Tomados pelo Descuido
- Droga! O que fazemos?... - Callus olha disfarçadamente em sua volta - Ah, eu-
- Vocês são os fugitivos que roubaram hoje cedo um objeto da casa dos Cannith! - diz o guarda interrompendo Callus.
- Não é isso o que pensam...ah eu posso explicar...ah…! - rapidamente Callus vira a cabeça para Tarak - Quebra a parede, tá na hora de dar um fora!!
Tarak acopla em seu braço um martelo de ferreiro bem usado, e quebra a parede de tijolos, ele e Callus correm em meio às ruas na noite que por surpresa começa a nevar. Eles correm e correm sem parar, então Tarak leva Callus até um orfanato, lá uma senhora com um bebê no colo os guia até a sala e os deixa lá sem os guardas saberem.
Callus fica olhando ao redor da sala enquanto retoma o fôlego perdido, a senhora se aproxima e crianças estão acompanhando ela.
- Tarak, poderia nos apresentar o pequeno estranho que convidou?
- Ah, sim! Então, este é um amigo que conheci hoje cedo ele se chama-
- Eu me chamo Callus, Callus Copperkettl. Estou aqui pois como olhara guardas nos persegue no momento. Mas não pensara que iremos ficar por muito tempo… - diz Callus enquanto arruma o cabelo desajeitado.
- Não se preocupe. - diz a senhora esboçando um sorriso meigo.
As crianças não ligam e vão brincar na outra sala, Tarak deita no sofá e começa a adormecer, Callus fica encarando a neve parir sobre o céu a noite toda. Até que um barulho ser feito, Callus levanta da poltrona que se acomodou e decide caminhar pela casa, ele escuta barulhos no andar de cima e sobe as escada degrau por degrau. Ao chegar no segundo andar Callus esgueira até uma sala iluminada, e ele olha para dentro e a senhora estava sendo ameaçada por dois ladrões com cimitarras em mãos.
Eles ficam balançando a cimitarra de esquerda para direita, e direita para esquerda, a senhora não esboça nenhum movimento brusco. Callus pega sua única arma que é uma adaga, ele fica parado para ter um ataque de oportunidade.
- Vamos lá senhora, cadê o dinheiro das doações?...eu e meu companheiro estamos perdendo a paciência…
- Não tem nenhum dinheiro aqui… - diz senhora sussurrando.
- O que?! Repete pra mim…!
- Não tem nenhu-
- TEM SIM! SUA VELHA MENTIROSA, TÁ ACHANDO QUE SOMOS TOLOS?!!! - diz o ladrão interrompendo a senhora.
- Seus PASPALHOS!!! - diz Callus entrando na sala apontando a adaga.
O clima de tensão vira de silêncio, Callus se aproxima um pouco e afasta a senhora dos ladrões, ele toma a iniciativa e ataca o primeiro ladrão mas ele defende do golpe, e com o cabo da cimitarra o ladrão golpeou nas costas de Callus e o deixa no chão. A senhora entra em choque, o segundo ladrão dá uma curta gargalhada mas se apressa para tentar roubar pelo menos algo que tenha valor, ele corre para dentro da casa, mas tudo que o primeiro ladrão, a senhora e Callus olham em seguida é o segundo ladrão voando até a parede no fim do corredor.
Então, na porta Tarak surge preenchendo toda entrada deixando apenas a luz da vela da senhora iluminar o local. O ladrão treme de medo, ele ao pular da janela é pego pois Callus empunha a adaga no pé dele e finca na parede para não sair e soltar. Tarak se aproxima e cada passo afundava o piso, Callus fica olhando para o piso rangendo e grita para Tarak - Tarak! Não se mexa! - Callus se levanta e o piso quebra criando um buraco que os leva na sala, as crianças começam a chorar e os guardas invadem a casa por estarem próximos do local.
Isso não dá tempo de Callus e Tarak agirem, eles são presos pelos guardas e jogados na carroça. Eles ficam lá por horas e Callus retira da bota uma "garrafinha" de vidro.
- O que é isto? - pergunta Tarak.
