Roube ainda hoje! Amanhã pode ser ilegal
A noite chuvosa fica mais intensa, mas, isto não impede de Callus, Tarak e Vondal recuperarem a esfera. Callus e Tarak vigiam se a casa está vazia, e nela está apenas Barendd numa poltrona lendo um livro enquanto fuma um cachimbo em frente a um lareira. Callus sobe pelos pedaços de telhas que estavam amontoados. Enquanto Callus subia ele analisava - Talvez estas telhas sejam de uma reforma futura. - ele enfim sobe e se depara com uma janela com uma trava. Ele começa a ver como a trava funciona.
Tarak que estava vigiando se alguém vinha, começa a ficar impaciente e dá a volta na casa, ele descobre um porta dos fundos aberta e adentrou no imóvel. Callus começa a passar a os dedos no vidro da janela e enxerga um símbolo parecido com o número cinco. Tarak esgueira pela casa mas suas placas metálicas fazendo poucos rangidos, ele sobe para o próximo andar e encontra um quarto, ele adentra e lá estava a esfera na mesa dentro de um pequeno cubo de vidro.
Callus começa a dar uns tapas de leve no vidro, então ele percebe Tarak no quarto e começa a se desesperar.
-Você tá maluco?! Como você entrou aí?!
Tarak demonstra não ter ouvido nenhum ruído, nesta hora ele pega o cubo e um alarme é acionado ao mesmo tempo liberando uma fumaça densa. Callus fica mais desesperado. - Tarak! Ah!!! - Ele usa toda sua força e quebra o vidro, o alarme fica mais alto e libera mais fumaça só que com a cor esverdeada. Tarak está intacto pelo gás, mas Callus está ficando enjoado e sem forças, então Barendd aparece e "desliga" a fumaça.
Ele olha em volta do quarto e tudo estava normal exceto a janela quebrada. Ele se aproxima da janela e pega pedaços do vidro, Tarak e Callus estavam nas telhas. Barendd fica com uma expressão neutra e se retira do quarto, Callus solta um alívio, Tarak fica olhando para esfera pela janela.
- Como a pegamos? - diz ele.
- Não sei… - respondeu Callus tossindo - apenas devemos tomar cuidado das armadilhas.
- Mas como saberemos que armadilhas nos aguarda?... - queixa Tarak.
- Vondal deve saber...e por falar nele, onde aquele anão maldito está? - diz Callus apertando os punhos.
Então uma pedrinha bate na cabeça de Callus.
- Como assim eu sou um "anão maldito"? - pergunta Vondal - Eu só dei uma "sumidinha"...mas então, não recuperaram a esfera?
- O que você acha? - diz Callus de forma rude.
- Eu acho que vocês estão de "bobeira"... - respondeu Vondal.
- Gente… - diz Tarak - devemos pensar em pegar aquele esfera, e não discutirmos!
- Bem, Vondal...o que tinha naquela caixinha que nos entregou? - pergunta Callus.
- Ah...tinha...tinha...me esqueci…! - diz Vondal coçando a cabeça.
Callus abre a pequena caixa e fica duvidoso do que se trata - É apenas uma pequena barra de metal com duas engrenagens de cobre. - Vondal pega o objeto e entra no quarto, ele começa a usar o objeto, ele fazia muitos barulhos, mas isso não chama a atenção de Barendd por algum motivo. Ele finalmente recupera a esfera e eles partem para estação de trem, eles ficam num banco esperando o trem chegar.
- Engraçado. - diz Tarak.
- Porque? - pergunta Callus - O que é engraçado?
- Ah, é que isso foi.. fácil demais. - respondeu Tarak abanando as mãos.
- Tem razão… - reflete Callus - e se em vez de "engraçado", podemos usar a palavra "enganados"?! - refuta Callus com uma expressão assustada.
- Olha só digo uma coisa. - diz Vondal - Que vocês correm perigo, é apenas questão de tempo de Barendd e seus homens os encontrar. - diz ele meio sonolento.
Enfim o trem chega, ele freio liberando uma fumaça que passa pelos pés dos passageiros que estão prestes a embarcar. Tarak, Vondal adentraram no vagão, e por último entrou Callus, mas ele enquanto entrava viu um homem com um manto com uma cor meio "chamativa" que lembra cobre, logo Callus desviou o olhar e sentou nos bancos do vagão. O trem começa a partir e um homem com um casaco exótico da cor azul escuro ligeiramente entra no vagão, ele senta no banco ao lado de Vondal.
- Meu senhor, você teria um lenço para meu nariz? Estou com uma gripe, acho que peguei hoje de manhã. - diz o homem.
- Ah...sim, eu tenho um lenço aqui. - Vondal respondeu educadamente.
Quando Vondal entrega o lenço que retira de seu bolso ele percebe que é Barendd que está ao seu lado, ele fica em choque e joga o lenço no rosto de Barendd e se levanta rapidamente para o outro vagão. Vondal fica um breve momento parado e o vagão em que entrou agora está vazio, ele fica pensativo e Callus percebe o movimento e pede para Tarak ir para o próximo vagão.
É nesta hora que Barendd levanta e fica em meio ao vagão olhando para Callus e Tarak.
- Então são vocês os saqueadores?! - diz Barendd.
- Não, não somos saqueadores e… - Callus começa a pensar - espere, como ele pergunta isso se já nos viu e afirma que somos saqueadores?.
- Vocês são bem ligeiros, mas não iram escapar deste trem. - diz Barendd se aproximando.
- Callus, irei avisar Vondal, talvez ele dê um jeito nisso. - sussurra Tarak.
- Tudo bem, agora devemos-
Barendd interrompe Callus com um ataque rápido de uma adaga até que longa em seus punhos, Callus desvia por sorte mas Barendd direciona outro ataque e isso acaba gerando ataques múltiplos. Tarak corre até Barendd e usa seu peso para empurra-lo e jogar ele para no fundo do vagão. Callus fica desesperado.
- Não! Se você fizer muitos movimentos é capaz de o vagão tombar e levar todo o trem junto, e logo agora que estamos em uma linha de trilhos que percorrer em uma altura altíssima. - diz Callus olhando para a janela dos assentos.
- Isso, escute seu pequeno amigo. - diz Barendd - Não devemos nos machucar, bom como dizem por aí, "O ladrão tem trabalho leve e sonhos ruins".
- Ladrão? Como assim…? - indaga Callus - Como Barendd diria isto, só se ele fosse…
- Um replicante!!! - diz Vondal na porta do vagão - Ele não é Barendd, e sim um dos homens dele!
O homem com a aparência de Barendd começa a se metamorfosear e surge com uma aparência pálida com olhos grandes e vazios e vestindo um manto com as cores lembrando a cobre.
- Eu já perdi pra malandro, perdi pra ladrão, perdi pra espertinhos e espertões, perdi na transação bancária, nos juros e na taxa diária. Ah, mas na sabedoria é que eu ganho de vocês, essa ninguém me tira. - diz ele com sua longa adaga apontada para Callus.
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