas roupas e começaram a ter relações. Após alguns minutos, quando ela ficou por cima, John ejaculara dentro dela. Ela também já havia chegado ao orgasmo e recomeçado o ato. John notou que suas garras surgiram involuntariamente e as levou na costa de Jô, para que não as visse. Mesmo sabendo que poderia se transformar, John não queria parar e seu lado animal começava a tomar controle. Começou a lambê-la por todo corpo, como um cão faz com uma cadela no cio. Ele voltou a acelerar nas investidas e os músculos de John começaram a mudar contra sua vontade, sua voz ficou mais grave e para esconder suas presas, disfarçou afundando o rosto nos seios dela. Os dois chegaram novamente ao clímax e ela o surpreendeu com o impulso que dera para o lado, invertendo as posições, ficando ele por cima agora. Voltou a lambê-la no umbigo, segurou as coxas dela e começou a acelerar novamente. Ele começou a apertá-la, sem a noção de sua força e suas garras estavam quase a perfurando.
— J-John... Está... Machucando-me... — disse entre as fungadas, mas ele não respondeu e começou a apertar mais forte. — JOHN! — ela gritou e quando olhou pra ele, notou que seus olhos eram brilhantes a luz da lua e estavam estranhos. Percebeu que seus caninos eram visíveis e o prazer que sentia fora substituído por medo.
John por instinto, notou que ela iria gritar e tentar fugir e agiu semelhante aos lobos machos, que durante o acasalamento, mordiscavam sua parceira caso ela tentasse fugir e cravou seus caninos na garganta dela, sufocando-a. Não demorou muito e ela parara de se mover. John ficou imóvel por um momento, não acreditando no que acabara de fazer e ainda permanecia dentro dela.
— Jô? — perguntou hesitante. Não houve resposta e afastou-se do corpo até encostar-se a uma árvore. — Ai meu Deus, o que foi que eu fiz? — levou as mãos à cabeça, já tinha se acasalado com outras fêmeas humanas, colegas de trabalho, mas nunca perdera o controle antes. Encarou a lua e supôs que tenha sido influenciado pela mesma e rosnou pra si: — Droga, droga, droga, droga... John seu idiota! — mas ao sentir o aroma de sangue, o animal dentro de si começou a lutar pra sair. John se transformou, caminhou até o corpo e o observou por um instante, farejando próximo à garganta. Retirou suas roupas de baixo dela, porque as usaria mais tarde. Havia prometido que nunca atacaria humanos, mas como a mulher já estava morta, sentiu-se tentado a experimentar a carne fresca daquela presa e começou a devorá-la.
23h30min.
John entrou em sua casa fazendo o mínimo de barulho, porque já passara da hora de Allec dormir e quando foi trancar a porta levou um susto.
— Onde você estava John? — perguntou Allec, sentado na janela. — Fui ao seu serviço, mas você já havia saído.
— Eu precisei sair mais cedo, ok? Já era pra você estar dormindo. — aproximou-se do armário marfim, perto da bicama e o abriu, vasculhando suas roupas.
— Não muda de assunto, você também era pra estar dormindo, não iríamos caçar de madrugada?
— Não precisamos mais.
— Não? — Allec perguntou confuso e foi até seu irmão analisar seu ombro. — Por acaso já está curado? — o surpreendeu com um soco no local antes ferido, aproveitando sua irritação.
John não reagiu e nem demonstrou sinal de dor e apenas lhe lançou um sorriso. — Já, eu fui caçar depois do trabalho, me desculpe não ter te avisado.
— Maldito! — Allec sorriu e foi surrar seu irmão novamente, mas John o prendeu com seu braço curado, segurando sua cabeça como sempre fazia em momentos sérios e de brincadeira, pois era um jeito fácil de dominar seu irmão, que era pavio curto.
— Aff... Me solta John! — Allec se contorcia para se libertar, mas sem sucesso e resmungou: — Por acaso virou um lobo solitário? Um lobo sem sua alcateia não é nada!
— Deixa de bobagens. — bagunçou o cabelo de Allec e o soltou no sofá. — Você sempre foi e continuará sendo minha alcateia. — disse indo em direção ao banheiro, para tomar um banho quente.
— Tá, sei... — Allec disse indo até a bicama. — Mas diz aí, o que conseguiu desta vez? Pelo jeito foi algo grande, você parece bem satisfeito.
— Foi uma lebre da montanha, era bem grande...
— Uma lebre? Que sorte! A carne delas é muito saborosa.
— Você não sabe o quanto. — John disse olhando para seu reflexo no espelho.
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