- É um vinho reserva que guardo, fico mais calmo quando degusto de um delicioso vinho. Este aqui é de onde…? - diz Callus lendo o rótulo da garrafa - Ela é de Breland! Uau que vinho bom!
- Seria melhor parar de beber e começa a se mexer, não sabemos aonde vamos. - diz Tarak de modo rude.
- Vamos para prisão, não é algo óbvio?
- Mas estamos horas aqui, a prisão não fica tão longe...
A carroça para e o guarda ordena eles saírem, eles estão num campo aberto, então três homens com roupas exóticas estão parados. O do meio se aproxima e dá um tapa em Callus, todos ficam em silêncio e este homem dá outro mas este faz um estralo que até as aves mais distantes ouvem.
- Tenho nojo de pessoas da sua laia. - diz o homem bem vestido com uma voz pesada - Nós dos Cannith não toleramos roubos, vocês são apenas escória…
O guarda se aproxima do homem bem vestido e faz reverência à ele, e depois entrega a esfera que Tarak havia roubado. - Senhor Bigtoe, eu… - O homem bem vestido interrompe o guarda enquanto pega a esfera.
- Para você é Barendd Bigtoe, e partir de agora deixe os Cannith cuidar deste...trastes! - diz ele olhando enojado para Callus e Tarak.
Então o guarda obedeceu e partiu em sua carroça, Barendd pega um chicote e chicoteia no ar para mostrar o quão reforçado é a arma. Callus dá um passo atrás e Tarak põe o pé na frente de Callus, então Callus avança para frente e vai parar no chão.
Barendd ordena os dois homens que o acompanha levarem Taram e Callus, Barendd segue até uma trilha e os dois homens estão levantando Callus até que um pequeno estalo é soado, eles ficam revistando Callus e ele está com o pé virado em 180 graus, eles ficam sem saber o que fazer. Um dos homens iria chamar Barendd mas ele já está bem longe, então ambos dos homens ficam tentando levar Callus.
- Ai, ai, ai…! Não consigo continuar! - diz Callus ofegante.
- Vamos logo! - diz um dos homens.
- Não seria melhor pararmos naquele pé de banana? - pergunta Tarak apontando para a árvore.
- Ah...não vejo problema...tá bom, mas sejam breves! - diz o homem ajeitando o seu casaco.
Callus fica no pé de banana e estica as pernas, um dos homens decide urinar na mata e o outro vigiar. O que está vigiando analisa o pé de Callus e o pé está virado de forma anormal, até que o pé volta no estado normal e o homem indaga.
- Você não estava com o pé quebrado…?! - diz ele - Não, isso é o que? Magia? Não, você não deve ter uma marca do dragão! Diga logo ou senão-
Ele é interrompido pois leva um chute da perna esquerda de Callus e depois com os braços amarrados Tarak o coloca entre eles, o homem esperneia mas os braços fortes de Tarak o aperta tanto que o apaga. Então Tarak e Callus seguem mata adentro e somem, o outro homem sai do mato depois de urinar e fica parado confuso.
Tarak e Callus não sabem onde estão, então eles ficam numa parte que ninguém os veja. Tarak começa a olhar o pé de Callus e fica coçando a cabeça.
- Como você se curou da fratura?
- Não, é que eu nasci com os ossos do pé meio deformados, então eu posso virar ele até 190 graus. Bom, agora o que importa é fugirmos deste local e voltar para a cidade.
- Então nós invadimos a casa daquele tal de Barendd? - diz Tarak enquanto ajeitava o martelo acoplado em seu braço direito.
- Invadir o que?! - diz alguém com uma voz trêmula.
Callus e Tarak olham para o lado esquerdo e um homem velho e grande que possui um chapéu de palha bem usado, aponta uma besta aparentemente pesada. O velho homem está com o rosto camuflado com a sombra que o chapéu emite, ele dá um passo e segura com mais força a besta e tentando mirar em ambos.
- O que estão fazendo por estas localidades?... - pergunta o senhor - Se não me responderem em três segundos irei disparar...1...2…
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